https://www.reclameaqui.com.br/empresa/brazil-copos/

https://www.reclameaqui.com.br/empresa/brazil-copos/

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Órfãos do Rodoanel

Órfãos do Rodoanel




Existem problemas que se eternizam e ficam sem solução no mundo inteiro. O que quase ninguém sabe e cada um tem uma explicação própria, é por que alguns nunca diminuem. O número excessivo de filhos de alguns casais sem nenhuma condição material para cuidar e, principalmente, as gravidezes precoces ou sem planejamento são as mais recorrentes. A natalidade responsável gera muito debate, algumas ações tímidas de governos, mas a solução nunca vem.



As gravidezes sempre foram relacionadas às questões sociais, morais e religiosas. Há algumas décadas não havia tantas mulheres com filhos órfãos. A razão principal seria a necessidade de casar virgem, e gravidez era sinônimo de ausência de virgindade, salvo raras exceções. E tinha também o controle religioso por não haver pecado maior do que uma relação sexual de solteiros.



Com o passar dos anos diminuiu-se a ênfase no pecado sexual e virgindade deixou de ser requisito necessário para o casamento. A iniciação sexual passou a ser cada vez mais cedo. Porém, um tabu manteve-se firme, o do silêncio sepulcral sobre sexo e suas consequencias entre pais e filhos, especialmente para deixar muito claro que o sexo não deve levar necessariamente à gravidez; mas apenas quando ela for desejada e planejada.



Por algum tempo imperou a desinformação, faltaram às políticas públicas de prevenção e a sociedade não embutiu na cabeça da juventude que é preciso estar preparada psicológica e financeiramente para cuidar do filho. Qualquer pessoa deveria praticar sexo o quanto desejasse, com quantos e como desejasse, mas sempre com a segurança suficiente a evitar contrair ou transmitir vírus ou doenças venéreas.



Quando se pensa que a consciência sobre a separação entre sexo e gravidez já estaria disseminada e generalizada, eis que o problema ressurge em manchete nos jornais sobre algum descontrole de natalidade. Agora se sabe que nos trechos concluídos de uma rodovia em construção no entorno da cidade de São Paulo, chamada de Rodoanel, está ficando um rastro de crianças órfãs de pai.



E a questão de o rastro de filhos ser deixado pelos homens se deve ao fato de o deslocamento e o trabalho na construção civil serem mais comuns aos homens. O desejo faz parte da pessoa em qualquer lugar e, infelizmente, tem sido acompanhado da falta de consciência e, por conta desta, após suas diversões sexuais, os homens voltam para suas terras de origem, mas deixam um rastro de crianças sem pai, com mães que em nenhum momento também se cuidaram para evitar a gravidez.



Os envolvimentos sexuais ocorrem em todas as relações sociais. Em casos como este do Rodoanel, são mais comuns nos salões de festa, nos bares e até no envolvimento decorrente do trabalho. Entretanto, nenhuma circunstância deveria justificar o surgimento de um filho como resultado de um caso fortuito.



O governo federal, os governadores e todos os prefeitos deveriam desenvolver campanhas de conscientização, com cobrança clara e objetiva de responsabilidade. Os pais deveriam ser mais sinceros e menos complacentes com a brincadeira de fazer filho de seus adolescentes. E todos deveriam tratar a gravidez precoce ou indesejada com muito mais seriedade. Também é preciso reforçar a investigação judicial para identificar os pais e forçá-los ao pagamento de pensão alimentícia, única coisa de quem levado gente para a cadeia neste país, inclusive vários famosos, como é o caso atual do ex-jogador de futebol José Elias.



Jamais filho deveria ser produzido como um objeto industrial. A “fordinização” de filhos no Brasil precisa acabar. Enquanto filho for resultado inevitável da diversão ou de aventuras sexuais, o rastro de orfandade do Rodoanel não ficará restrito a São Paulo; contornará o país e, num futuro próximo, novas crianças estarão a perambular pelas ruas



http://feeds.feedburner.com/RadioXfm989Sp-br

domingo, 31 de julho de 2011

A crise do teto da divida


Publicado em 31/07/2011


A inconfidência de Oldemário

Oldemário Vieira Touguinhó (1934-2002) e Marcos Alexandre Mello Matos de Castro – nome gigantesco, não? – foram os responsáveis diretos pela minha contratação pelo Jornal do Brasil, no distantérrimo ano de 1963. Fui amigo de Oldemário e reconheço em Marcos de Castro o meu professor na escrita jornalística. Explico: como estava no terceiro ano da Faculdade Nacional de Direito (lado a lado com Eliakim Araújo), meus textos eram, digamos assim, meio jurídicos. E Marcos, com uma paciência incrível, me ajudou a progredir até que virei redator da editoria de esportes do jornal – ainda na época da velha sede da Avenida Rio Branco.

Repórter de extrema sensibilidade, Oldemário (foto) também me ajudou muito ao longo de minha carreira, não apenas na Avenida Rio Branco como na faraônica sede da Avenida Brasil. Certa vez, às vésperas de um Natal, ele passou por mim na redação e me perguntou baixinho:

- Como é que está você em matéria de dinheiro para o Natal?

Não tive tempo de responder. Ele meteu em meu bolso 200 cruzeiros como uma espécie de presente. Oldemário era assim: dadivoso e imprevisível.

Na Taça Brasil de 1963, na final Botafogo x Santos, é que vem a história da inconfidência. No primeiro jogo, no Pacaembu, numa quarta-feira à noite, o Santos de Pelé venceu por 4 a 3, numa partida brilhante das duas equipes. No domingo, no Maracanã, o Botafogo ganhou por 3 a 1, forçando uma decisão extra ainda no Rio. Para o Botafogo foi uma tragédia em 20 atos e nenhuma apoteose, com diria meu amigo Nélson Rodrigues (1912-1980), pois Pelé e Coutinho comandaram uma goleada de 5 a 0. Como botafoguense convicto (jamais escondi isso), deixei o Maracanã liquidado. E fiquei estarrecido com o que ouvi de Oldemário, outro torcedor fanático do Botafogo, no dia seguinte no jornal.

Oldemário me contou – estávamos sós – que na véspera da partida final, foi até o Hotel das Paineiras – onde o Santos estava concentrado – e explicou ao técnico Lula, do Santos, como era o esquema de jogo do Botafogo. Ora, bolas: se Oldemário era alvinegro como eu, porque entregar ao técnico adversário o jeito de jogar do Botafogo? Fiquei surpreso, ou melhor, literalmente abestalhado. Para piorar as coisas, o lateral-esquerdo do Botafogo, Ivan (nada a ver com o jogador do América), que travou um duelo terrível com Dorval, morreu afogado na Barra logo após a derrota.

Hoje, tantos anos passados, consegui entender Oldemário. Ele era mais Pelé do que Botafogo. Sua amizade com o Rei do Futebol superava tudo. Até mesmo seu clube do coração. Aliás, assistindo ao jogo no Maracanã, não vi nada demais no que chamo de inconfidência de Oldemário. Ele, Oldemário, não podia prever que Manga iria mandar tirar a barreira num chutaço de Pepe, quando o Santos fez 2 a 0 ainda no primeiro tempo. Aí, sim, assisti ao Santos se fechar na defesa e jogar apenas nos contra-ataques. E houve um duelo desigual entre a dupla Pelé-Coutinho e a zaga improvisada do Botafogo, formada por Nílton Santos e Jadir (ex-Flamengo). Mas tenha sido útil ou não, acho que Oldemário não devia ter feito o que fez. Não precisava. O Santos era, realmente, o melhor time do Brasil e mereceu o título.


http://feeds.feedburner.com/RadioXfm989Sp-br

A inconfidência de Oldemário




A inconfidência de Oldemário

Oldemário Vieira Touguinhó (1934-2002) e Marcos Alexandre Mello Matos de Castro – nome gigantesco, não? – foram os responsáveis diretos pela minha contratação pelo Jornal do Brasil, no distantérrimo ano de 1963. Fui amigo de Oldemário e reconheço em Marcos de Castro o meu professor na escrita jornalística. Explico: como estava no terceiro ano da Faculdade Nacional de Direito (lado a lado com Eliakim Araújo), meus textos eram, digamos assim, meio jurídicos. E Marcos, com uma paciência incrível, me ajudou a progredir até que virei redator da editoria de esportes do jornal – ainda na época da velha sede da Avenida Rio Branco.

Repórter de extrema sensibilidade, Oldemário (foto) também me ajudou muito ao longo de minha carreira, não apenas na Avenida Rio Branco como na faraônica sede da Avenida Brasil. Certa vez, às vésperas de um Natal, ele passou por mim na redação e me perguntou baixinho:

- Como é que está você em matéria de dinheiro para o Natal?

Não tive tempo de responder. Ele meteu em meu bolso 200 cruzeiros como uma espécie de presente. Oldemário era assim: dadivoso e imprevisível.

Na Taça Brasil de 1963, na final Botafogo x Santos, é que vem a história da inconfidência. No primeiro jogo, no Pacaembu, numa quarta-feira à noite, o Santos de Pelé venceu por 4 a 3, numa partida brilhante das duas equipes. No domingo, no Maracanã, o Botafogo ganhou por 3 a 1, forçando uma decisão extra ainda no Rio. Para o Botafogo foi uma tragédia em 20 atos e nenhuma apoteose, com diria meu amigo Nélson Rodrigues (1912-1980), pois Pelé e Coutinho comandaram uma goleada de 5 a 0. Como botafoguense convicto (jamais escondi isso), deixei o Maracanã liquidado. E fiquei estarrecido com o que ouvi de Oldemário, outro torcedor fanático do Botafogo, no dia seguinte no jornal.

Oldemário me contou – estávamos sós – que na véspera da partida final, foi até o Hotel das Paineiras – onde o Santos estava concentrado – e explicou ao técnico Lula, do Santos, como era o esquema de jogo do Botafogo. Ora, bolas: se Oldemário era alvinegro como eu, porque entregar ao técnico adversário o jeito de jogar do Botafogo? Fiquei surpreso, ou melhor, literalmente abestalhado. Para piorar as coisas, o lateral-esquerdo do Botafogo, Ivan (nada a ver com o jogador do América), que travou um duelo terrível com Dorval, morreu afogado na Barra logo após a derrota.

Hoje, tantos anos passados, consegui entender Oldemário. Ele era mais Pelé do que Botafogo. Sua amizade com o Rei do Futebol superava tudo. Até mesmo seu clube do coração. Aliás, assistindo ao jogo no Maracanã, não vi nada demais no que chamo de inconfidência de Oldemário. Ele, Oldemário, não podia prever que Manga iria mandar tirar a barreira num chutaço de Pepe, quando o Santos fez 2 a 0 ainda no primeiro tempo. Aí, sim, assisti ao Santos se fechar na defesa e jogar apenas nos contra-ataques. E houve um duelo desigual entre a dupla Pelé-Coutinho e a zaga improvisada do Botafogo, formada por Nílton Santos e Jadir (ex-Flamengo). Mas tenha sido útil ou não, acho que Oldemário não devia ter feito o que fez. Não precisava. O Santos era, realmente, o melhor time do Brasil e mereceu o título.


http://feeds.feedburner.com/RadioXfm989Sp-br

A propósito de vermes e mentiras


Berna (Suiça) - Me contou um emigrante brasileiro na Alemanha que lá o xingamento verme é utilizado pelo pessoal da extrema-direita com relação aos imigrantes. Seria a variante alemã para a expressão dos racistas franceses, sale étranger, que signifca estrangeiro sujo. A palavra verme, embora chocante, nao é utilizada no Brasil, onde as ofensas tem outros nomes coloridos.


Seria necessário o autor explicar porque essa opção por uma ofensa com matizes europeias e próxima dos movimentos xenófobos e racistas, para não dizer neonazistas. Caso contrário, beiramos ai o paradoxo total ou a incompatibilidade do uso dessa expressão com a função do seu autor, lider emigrante, dono de uma empresa dirigida a emigrantes (vermes?) em Londres e, ele próprio representante de emigrantes no Conselho federal de emigrantes, dirigido por diplomatas do Itamaraty, conhecido como CRBE.

E já que citamos o CRBE, a cada dia surgem novas histórias para contar, desta vez é um paradoxo. O próprio autor do vocábulo não se desculpou, ao contrário,em outros textos no Forum do grupo yahoo Brasileiras e Brasileiros na Europa, reafirmou sua expressão com um certo sentimento de orgulho. E vem dai a dificuldade para se entender, pois como pode pleitear a expulsão de alguém acusado de denegrir a imagem do CRBE e, logo a seguir, colocar os pés no prato e comprometer a propria credibilidade desse mesmo CRBE diante dos emigrantes e autoridades federais, dirigindo-se a um colega conselheiro suplente com vocabulario de skin-head ?

E o mais estranho é nao ter havido uma provocação, nao se trata de uma réplica num bate-boca. Imagina-se ter sido a leitura do texto do abaixo-assinado e das muitas assinaturas a ele anexadas que o levaram à imprecação. Mas se esta é realmente a causa do destempero vocabular, a coisa começa a ficar séria.

Vejam bem, minha expulsão foi pedida porque divirjo e defendo uma outra politica para a emigracao brasileira e para o CRBE. E o pessoal (meus amiguinhos e amiguinhas como foram catalogados) está assinando por considerar essa expulsão uma manifestação de zelo antidemocratico, de uma perigosa tendência para se proibir a pluralidade de opiniões e por considerar uma atitude ditatorial. Agora, se o proprio-abaixo assinado é alvo de uma outra reacao de intolerância, chamando-se de verme o expulso e assimilando-se tambem a vermes os assinantes, surge o risco de aparecer uma proposta, dentro do CRBE, para se usar vermicida ou vermífugo, uma espécie de solução final para os vermes que incomodam os tão ativos e submissos membros titulares do CRBE.

Mas felizmente, notei ter havido, quase de imediato, uma reação de desafio ao destempero do intolerante autor da ofensa. Alguns emigrantes decidiram considerar-se também vermes, wir sind wuermer, nos somos também vermes. A este respeito gostaria de destacar a reacao da lider emigrante feminista Sandra Helena Torres Bello, em Berlim,



...Por mais que leio não entendo a posição de alguns membros do CBRE. É mentira o pedido de expulsão do senhor Rui Martins ? É mentirosa a expressão de solidariedade ?

Nao vejo nenhuma vitimizacao do senhor Rui Martins . Ao contrário , vejo o embate político .

E as respostas recebidas são ofensivas a pessoa como "mau jornalista , "mentiroso " "verme" e por ai vai ... cadê a vontade de se relacionar com a comunidade ? comunidade e Conselho não deverá ser uma massa homogênea? Será constituido de forcas políticas , como no Congresso

então Estado do Emigrante , Rede , CABE ... e outras frentes políticas ocultas nesse espaco virtual deverão ser respeitadas ... a luta é ideologica , de encaminhamento ...

então...O Senhor Rui Martins está sendo "castigado" por algo que os castigadores nao conseguem formular ,

explicitar objetivamente ;

Um representante do CBRE chamar seu colega de Verme

sabemos nós que essa palavra está na boca da extrema direita , daqueles que odeiam o diferente e o diferente somos nós migrantes . E aqui é alguem que pensa diferente da Rede, por isso é chamado de verme , por isso, tem uma processo de expulsão. Para manter essa hemegonia com caracateristica fortes do racismo , do autoritarismo, da xenofobia , da elite . Eles se calam, não buscam a ética, que deverá estar acima de qualquer confraria ...

Ao Estado Brasileiro

Ao responsável pelo CBRE

como é isso ?

VERME VERME VERME VERME pode ?

pensemos tod@s as vezes que tal palavra foi proferida, foi em situação de extremidade da coisa feia.

Quem diz ao contrário, vai ficar assim ?"

Respondendo a essa indagação de Sandra Bello, o membro suplente do CRBE pela costa oeste dos EUA, Sergio Mello, é taxativo -

"Quanto ao aspecto institucional do CRBE, o que tenta representar e como interfere nas relações e futuro dos brasileiros no exterior com MRE e ultimamente com o Governo do Brasil, a resposta é `não`, isso não vai ficar assim.

Aos Srs. e Sras., activistas e líderes em suas comunidades, chegou a hora e exigirmos um padrão condizente a nossas necessidades. Hora de exigir de nossos representantes uma postura isenta de interesses e bagagem pessoal. Uma conduta que represente não só os interesses dos constituintes, mas também de decoro e profissionalismo, para o bem de 3+ milhões e brasileiros, e da própria instituição para a qual pediram votos e foram eleitos. Pois ser voluntário não significa ser amador, ou ser `representante` não significa estar acima de críticas ou acima de conduta respeitosa.

P.S.: O ímpeto desta mensagem vem do que o Sr. Marcos Romão expressou anteriormente: O insulto a um brasileiro (especialmente por outro brasileiro) é um insulto a todos/as brasileiros/as. Temos o dever para com nós mesmos, de rejeitar e lutar contra abusos a nossa gente, venham estes de onde vierem. Como em todos as lutas de direitos humanos pela história, nossos piores inimigos estão dentro do próprio movimento".

E já que foi citado, aqui esta a reação quase imediata do lider emigrante em Hamburgo, na Alemanha, Marcos Romão, responsável pela Radio Mamaterra -

Ao xingar um cidadão brasileiro migrante de verme, você (o autor, Carlos Mellinger, de Londres, titular do CRBE) ultrapassou o Rubicâo do respeito humano. Muito tempo na Europa pode fazer a boca torta para o lado direito. Lado que usa e abusa do termo verme, quando nos atacam como estorvo. Usar esta terminologia é uma agressão a todos nós migrantes. Considere.

Quero deixar bem claro, para não haver confusões, de minha parte minha divergência quanto ao CRBE não tem cunho pessoal. Como tenho afirmado em meus escritos e em Berlim, como em Genebra, Zurique e como afirmei dentro do próprio Itamaraty, acho que os emigrantes precisam ter uma orgão institucional emigrante independente. Não precisam ser tutelados pelo Itamaraty num CRBE sem qualquer autonomia. Minha divergência com a politica brasileira de emigração é ideológica e conceitual, qualquer explicação baseada em questoes pessoais é incorreta.

Outro membro titular do CRBE, tentando defender o autor da ofensa e explicar porque foi o principal articulador de minha expulsão do Conselho de Emigrantes, no mesmo Forum yahoo citado, utiliza de acusações pessoais e mentirosas. Basta-me um argumento - que se mostre e se use o video da reunião em que ocorreram tais acusacoes.

E para concluir, uma triste constatacao - ao contrario do que pensa meu colega Sergio Mello, nada ocorrerá.

E se eu nao for expulso, em consequência das pressões atuais, se achará uma maneira de se impedir meu retorno pessoal na assembléia da Conferência Brasileiros no Mundo.

Existem coisas inexplicadas ate hoje - a proposta por uma Comissão de Transição aprovada na I Conferencia e desaparecida da Ata Consolidada. E algo bastante revelador - quando o titular Silair Almeida não pôde comparecer ao primeiro dia da reunião dos titulares do CRBE, em maio em Brasilia, sua suplente Adriana Sabino ocupou, como de direito seu lugar. Entretanto, quando o titular Flavio Carvalho declarou só poder participar de dois dias de trabalho, nessa mesma reunião, o Itamaraty negociou rapidamente sua liberação pelo Consulado de Barcelona, para nao faltar nenhum dia. Coincidência ? Na ausência do titular Flavio Carvalho, seria eu o substituto.

Em outras palavras, o CRBE foi criado para dançar uma certa melodia, quem nao gosta ou é expulso ou marginalizado, enquanto se desfecha toda uma campanha de ataques pessoais para que se demita ou desapareça. Como sou resistente, o jeito é expulsar. E enquanto a presidente Dilma não vir isso, e não houver alguém grande lá em Brasilia para denunciar, nada vai mudar

http://feeds.feedburner.com/RadioXfm989Sp-br

Espiritas e católicos em comunhão


Não sou espírita. Sou católico. Nasci numa família católica, em Cachoeiro de Itapemirim. Na infância e adolescência respirei um ambiente religioso que não transigia em questões dogmáticas. Só bem adiante é que surgiu João XXIII, o Papa que abriu o diálogo da Igreja Católica com todas as religiões e correntes de opinião.


Vejo na doutrina espírita muita abertura para o próximo, generosidade. Creio que isto é a síntese do Cristianismo. Neste ponto parece-me que podem comungar católicos, espíritas, protestantes e ateus. Incluo seguramente ateus nesta desejada comunhão porque quem ama o próximo, tem paixão pela Justiça, sonha com um mundo de igualdade, esta pessoa vive a essência da Fé porque Fé é vida, e não explicitação verbal. Vejam bem. Eu não desconheço que há aqueles que optam consciente e racionalmente pelo Ateísmo. Respeito esta escolha. Apenas vislumbro a chama da Fé na vida de todo aquele que se consome no amor ao outro, indepentemente de uma subjetiva afirmação teísta.

Se nos debruçarmos sobre os diversos municípios do meu Estado (Espírito Santo) para descobrir, em nossas cidades, instituições que se abrem para o próximo, que se condoem de presos e de prostitutas, que buscam encaminhar crianças, que se dedicam ao cuidado de seres humanos marcados por deficits físicos ou mentais, veremos que muitas dessas instituições, ou a maioria delas, são levadas avante por seguidores do Espiritismo. Acredito que o mesmo fato ocorra em outros Estados do Brasil.

Segundo o relato bíblico, no julgamento final, Jesus Cristo não chamará as pessoas para o lado dos escolhidos, segundo um determinado timbre ou rótulo religioso, mas segundo as obras:

“Vinde a mim, benditos de meu Pai, que me deste pão quando tive fome; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; nu e me vetistes; enfermo e me visitastes; estava preso e viestes a mim”.

Quando fui juiz de Direito, os desembargadores que melhor entenderam meu trabalho e minhas ações eram espíritas. Cito com reverência dois desses desembargadores: Carlos Teixeira de Campos e Mário da Silva Nunes. Foi graças ao apoio deles que consegui resistir.

Uma decisão que proferi libertando uma pobre prostituta, envolvida com drogas, porque ela seria Mãe, tornou-se nacionalmente conhecida em razão da divulgação dessa sentença pela internet, num site espírita. Os espíritas compadeceram-se da pobre meretriz (Edna, eu não esqueço seu nome) e entenderam porque o juiz a libertou, ainda que, naquele momento histórico (1976), fosse a droga considerada, mesmo o simples consumo, um crime gravíssimo. Através de flagrantes de droga foram colhidos pela rede das prisões muitos opositores do regime politico então vigente.


http://feeds.feedburner.com/RadioXfm989Sp-br

Ministro acima de qualquer suspeita?


O Ministro Nelson Jobim abriu o jogo. Mas independente de ter revelado que na eleição presidencial do ano passado votou em José Serra, Nelson Jobim jamais poderia ser ministro de um governo que se propõe progressista e com credibilidade. De qualquer forma ainda está em tempo de uma faxina.


Mas, como assinalam os mais críticos, em um governo que tem como Ministro Moreira Franco, mesmo ele sendo uma figura decorativa, tudo é possível, inclusive Nelson Jobim ser Ministro da Defesa.

Se Dilma, e antes Lula, defende Jobim no Ministério da Defesa, é sinal que nem tudo são flores no processo democrático do país. Resta saber exatamente o motivo pelo qual este cidadão acima de qualquer suspeita ocupa o cargo por tanto tempo seguido.

Jobim é capaz de fazer de tudo, inclusive certas coisas que muitos poderiam até duvidar como, por exemplo, confessar, vestindo a toga de Ministro do Supremo Tribunal Federal, que quando era deputado do PMDB e relator da Constituinte redigiu dois artigos relacionados com a questão orçamentária que não haviam sido votados ou sequer discutidos em plenário.

O mesmo Jobim, já na condição de Ministro da Defesa, de forma ridícula e ilegal, vestiu uniforme militar de campanha. E os meios de comunicação deram a maior cobertura, não censurando a atitude, mas colocando a foto em destaque, como se fosse algo natural e salutar.

Mas fatos desabonadores contra Jobim não param por aí. Há poucas semanas documentos do Wikleaks revelaram que Jobim informou a diplomatas estadunidenses que os então Ministros Celso Amorim e Samuel Pinheiro Guimarães eram “antiamericanos viscerais”. E tudo ficou por isso mesmo. Até pior, Jobim continua Ministro e os dois mencionados deixaram de ser.

Jobim, em suma, desabona qualquer governo, talvez não o de Fernando Henrique Cardoso. Sua continuidade no cargo deve ser analisada com mais rigor e remete a uma pergunta que muita gente deve estar querendo formular: Por quê? Será alguma imposição? E qual o motivo de Lula ter se empenhado tanto para mantê-lo como Ministro da Defesa no governo Dilma?

Não resta dúvida que por detrás do pano têm fatos escondidos a sete chaves. Jobim se sente tão seguro que se julga no direito de fazer e dizer qualquer coisa, inclusive que votou no adversário da atual Presidente, mesmo sendo Ministro de um governo que apoiava a candidata. E será que tanto faz este ou aquele na Presidência para Jobim se manter no cargo? Será Jobim fiador de alguma coisa que os brasileiros desconhecem? Quem o banca?

Já que falamos em fatos escondidos, vale também lembrar a atual crise na Líbia, que caiu em total silêncio, quando a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) segue diariamente bombardeando a capital daquele país do Norte da África e provocando vítimas.

Pelo menos dois congressistas estadunidenses se posicionaram enfaticamente contra a participação dos Estados Unidos na guerra contra a Líbia: Cyntia Mckney e Dennis Kucinich, ambos do Partido Democrata. Cynthia passou duas semanas na Líbia e voltou indignada pedindo o fim desta mais recente aventura bélica estimulada pelo complexo industrial militar. A mídia de mercado, para variar, praticamente silenciou sobre o posicionamento dos dois parlamentares. É que a verdade muitas vezes contraria interesses e por isso não raramente ela é mantida escondida.

Neste sábado (30), foi bombardeada a sede da TV estatal líbia provocando a morte de três pessoas e ferimentos em outras 15. O alvo da OTAN é atingir o dirigente Muammar Khadafi. Por isso, os mísseis “inteligentes” têm feito vítimas civis e destruido bairros inteiros, o que mereceria também alguma manifestação de qualquer Tribunal internacional, sobretudo o de Haia.

Os rebeldes reconhecidos por vários países ocidentais tinham dado um prazo, já esgotado, para Khadafi deixar o país. O dirigente líbio avisou que não atenderá ao pedido do gênero bravata, porque os próprios inimigos do dirigente sabiam que por mais apoio que tenham da OTAN, o ultimato não seria cumprido.

Na área internacional vale lembrar ainda que setembro se aproxima e com a chegada deste mês a Organização das Nações Unidas (ONU) terá de se definir em relação à proposta de criação do Estado Palestino. Será a forma de se tentar romper o impasse que se arrasta há anos e já deveria estar resolvido. Os Estados Unidos, como acontece sempre, procurará exercer o seu poder de veto, cedendo às pressões dos defensores incondicionais de Israel.

P.S: O jornalismo perdeu uma grande figura: Procópio Mineiro, o jornalista que na rádio JB comandou a equipe que decifrou o enigma da operação Proconsult, um esquema fraudulento organizado para dar a vitória ao candidato do regime autoritário, Moreira Franco, em 1982, e evitar assim a ascensão de Leonel Brizola. Se não fosse isso, o setor de inteligência do regime associado a TV Globo elegeria o Governador do Estado do Rio.



http://feeds.feedburner.com/RadioXfm989Sp-br

Reforma política ou a escolha de Sofia


Reforma política ou a escolha de Sofia?

Vou pegar aqui uma carona no assunto “reforma política”, que tem frequentado a midia e as discussões no Congresso Nacional nos últimos meses e que, certamente, não é matéria de fácil posicionamento conclusivo. Por isso mesmo, este é, mais do que tantos outros, um texto em aberto, ávido de opiniões alheias.

Creio que a imensa maioria dos brasileiros comunga a postura da mais absoluta descrença quando se fala em partidos políticos. E não ajuda nem um pouco a melhorar esse conceito a forma como os nossos partidos se estruturam e atuam, seja do ponto de vista quantitativo – são tantos a servir de “legenda de aluguel” a candidatos sem um mínimo de coerência doutrinária -, seja quanto ao aspecto qualitativo , já que, com raríssimas exceções, falta às agremiações partidárias um conteúdo ideológico mínimo que assegure uma linha de ação fundada em um programa que as identifique.

Correndo o sério risco da decepção, chego a pensar que, se efetivamente vier a acontecer algo que, ao final, mereça a denominação de “reforma política”, alguns dos principais vícios do nosso processo representativo poderão ser extirpados. A possibilidade da decepção vai por conta de que – como diria Brizola – trata-se de um caso típico de “raposa tomando conta do galinheiro”, já que está nas mãos dos próprios políticos a reformulação de um sistema que, no geral, os vem beneficiando. A hipótese de vitória dos valores da cidadania, nesse caso, dependerá da chamada participação popular, do clamor das ruas e/ou das mídias, no sentido de fazer valer os seus princípios.

São vários os aspectos a abordar nesse tema e mereceriam diversos artigos . Aqui, trago à discussão um deles: o sistema eleitoral e sua representatividade. Como evitar a “eleição” de candidatos com um vergonhoso mínimo de votos, como ocorre no sistema atual de coligações? O candidato é “eleito” e ninguém sabe nem quem é... Como prevenir o país da possibilidade de uma eleição jocosa (como a do Tiririca) acabar, além de tudo, legitimando um sem número de candidatos que o povo não identifica como representativos? Como acabar com os partidos “de aluguel”?

Uma das grandes discussões a ser travada envolve a opção entre o chamado “voto de lista” e o “voto distrital”. Não é uma questão fácil de ser resolvida, pois ambos os sistemas contam com defensores ardorosos e argumentos consistentes. O “voto de lista” teria foco nos partidos políticos. Cada um destes organizaria uma lista de candidatos (à Câmara Federal, por exemplo), ordenando-os segundo uma hierarquia fixada dentro do próprio partido (em processo democrático, fruto de deliberações internas e não sujeito a “caciques”, fiscalizado pela justiça eleitoral) . O eleitor votaria no partido, e não no candidato, e, em função do número de votos dados à agremiação, seria determinado, proporcionalmente, o número de seus representantes na Câmara.

Já o “voto distrital” levaria em consideração aspectos geográficos - estabeleceria diversas regiões (distritos) em condições de ter os seus representantes - e privilegiaria os candidatos, individualmente. O eleitor de determinada região votaria no candidato que lhe parecesse melhor habilitado a ser o seu representante regional.

Não é uma escolha fácil. Pessoalmente, mas sem convicção absoluta, inclino-me ao “voto de lista”, porque penso que levará o eleitor a votar mais ideologicamente do que fisiologicamente, identificando-se com o partido que melhor defender, em linha programática de ampla divulgação, as suas ideias de cidadão. Imagino que esse sistema obrigará os partidos ao estabelecimento de uma linha de princípios – coisa que hoje falta à maioria deles - , sufocando o oportunismo de atuações casuísticas e acabando, ao final, por retirar do cenário os inexpressivos e dispensáveis partidos de fachada.

Além disso, só o “voto de lista” permitirá o estabelecimento do fim (pelo menos em termos oficiais) do “patrocínio” de certas candidaturas individuais por empresas privadas , com os escancarados interesses que tal prática revela. Junto ao “voto de lista” seria firmada a subvenção oficial aos partidos participantes, igualando – com financiamento exclusivamente público - as oportunidades de divulgação das diversas plataformas políticas. E, antes que se veja isso como absurdo, não custa lembrar que – ao menos do ponto de vista teórico – é mesmo o povo quem deve comandar e zelar pela lisura ética dos pleitos. Não é um dinheiro mal empregado, se contraposto ao que é gasto pelas empreiteiras e coisas que tais (e que, de toda forma, saiu do nosso bolso) para eleger candidatos que vão acabar atuando contra os interesses populares.

Os defensores do “voto distrital” apresentam a forte alegação de que só esse sistema permitirá ao eleitor votar em um determinado político que ele queira ver eleito. Defendem a ligação direta entre eleitor e eleito, como única possibilidade, inclusive, de este ser cobrado por aquele, no caso de faltar aos seus compromissos de campanha. Mas isto não gerará um tipo de voto “paroquial”, não ideológico, com eleições regadas a dinheiro e candidatos distantes dos partidos? Não seria um convite ao voto nas “celebridades”? Não privilegiaria os endinheirados?

Pensando aqui no assunto “ficha suja”, acredito que – implantado o “voto de lista” - um partido contaria até mil antes de incluir entre os seus representantes um candidato de vida pregressa discutível, cuja rejeição social poderia pôr a perder a agremiação partidária como um todo. Para um candidato desse tipo seria bem mais fácil a eleição pelo voto distrital, com “patrocínio” econômico de segmentos de interesses tão espúrios quanto os dele.

Às vezes, esse assunto me lembra uma “escolha de Sofia”... Por pressuposto ideológico, não acredito em “super-homens” ou no primado do individual sobre o coletivo, naquele político “salvador”, ungido sei lá por que deuses para levar o povo à redenção. Mas alguns oponentes ao voto de lista dizem que este facilitaria a vida do pessoal do PT, ou do PSDB, ou do PV, ou mesmo do DEM, partidos que, para o bem ou para o mal, possuem linhas ideológicas mais ou menos definidas. Mas, e daí? Não é isso mesmo que se espera de agremiações políticas?

Lembrando, finalmente, que há uma expressiva corrente que defende um sistema misto, deixamos aqui, de qualquer forma, uma boa polêmica. Quem se habilita a opinar?





http://feeds.feedburner.com/RadioXfm989Sp-br

Formas para Panetone e torrada Preços Fabrica, Onde Comprar



Com o Natal se aproximando, tudo o que envolve a data começa a ser preparado. Os panetones já estão disponíveis nas prateleiras de supermercados em todo o Brasil, além de padarias e outros estabelecimentos. O panetone é uma receita típica do Natal e está presente em inúmeras famílias brasileiras. Para quem gosta de cozinhar e preparar alguns quitutes, o mais interessante é preparar o panetone caseiro.




Além de saboroso, você se diverte e relaxa na cozinha. Muitas pessoas cozinham por prazer, seja no Natal ou em qualquer outra data. O panetone é um pão com frutas secas muito famoso em alguns países e também aqui no Brasil. É de fácil preparo, mas é preciso ter a receita ideal. Além disso, você precisa de acessórios para a sua confecção, como a forma especifica com o formato do panetone.



Existem diversos modelos de formas para panetone, mas a mais tradicional é a mais procurada. É um formato diferente dos outros tipos de pães, transformando esse em um pão diferente e único. Você encontrar outras receitas com o mesmo formato, mas só de ver já dá pra saber que é a forma de um panetone. Se você deseja fazer em casa a receita do panetone e precisa da forma, saiba que esse tipo de produto é encontrado facilmente em lojas de acessórios culinários. Existem centenas dessas lojas espalhadas pelo país.



Mas se você deseja comprar através da internet, não se preocupe, pois também existem algumas lojas online que trabalham com a venda desse produto. Os preços formas para panetone são bem acessíveis e você compra em grande número. Os pacotes normalmente vêm com 10 ou mais unidades. Para quem não sabe, a forma é aquela de papel, onde o panetone fica enrolado até na hora do consumo. Não queima ou qualquer coisa do tipo como muitos imaginam.




Você pode usar outras formas como apoio e acessório, mas a de panetone é a de papel. Se você ainda não sabe onde comprar formas para panetone, acesse o site Lingraf, site especializado na venda de artigos para artesanato, festas e muito mais. Você encontra diversos modelos e preços. A compra é feita totalmente online e os produtos são entregues em sua casa dentro de alguns dias. Acesse já e confira os produtos você também.





http://feeds.feedburner.com/RadioXfm989Sp-br