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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Detran apura se carteira de habilitação de Tiririca é irregular

A Corredegoria do Detran de São Paulo abriu procedimento administrativo para apurar se houve irregularidade na emissão da carteira de habilitação do deputado federal recém-eleito por São Paulo Francisco Everardo Oliveira (PR), o palhaço Tiririca. A suspeita foi levantada pelo Ministério Público Eleitoral, que apura se o humorista é analfabeto e se fraudou o documento que tentava provar o contrário.
Tiririca tem uma carteira de habilitação tipo “D” – para dirigir ônibus e vans – registrada na cidade de Itapecerica da Serra, interior de São Paulo, onde nunca viveu. O curioso é que o documento, transferido para a capital do estado em 2001, é datado originalmente de 7 de agosto de 1996 – sete dias antes de VEJA publicar uma reportagem em que a mãe do palhaço dizia que ele apenas sabia desenhar o nome.
Assim como para ser candidato a deputado, saber ler e escrever é critério para dirigir no território nacional. Se Tiririca conseguiu a carteira regularmente, pode ser uma prova de que é alfabetizado. Mas o promotor Maurício Ribeiro Lopes desconfia que a habilitação tenha sido fraudada. “Itapecerica tem histórico de fraudes desse tipo”, afirmou Lopes ao site de VEJA.
Em 2008, a operação Carta Branca, deflagrada pela Polícia Federal (PF), prendeu uma quadrilha que cobrava cerca de 1.800 reais para emitir carteiras falsas em diversos municípios paulistas, incluindo Itapecerica da Serra. O promotor do MP enviou as suspeitas ao Detran, que, no último dia 13, exigiu à corregedoria imediata abertura de procedimento administrativo.
Processo - No último dia 13, Tiririca recebeu uma notificação sobre o processo que investiga se é falsa a assinatura dele em documento enviado à Justiça Eleitoral para comprovar ser alfabetizado . O prazo dado ao deputado para defesa termina na próxima segunda-feira. Caso ele não se manifeste, haverá uma audiência em que a Justiça irá colher material gráfico para comparar as caligrafias do palhaço e do documento.
Segundo o promotor Maurício Lopes, o PR, do qual Tiririca faz parte, também pode ser responsabilizado em caso de fraude. “A legenda nunca vai poder dizer que não sabia, porque acompanha todo o processo de registro de candidatura, portanto, ele não teria como esconder do partido que é analfabeto”, diz.
(Adriana Caitano, de São Paulo)
Revista Veja
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