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sábado, 30 de outubro de 2010

Internet é para sexo? Opinião e Tecnologia Alexandre Inagaki

Que atire o primeiro mouse aquele que nunca, mas nunca mesmo, usou a internet para procurar por algum conteúdo relacionado a sexo. Há os que buscam por fotos de celebridades nuas que caíram, acidentalmente ou não, na net. Há os que bisbilhotam vídeos indiscretos de atores ou apresentadores de TV cometendo o menos original dos pecados numa praia espanhola ou numa banheira de hidromassagem. E isso para não falar daqueles que buscam distrações digitando com uma mão só enquanto teclam obscenidades numa sala de chat, ou expõem seus corpos nos Chatroulettes e conversas de Messenger da vida. Ah, você jamais cometeu qualquer um desses atos? Ok: pelo jeito, você é daqueles que afirmam que só compram a Playboy por causa das matérias e entrevistas. Em especial, aquelas que são publicadas no pôster central…
Mas enfim, o fato é que os puros de alma representam minoria intrigante na rede. Um vídeo da GOOD Magazine sobre pornografia virtual revela alguns dados bastante sugestivos:
- 12% dos sites existentes no mundo são de conteúdo pornográfico;
- 25% de todas as pesquisas realizadas em sites de busca são relativas a sexo;
- 35% dos downloads feitos são de natureza pornográfica;
- A cada segundo cerca de 28.258 internautas estão vendo pornografia;
- Diariamente 266 novos sites com conteúdo sexual surgem na Internet;
- Há cerca de 372 milhões de sites de pornografia.

Bom lembrar: essas estatísticas referem-se a dados de 2007. De lá para cá, não é difícil intuir que esses números certamente subiram em escala viágrica. E o fato é que sexo vende. Basta lembrar, por exemplo, dos valores que orbitam em torno do domínio www.sex.com. Quem visita este site encontra quase nenhum conteúdo: cinco fotos discretamente insinuantes e links patrocinados para diversas outras páginas. E no entanto, graças à palavrinha estratégica contida nesta URL, trata-se de um domínio capaz de render entre US$ 50 mil a US$ 500 mil mensais, a ponto de uma empresa ter pago 14 milhões de dólares por ele. Já por aqui, a URL www.sexo.com.br também parece ser subutilizada. Não tem conteúdo, apenas alguns links para sites com vídeos caseiros, contos eróticos e anúncios de aumento de pênis dignos dos maiores clichês de spams. No entanto, alguém duvida do fato de que a Nameaction Brasil Serviços de Internet Ltda., dona desse domínio desde 19/06/2002, fez um excelente negócio ao adquirir essa URL?
Constatações como essas inspiraram a dupla Robert Lopez e Jeff Marx, autora do musical Avenida Q, a escrever um número intitulado “The Internet is For Porn”. Uma canção que, de modo jocoso, mas não necessariamente errado, resume todos os motivos pelos quais estamos conectados neste exato momento a um só: sexo.

Crime em diversos países, a pornografia online nada mais é do que resultado de uma demanda que as pessoas da vida offline possuem. Por mais que algumas pessoas insistam em negar certos fatos, mantendo-os inutilmente dentro do armário, feito ex-Menudos tristemente reprimidos, o fato é que sexo atrai atenção. Porque é bom, é gostoso e inclusive é recomendado pelo Ministério da Saúde como ato capaz de prevenir doenças. Não se esquecendo, logicamente, de que sexo deve ser sempre feito de forma segura. Lembremos, pois, de uma música composta por Cole Porter em 1928, intitulada “Let’s Do It, Let’s Fall in Love”, e transposta para o português por Carlos Rennó. Gravada por Chico Buarque e Elza Soares, os versos de “Façamos” afirmam, de forma saudavelmente bem-humorada:
Os cidadãos no Japão fazem
Lá na China um bilhão fazem
Façamos, vamos amar

As taturanas também fazem
com um ardor incomum
Grilos meu bem fazem
E sem grilo nenhum

Gatinhas com seus gatões fazem
Tantos gritos de ais
Os garanhões fazem
Esses fazem demais

Leões ao léu, sob o céu, fazem
Ursos lambuzando-se no mel fazem
Façamos, vamos amar

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