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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Lula deixa novo cartão postal para o Rio

Lula deixa novo cartão postal para o Rio
Agências - 21/12/2010 - 21h43
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve ontem seu último evento de despedida no Estado do Rio antes de deixar o cargo. Ele viajou no teleférico do Complexo do Alemão, na zona norte da cidade, participou de inaugurações de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na Rocinha e da duplicação da rodovia BR-101 Sul, por meio de videoconferência.
Emocionado, Lula elogiou as administrações do prefeito da capital, Eduardo Paes, e do governador fluminense, Sérgio Cabral. "As pessoas estão com auto-estima tão elevada que, se colocar aquele negócio de batimento cardíaco, nós nem conseguiremos medir", disse o presidente, que aproveitou para lançar mais uma frase de efeito: "Este teleférico passa a disputar com o Pão de Açúcar para servir de cartão postal do Rio. Isso é o pobre sendo bem tratado."



Antonio Scorza/AFP
Teleférico na favela: Sérgio Cabral, presidente Lula e Eduardo Paes comemoram a vista panorâmica, construída com financiamento do PAC.

Durante a cerimônia no Complexo do Alemão, Eduardo Paes entregou a Lula as chaves da cidade. Ele e Cabral  agradeceram o apoio dado pelo governo federal ao Rio.
O presidente ficará apenas mais nove dias no cargo. Nesse período, Lula ainda viajará ao Rio Grande do Sul, a São Paulo, Goiás, Pernambuco, ao Ceará e à Bahia. Em 1º de janeiro de 2011, ele entregará a faixa presidencial a Dilma Rousseff.
Bicho-papão – Lula disse que a comunidade do Alemão não é mais um "bicho-papão'', por causa das obras do PAC e da operação realizada pela polícia e pelas Forças Armadas desde o fim de novembro.
O conjunto de favelas era considerado o quartel-general da principal facção criminosa do Rio até o mês passado, quando foi ocupado pela polícia e pelos militares. "Eu, que assisti à ocupação do morro do Alemão pela televisão, me emocionei. Imagino você [governador Sérgio Cabral] o que sentiu, quando viu, pela primeira vez, o povo assistindo à polícia entrar como amiga. O povo viu as Forças Armadas servindo ao brasileiro. Não para atacar ou bater no povo, mas para defendê-lo dos verdadeiros bandidos do país. Um dado concreto é o seguinte: o Complexo do Alemão não é mais bicho-papão'', afirmou Lula.
Na solenidade, o governador fluminense informou que a força de paz do Exército passará a ocupar efetivamente os complexos do Alemão e da Penha na próxima quinta-feira, dando início à segunda fase de operações na comunidade. Segundo Cabral, o início dessas operações contará com a presença do ministro da Defesa, Nelson Jobim.
Em seu discurso, Lula disse ainda que visitará a comunidade da Rocinha sem seguranças, em março do ano que vem, quando já tiver deixado a Presidência da República. A comunidade, na zona sul da cidade, é controlada por grupos criminosos armados e, segundo o governo do Estado, não há planos de pacificar a favela até março. "Eu já fui na Rocinha outras vezes, sem estar pacificada. É óbvio que eu quero que ela esteja pacificada, que as pessoas estejam com a autoestima lá em cima, que as mulheres possam transitar com suas crianças, com seus maridos. Tenho certeza que, dentro do planejamento do governo do Estado, a pacificação vai acontecer'', disse.
Programas sociais – Lula  também recomendou às autoridades a implementação de programas sociais que complementem a ocupação pelas forças de segurança. "Não permitam, pelo amor de Deus, que haja retrocesso. Veio polícia, veio UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), agora tem de vir escola, emprego. Quando perceberem que o poder público não é algo distante, iremos pacificar todas as favelas e o Brasil será um novo país", discursou o presidente, depois de fazer uma viagem experimental no teleférico que integra as favelas do complexo e que entrará em funcionamento em março do ano que vem.

Antonio Scorza/AFP
"Se vocês virem um baixinho barrigudo com uma sunga colorida lá [em Copacabana], sou eu", disse Lula.

Lula conversou com moradores das favelas e ouviu relatos das dificuldades que persistem, como desamparo dos jovens e carência de cursos profissionalizantes, além da precariedade do atendimento nos postos de saúde.
O presidente estava bem humorado durante toda a agenda que cumpriu no Complexo do Alemão. No primeiro discurso, lembrou de uma obra que vai visitar na cidade de Osório, no Rio Grande do Sul, e das dificuldades para conclusão de um viaduto por conta do impacto ambiental da obra: "Uma perereca atrapalhou a minha vida. Perereca normalmente não atrapalha, mas a perereca do viaduto de Osório atrapalhou a minha vida meses e meses", disse. Em outro discurso, através de videoconferência, prometeu voltar à  Rocinha depois de deixar o governo, "para tomar um copinho de cerveja", e prometeu também ir à praia de Copacabana. "Se vocês virem um baixinho barrigudo com uma sunga colorida lá, sou eu", disse.
Veto – O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) voltou a criar atrito entre o presidente  e seus companheiros de partido. Depois de desautorizar o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que falou em redução do ritmo das obras, Lula anunciou que vetará parte do Orçamento de 2011, se for mantido pela relatora, senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), o corte de R$ 3,3 bilhões nos recursos do PAC.  "Vocês sabem que eu tenho poder de veto", avisou. 

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