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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

WikiLeaks: Colômbia pediu aos EUA para espionar vizinhos

WikiLeaks: Colômbia pediu aos EUA para espionar vizinhos
10 de dezembro de 2010 16h19 atualizado às 16h54
 Colômbia pediu aos Estados Unidos para compartilhar informação de inteligêncoa sobre a Venezuela e o Equador, o que Washington rejeitou, segundo despacho confidencial de abril de 2008, divulgado pelo site WikiLeaks. O general Freddy Padilla, que era comandante geral das forças militares colombianas, reiterou ao então embaixador americano em Bogotá, William Brownfield, o pedido "de trocar informação de inteligência sobre a Venezuela e qualquer outra que o governo dos Estados Unidos pudesse fornecer sobre o Equador".
A solicitação foi feita um mês depois do rompimento de relações entre Equador e Colômbia, decidida por Quito depois de um bombardeio militar contra um acampamento da guerrilha colombiana das Farc, ataque que também azedou os vínculos com a Venezuela. Embora o embaixador tenha dito que avaliaria o assunto, ele lembrou a Padilla que no caso dos dois países esta informação não era confidencial.
De acordo com o despacho diplomático, Padilla considerava que as forças armadas venezuelanas eram "mais frágeis do que tínhamos pensado", em contraste com as equatorianas que, "apesar ser menores, eram mais profissionais". Em sua conversa com o embaixador, Padilla teria se referido também às negociações para assinar um acordo militar com os Estados Unidos para o uso, por parte das tropas americanas, de bases na Colômbia.
"Padilla lembrou ao embaixador que o presidente (Alvaro) Uribe desejava concluir em 2008 um convênio para o uso, por parte dos Estados Unidos de (a base aérea) Palanquero", comentou o telegrama. "O governo da Colômbia estava consciente de que um anúncio deste tipo provocaria uma reação de Venezuela e Equador. O governo colombiano nunca o diria publicamente, mas era precisamente isto o que procurava", acrescentou.
Colômbia e Estados Unidos assinaram em 2009 um convênio militar que autorizava o uso controlado de sete bases neste país. No entanto, em 2010 a Corte Constitucional colombiana o rejeitou, pois considerou que devia ter sido submetido à aprovação do Congresso. 

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