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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Cabo de guerra nos EUA


Miami (EUA) - O que parecia uma mera escaramuça entre o Congresso majoritariamente republicano, sobretudo a Câmara Federal, e a Casa Branca vai ganhando contornos de preocupação para o futuro do país: a elevação de teto da dívida dos Estados Unidos, atualmente fixado em US$14,290 trilhões. O Tesouro dos EUA anunciou já ter alcançado este teto, mas tomou medidas de emergência que prorrogaram a situação pelo menos até 2 de agosto, estabelecida como data limite.


É a eterna luta entre as convicções democratas e republicanas. E, claro, ambos estão de olho em atender aos seus eleitorados. O presidente Barack Obama, porém, foi incisivo neste final de semana e cobrou dos personagens envolvidos nos debates um plano factível para o início desta semana.

O que ele chama de plano factível é um plano sério de redução do déficit que inclua aumento de impostos aos americanos de camadas mais privilegiadas. Foi um soco direto nos parlamentares republicanos que querem fincar pé na redução dos gastos públicos sem o consequente aumento de impostos que, segundo eles, “castigaria a população do país que vem sofrendo com a crise econômica”.

Aparentemente, é um discurso que ecoaria bem junto ao eleitorado, entretanto, a resistência em aumentar os impostos dos mais ricos está refletindo pessimamente na imagem do Partido Republicano, que a cada eleição vem caracterizando-se como o partido alinhado com os mais favorecidos e com os eleitores brancos mais conservadores, principalmente os que vivem no interior do país e professam a fé evangélica.

A fim de solucionar o problema, Obama reiterou seu apoio a um plano ambicioso e equilibrado de cortes de gasto e aumento da carga de impostos para os mais abastados com o objetivo de reduzir o déficit do país em US$ 4 trilhões na próxima década.

E as possíveis consequências já se fazem sentir. A maior economia do planeta, se declarar uma moratória pela primeira vez em sua história, pode ter sua avaliação rebaixada pelas agências de classificação de crédito, como Standard & Poor’s e Moody’s.

Até mesmo a China, o maior credor dos EUA, alertou o governo e os parlamentares americanos para que se empenhem na obtenção de um acordo e, desta forma, protejam os interesses dos investidores. Se alguém ainda tinha alguma dúvida de que a China não passa de um estado capitalista com dirigismo estatal, agora simplesmente perdeu a ingenuidade. O “tal comunismo” não passa de uma fachada para manter o controle sobre a população e evitar investigações sobre aqueles que comandam o país.

Mas, voltando ao problema americano, realmente está mais do que na hora de os poderes constituídos deixarem de lado suas divergências políticas e ideológicas e chegarem a um acordo. Do lado democrata, é preciso, sim, entender que o inchamento estatal é prejudicial para a economia do país e o enxugamento da máquina pública é benéfico no longo prazo. Do lado republicano, a mensagem de que o estado mínimo é a panaceia para curar todos os males também não responde a todas as questões. E pagar impostos para o bem comum, sobretudo aqueles que possuem mais renda, nada mais é do que uma atitude para diminuir a injustiça social e ajudar o país a contornar um problema imediato para se recuperar e voltar a crescer.

Os parlamentares apresentaram a Obama um plano menos ambicioso de redução do déficit em torno de US$ 2,4 trilhões, rechaçado pelo presidente por não contemplar o enfoque equilibrado e nem propor cortes de gastos sociais nem aumento de impostos.

Alguns como o deputado federal Eric Cantor, republicano da Virgínia e líder da maioria na Câmara Federal, vem sendo mais radical em manter a estratégia do ‘cap, cut and balanced’, que propugna limitar o débito, cortar despesas públicas e encontrar o balanceamento ideal em crédito e débito, sem aumento de impostos. Entretanto, em uma situação emergencial como esta, é preciso encontrar um denominador comum para depois discutir mudanças de longo prazo.

Com o objetivo de superar a crise momentânea, o líder da minoria no Senado, Mitch McConnell republicano do Kentucky, sugere a adoção de um plano de contigência que concederia poderes especiais a Obama para elevar o teto da dívida, mas o tema logo voltaria ao Congresso onde seriam debatidos os aspectos concretos. O presidente não demonstrou muito entusiasmo com esta alternativa, por representar somente uma solução a curto prazo e não enfrentar o problema de maneira definitiva.

Uma coisa é certa. Eles precisam se acertar para evitar expor os EUA a um vexame público mundial. E esta estratégia pode ter consequências nefastas sobre os envolvidos, sejam eles republicanos ou democratas.

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4 Comentários recebidosEm 17/07/2011, Fernando Bernardo escreveu:Engraçado: Por que ninguém fala, ninguém menciona a redução das despesas MILITARES dos EUA ? È ali que está o principal foco dos gastos excessivos do governo deles !. O que Bobama propõe simplesmente...Irá adiar a crise para o ano que vem !. Quem produz muitas armas & munições TERÁ que necessáriamente usá-las !. Vide a Alemanha em 2 Guerras Mundiais. Também foram os gastos militares a principal causa mortis da União Soviética !. A América já era !. Ainda nessa década tenderá a ir para a lata de LIXO da História humana, fazendo uma desagradável compahia à URSS e ao III Reich !. Nunca estive lá. Não sentirei saudades !. Em 18/07/2011, Antonio Tozzi escreveu:Caro Fernando Bernardo, Falam sobre cortes de gastos militares sim. Esta é a grande incógnita para os republicanos. Eles ão militaristas e ao mesmo tempo defendem cortes de gastos. Sobre vir para cá, deixe de ser xenófobo. Os EUA têm coisas boas e más, feias e bonitas como qualquer outro país.Em 18/07/2011, Romeu Prisco escreveu:Concordo com o leitor Fernando Bernardo e me permito acrescentar: além do maciço suporte bélico-militar, o volumoso apoio financeiro que os EUA, anualmente, vêm dando a Israel, para extermínio da Palestina.Em 18/07/2011, Azevedo escreveu:Para os incrédulos: O governo federal recebe $200 biliões mensalmente do povo, industrias e pequenos negócios. A Lockheed já demitiu milhares de funcionários devido os cortes militares bem como a NASA. A Rússia faliu pois era um estado socialista. A Alemanha na II guerra dependia do trabalho escravo de judeus, cristãos, presos políticos, ciganos etc. Em St. Maarten, vi um yacht de 4 decks com um helicóptero no convés...um Russo industrialista era o dono. Pergunte à ele se quer a volta do ultimo regime no seu país de origem.
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