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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

EUA: a pobreza bate à porta da Maior Potencia do mundo

EUA: a pobreza bate à porta



O american way of life não é mais aquele. A pobreza no país de Tio Sam é crescente e os dados do Censo estão aí mesmo para confirmar esse panorama sombrio. Pelo terceiro ano consecutivo, a taxa de pobreza nos EUA seguiu em curva ascendente e quebrando recordes.

Na quinta-feira, o Censo informou que o índice de pobreza em 2009 foi o maior desde que o governo passou a divulgar essa estatistica há mais de meio século. Os EUA têm hoje 43,6 milhões de pessoas vivendo em estado de pobreza. Em 2008, os pobres eram 39,8 milhões. Isso significa que um em cada sete americanos está sem emprego formal,  sobrevivendo de pequenos bicos, quando os encontra, ou de alguma ajudinha do governo, como os restaurantes públicos onde a comida é grátis para os descamisados.  Um duro retrato da crise que se tornou aguda a partir de 2007.

Outro dado divulgado pelo Censo: 51 milhões de americanos não têm seguro-saúde. Um tremendo complicador porque os hospitais não podem deixar de atender quem necessita de socorro médico.  No fim quem paga a conta é o governo.

Os índicadores negativos da economia se acumulam.  No último mês de agosto, o número de proprietários que perderam suas casas para os bancos por falta de pagamento (foreclosure) bateu um recorde, segundo dados de uma das maiores empresas de real state do país: 1.2 milhão de casas foram retomadas pelos bancos e mais 3.2 milhões de propriedades seguem o mesmo destino.  Somente em agosto 338.836 proprietários perderam suas casas, 4% acima de julho. Traduzindo em miúdos: uma em cada 381 casas nos EUA está em processo de foreclosure ou retomada ou repossession.
Na raiz do problema a alta taxa de desemprego, o corte nos salários, as exigências colocadas pelos bancos para financiamentos imobiliários e principalmente o equity negativo das casas, ou seja, o saldo devedor da hipoteca maior do que o valor de mercado.
Pra se ter uma idéia. Quem comprou imóvel no final de 2006 / inicio de 2007 nos EUA está com um mico preto nas mãos e dele quer se livrar a qualquer preço, ou melhor, sem pagar nada. Com a desvalorização de seus imóveis, em torno de 50% em relação ao preço de compra, milhões de proprietários se conscientizaram de que devem suspender os pagamentos e aguardar que o banco retome a propriedade, processo que pode durar até dois anos no qual ele mora de graça.
Uma jogada de risco porque, ao mesmo tempo em que ele junta debaixo do colchão o dinheiro que deixa de pagar ao emprestador, ele se torna insolvente e seu crédito vai para o espaço. Daqui a pouco, quando tiver que deixar a casa, ele terá dificuldade para alugar uma outra porque seu credit score está baixo.
Esse é um pequeno retrato de um grande drama que vive a nação que já foi a mais rica do planeta.
Enquanto isso, a nova extrema direita da política norte-americana (Tea Party), o grupo mais radical do Partido Republicano, que tem na ex-candidata a vice, Sarah Palin (foto), sua principal liderança, comemora e torce pelo quanto pior melhor.  O discurso do Tea Party, que em tom patriótico prega a volta do país às suas origens,  encontra terreno fértil no quadro de miséria e declínio da renda de milhões de americanos e isso vai ter influência decisiva no resultado das eleições de novembro, sobretudo depois que pesquisas mais recentes indicam que a aceitação de Obama caiu a menos de 50%. Pouca gente se lembra da herança maldita que ele recebeu de seu antecessor.
Os democratas estão acuados e o fantasma da perda da maioria no Parlamento assusta os corredores da Casa Branca que certamente já está pensando qual a estratégia de governo que adotará caso isso realmente se concretize, como tudo indica.

Pastor aventureiro vai pagar a conta
A cidade de Gainesville , na Flórida, está estudando um jeito de mandar ao pastor Terry Jones uma continha de 180 mil dólares por gastos extras para manter a ordem na cidade durante o período que antecedeu o dia 11 de setembro, quando o religioso pretendia queimar exemplares do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos.
A prefeitura alega que mobilizou toda sua força de 286 policiais uniformizados para manter a tranquilidade da cidade e garantir a segurança do incendiário pastor.
Assustado ante o inesperado prejuizo, Jones se defende dizendo que "se eu soubesse antecipadamente que eu pagaria a conta teria recusado a segurança".
Bem feito, pra deixar de ser aparício.
Por Eliakim Araujo
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