Sem citar nomes, Lula classificou de "cara-de-pau" quem prometeu o pagamento do 13º e disse que aqueles que hoje defendem o aumento do mínimo não o fizeram quando governaram o país.
"Quando nós criamos o Bolsa Família, era esmola", declarou o presidente. "Hoje, estão até na maior cara-de-pau prometendo 13º para o Bolsa Família", disse. "Eles pensam que nós somos aqueles eleitores bobinhos de 20 anos atrás", ironizou.
"Tem um deles que está até prometendo aumento de salário mínimo", prosseguiu Lula. "Nós aumentamos 74% [o salário mínimo]. Quando eu entrei no governo, a meta era elevar o mínimo para US$ 100. Ele já está em US$ 300."
MÃE
O presidente disse que a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, é "vítima de uma campanha no mundo subterrâneo da política da forma mais vergonhosa". Afirmou que já foi "vítima disso" e ressuscitou o discurso de que o país precisa de uma mãe no governo.
"Como é que alguém que tem competência de cuidar tão bem de nossos filhos não pode cuidar dos 190 milhões de brasileiros?", perguntou.
"Nós não precisamos ser governados", afirmou Lula. "A palavra governar é uma palavra elitista. Nós precisamos ser cuidados. Alguém tem que cuidar do povo brasileiro, porque governar é o jeito burocrata que eles fariam, de governar para a minoria", declarou. "O que queremos é cuidar, como uma mãe cuida dos seus filhos."
No mesmo tom, o presidente usou como exemplo uma mãe que tem dez filhos, "mas na hora de ela colocar a comida na mesa, cada um tem direito a um pedacinho: se é meio bife, é meio bife para todo mundo. Nenhum sacana vai ter dois bifes e o outro vai ficar sem nada", disse.
SEM-TERRA
Dos 40 minutos em que discursou, Lula usou 30 minutos para lembrar os feitos de seu governo. Ao falar da reforma agrária, elogiou os sem-terra. "Enquanto as pessoas falam mal dos sem-terra eu falo: graças a Deus que eles existem, porque graças aos sem-terra que a gente não vê mais gente na sarjeta e lutando pela terra nesse país", disse.
"Nós desapropriamos até agora 60% de toda a terra que foi desapropriada desde que o Brasil foi descoberto", declarou.
O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, também discursou e comparou a atual campanha eleitoral com a de 2002, citando o depoimento da atriz Regina Duarte que, à época, disse ter medo da vitória de Lula.
"Há oito anos, a esperança venceu o medo, agora vamos vencer o ódio, a calúnia", disse Dutra. Ao fim do discurso, ele pediu que a militância forme uma "grande onda vermelha" nas ruas.
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