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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Embu participa do revelando Vale do Ribeira SP, de 22 a 26/6

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Pelo terceiro ano consecutivo, Embu das Artes participa do Revelando Vale do Ribeira, agora em sua oitava edição. Será de 22 a 26 de junho, das 9 às 22h, no Centro de Eventos Casemiro Teixeira (Rua Ana Cândido Sandoval Trigo, s/nº, no bairro Canto do Morro, Iguape, SP). A cidade embuense participará do evento com estande de artesanato, atelier coletivo com arte ao vivo, exposição e venda de cerâmica, pintura naif, escultura de madeira e trançados e cestaria.




Embu das Artes será representada por alguns de seus importantes artistas, como José Itamar Lucas, singular no trançado e cestaria de cipó, fazendo animais, oratórios, bonecos e vasos; Jovino Gama, filho do lendário Mestre Gama e um dos mais destacados escultores de madeira da cidade, com belos trabalhos de cedro, mogno, canela, ipê e peroba; Luiz Roberto da silva, com trabalhos de terracota e que se caracteriza por retratar imagens de pessoas, como pescador, tocador de viola, vendedor de frutas, escultor e o São Francisco colorido; Sílvia Lea, que levará 25 obras, incluindo São Jorge, Antônio Conselheiro, catadora de trigo, pássaros, baianas, todas com o toque singelo naif, e Paulo São José, que faz galinhas d’angola e caipira, fieiras de peixes pintados naif, a escultura do Divino e que, como os outros, busca interagir com o público por meio de oficinas que funcionam durante o Revelando.





Para saber mais clique aqui e acesse o site do Revelando



Elke Lopes Muniz

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Embu investe na leitura

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Abertas as inscrições para o VI Festival de Calouros de Embu

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Se você é o tipo de pessoa que gosta de cantar debaixo do chuveiro, dançar, imitar alguma personalidade, declamar poesias, fazer trabalhos manuais ou qualquer manifestação artística, não pode perder essa oportunidade de mostrar seu talento. Estão abertas, até o dia 15/7, as inscrições para o VI Festival de Calouros Arte pela Diversidade.




O evento ocorrerá no dia 31 de julho (domingo), das 9 às 22 horas. As apresentações foram divididas em duas categorias: adulto e infantil. A primeira é composta por três subcategorias: trabalhos manuais (pintura, escultura, entre outros), música (cantores, coral, instrumentistas e bandas) e dança/outros (declamação de poesias, mímica, performances em geral). Já na infantil pode apresentar dança, música, declamação de poesias dentre outras apresentações.



Os calouros poderão se inscrever para apresentações individuais ou em grupo pelo site (ver link abaixo). Para a categoria Trabalhos Manuais, as inscrições serão realizadas apenas no Centro de Convivência Conviver. Eles terão cinco minutos para apresentação e haverá premiação simbólica para os três primeiros colocados de cada categoria. Também serão premiados a originalidade do calouro e torcida, participação nos festivais e calouro mais velho e mais novo.



Às 13h30 haverá a apresentação do espetáculo “Ponto de Fuga”, do programa DST/ AIDS de Embu das Artes.



A única condição para inscrição é de que a pessoa, ou grupo, seja calouro e não profissional.



Mais informações no Conviver (rua Alberto Giosa, 320 – Quinhaú – Parque do Lago Francisco Rizzo), pelo telefone: 4781-5728 ou e-mail: conviver@embu.sp.gov.br.



Júlio Marcondes





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Participe do Animaembu dias 18 e 19/6

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Embu das Artes apresenta neste fim de semana o Animaembu Nippon Matsuri 2011, programa que faz parte da Semana da Cultura Japonesa iniciada em 10/6 com a abertura da Exposição Nikkei Arte e Craft e outras atividades. O Animaembu será realizado nos dias 18 e 19/6, sábado e domingo, a partir das 9 horas, no Parque do Lago Francisco Rizzo (Rua Alberto Giosa, 320). Ele inclui várias atividades, como shows das bandas NouHaw e Tatsu, Festival de J-Pop e J-Rock com bandas e malabarismo, teatro cosplay com grupo Hokage, ofcinas de mangá e origami. Também haverá Exposição de Orquídeas e Bromélias. Consulte a programação, com entrada gratuita, a seguir e participe. Há atrações para todas as idades.




Programação

18/6, sábado

10h – Match Akita

11h – Taikô e premiação do concurso de pintura infantil

12h30 – artes marciais Sumô

13h30 – teatro Cosplay com o grupo Hokage e desfile kawaii

14h30 – concurso de Animekê

16h – Taikô e ”Vamos dançar na roda!” na praça

17h – Festival J-Pop e J-Rock com banda Megadriver

23h – encerramento



Durante todo o dia



Na praça: Batalha campal, EtnoPop oficina de animekê, cosplay, mangá, “Vamos dançar na roda!”, bom-odori, matsuridance, dança folclórica e taikô

No pavilhão: vídeogame saga, torneio PES, comix book shop



Nas tendas: Exposições: IKEBANA, Pintura infantil, Ilustração, ORIGAMI, cardgame / RPG, oficinas shodô, sumiê, oshibana, washiê, mangá, go, soroban, kirie, origami, haikai



19/6, domingo

10h – Taikô

11h – premiação do concurso de mangá

11h40 – artes marciais – Sumô

12h40 – banda Nouhaw

13h20 – teatro cosplay com grupo Hokage

14h – Taikô e “Vamos dançar na roda!” na praça

15h – palestra de dublagem com Élcio Sodré

16h30 – concurso de cosplay

18h – banda Tatsu

19h – encerramento



Durante todo o dia



Na praça: Batalha campal, etnopop, oficina de animekê, cosplay, mangá; “Vamos dançar na roda!”, bom-odori, matsuridance, dança folclórica e taikô



No pavilhão: Videogame saga, torneio de videogame, comix book shop



Nas tendas: exposições: ikebana, pintura infantil, ilustração, origami, cardgame/RPG, oficinas de shod&333;, sumiê, oshibana, washiê, mangá, go, soroban, kirie, origami, haikai



Estacionamento gratuito.



Elke Lopes Muniz


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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Dia 9 de Julho Grande Show ao Vivo Com Tinoco

A politização da economia



O modelo neoliberal colocou a economia acima da política, condicionando os países às regras do mercado e buscando eliminar suas soberanias. As discussões políticas, assunto de botequim, que sempre entusiasmaram os cidadãos em todos os tempos, se transformaram em debates técnicos, fora do alcance da maioria, com efeito desmobilizador estratégico. A economia sempre teve e terá papel determinante na política, mas não pode ser o único elemento a direcionar as ações dos governos, que precisam ter um olho no crescimento e outro no bem estar das populações.


Se a política se “economizou”, digamos assim, a economia se politizou, principalmente nas páginas dos jornais. O que não seria uma contradição, já que são atividades complementares, torna-se maléfico pelos objetivos que esconde. A "economização" da política afasta o cidadão do que o atinge diretamente, e a politização da economia o impede de ver o país real.

O noticiário econômico é, frequentemente, dominado por questões do interesse do mercado, como o aumento da taxa de juros, o que leva o tema da inflação a se perpetuar nas páginas, mesmo quando os indicadores já mostram o arrefecimento da alta momentânea. A leitura dos jornais passa uma idéia de que o Brasil se debate com uma inflação preocupante e está à beira da paralisação, quando a realidade é bem diferente.

Basta dar uma olhada no cenário internacional para ver como o país se posiciona. A dívida dos Estados Unidos já atingiu o limite legal de US$ 14,3 trilhões, e o governo pede a elevação do teto sob pena de sérios prejuízos aos títulos do Tesouro. A Europa enfrenta uma crise séria nos países mais pobres da zona do euro, com o os conflitos nas ruas da Grécia avisando Espanha, Irlanda e Portugal o que as espera amanhã.

Enquanto isso, o Brasil, um dos primeiros países a sair da crise financeira global, justamente por enfrentar politicamente a questão econômica, projeta seu futuro com entusiasmo diante de elementos concretos, como a exploração do pré-sal, as políticas públicas desenvolvimentistas e a necessidade de melhorar a infraestrutura para o crescimento e para a Copa do Mundo e a Olimpíada que se aproximam.

A realidade que o país vive é de expansão e não de recessão ou temores. O noticiário econômico poderia estar recheado de boas notícias se fosse do interesse dos grandes meios destacá-las. As novidades estão aí e é impossível evitá-las. Não ocupam as manchetes, mas têm alto impacto mesmo que não priorizadas. A busca por engenheiros por parte das empresas é incessante para projetos nas áreas de mineração, do petróleo, da construção civil e de infraestrutura. E os projetos são todos de longo prazo, o que permite enxergar um ciclo virtuoso para o país.

O pré-sal, que muitos trataram como fictício, eleva os investimentos da Petrobras e atrai conhecimento para o país. Por meio de notícia que também não foi manchete, sabe-se que já não existe mais espaço para empresas se instalarem no centro de pesquisa da UFRJ, no Rio de Janeiro. E não se trata de internacionalização das nossas riquezas. Todas atuam como parceiras da Petrobras e são obrigadas por lei a destinar 1% da receita bruta obtida com a exploração de petróleo a atividades de pesquisa.

As perspectivas brasileiras são as melhores possíveis. E se olharmos o país um pouco além das previsões das aves de mau agouro, é possível vislumbrar um cenário positivo de crescimento econômico de longo prazo, que o país não experimenta desde os anos gloriosos de 1930 a 1980.

TV de primeira classe


Ao participar dos encontros virtuais via Facebook com colegas da extinta TV Manchete, relembrando juntos momentos importantes de uma TV que poderia estar dando certo, me vem a pergunta. Por que os Bloch não conseguiram manter a emissora que ganharam do governo militar, que temia deixá-la nas mãos do então poderoso Jornal do Brasil?


Mas essa é uma outra história. Na coluna de hoje, quero lembrar que, quando o sinal da TV Manchete entrou no ar nos primeiros anos da década de 80, foi um rebuliço. Na época eu era repórter e apresentadora da Globo e soube que a alta direção do jornalismo reuniu-se para ver junta a estréia do primeiro telejornal da emissora do Russel.

O comentário entre os índios da aldeia global foi de que os caciques, apesar de não sentirem ameaçada a sua hegemonia, ficaram com a orelha mais em pé do que de costume, e passaram a observar de perto aquele canal charmoso, com cenários futuristas e liberdade de expressão. Coisa que a Globo nem sonhava, na época.

A Manchete seguiu crescendo. Seus repórteres na rua trabalhavam com tanta garra e determinação que muitas vezes "furavam" os da Globo. A direção da emissora, por sua vez, acompanhava a euforia e a vontade de ser uma TV de verdade, de igual pra igual com a líder de audiência que, até então, nunca perdera o primeiro lugar de audiência, em qualquer horário.

E aí chegou Pantanal, a novela que fez tremer os alicerces do Jardim Botânico. Com direção de Jaime Monjardim, que era apenas mais uma promessa na emissora dos Marinho, tornou-se a maior sensação na dos Bloch usando e abusando dos close ups dos atores para dar mais emoção às cenas.

E nós, Eliakim e eu, que também já havíamos deixado a Globo a convite da Manchete para assumir o jornal principal, estávamos lá na luta. Foi na sala do diretor de jornalismo Mauro Costa que conhecemos a famigerada maquininha do Ibope que mede minuto a minuto a audiência das emissoras.

Na Globo, esse equipamento era exclusividade da direção, na Manchete qualquer funcionário tinha acesso. Qualquer um podia acompanhar o sobe e desce dos números da audiência, como se fosse um video game. Estamos falando de 1989, não sei como funciona hoje.

E vieram muitas vitórias da Manchete. Outras novelas, mini-séries, shows, documentários de alto nível, programas humorísticos que faziam humor de verdade sem apelar pra pornografia, coberturas de carnaval que não privilegiavam escolas... Tudo era transmitido, nada era censurado, bem diferente do jargão paquidérmico global que vivia repetindo ”Programação normal e o melhor do carnaval”. Na Manchete era “folia total e tudo do carnaval!”

Enfim, são tantas as histórias que evidentemente não terei espaço para contá-las aqui. Só quis registrar essa agradável e saudosa lembrança que veio à tona, em centenas de ex-funcionários que encontraram no Facebook a sua tribuna livre, onde podem relembrar desde fatos do dia a dia que nos marcaram de alguma maneira, até os últimos e tristes dias da emissora, sonho de muitos profissionais que esperavam uma virada no totalitarismo global.

Se estivesse ainda viva, a Manchete seria hoje, se não fosse contaminada pelas demais, uma exceção no meio do lixo despejado diariamente pelos demais canais nos lares do Brasil. Sem dúvida, uma grande perda para o telespectador brasileiro que sentiu o gostinho de uma programação, como anunciava seu slogan, de primeira classe.

5 Comentários recebidos

    • Em 15/06/2011, Silvio Rocha escreveu:

      Sem sombra de dúvida a Manchete foi uma emissora que deixou saudades, inovou no Telejornalismo e na Dramaturgia além de dar Show em outros segmentos. Era uma alternativa de qualidade ante a acomodação da Vênus Platinada. Hoje vendo a emissora que a sucedeu no Dial fico imaginando o quanto perdemos. Leila, obrigado por relembrar este tempo.

    • Em 15/06/2011, J. Magalhães escreveu:

      Muito gostoso relembrar a qualidade que tinha a Manchete. Não tinha a apelação e o baixo nível da Record e Globo nessas porcarias de reality show. Você tem razão, Leila, foi uma pena que a família bloch não teve competência para administrar um patrimônio publico como esse. Parabéns pelo artigo.

    • Em 15/06/2011, noberto melchior escreveu:

      E, salvo engano, foi a estréia do Programa de HUMOR: "ASDRÚBAL TROUXE O TROMBONE", hoje, Casseta e Planeta, na Globo!

    • Em 15/06/2011, Telmo Souza escreveu:

      Ainda hoje, Leila, estava comentando sobre o lixo que nos entra pela casa, assim que ligamos a TV. E eu tenho saudades, também, da Manchete. E note que dito amigo é um jovem (claro que jovem arejado). E, de madrugada quando só se veê pastores e os piores filmes ou programa integral de propaganda de produtos, caso da CNT. E não vejo expectativa de melhoria.

    • Em 15/06/2011, Carlos Alberto do Almo escreveu:

      Infelizmente vivemos em um país onde se dá R$ 500 em um tenis de gosto para lá de duvidoso, e se acha caro R$ 20 em um livro de qualidade. Não temos uma sociedade em que se consuma cultura, como a que era apresentada na TV Manchete. E com isso, fica cada dia mais essa sanha pela audiencia com apelação, , muitas "desfrutáveis" por assim dizer; e nosotros cada dia mais sem alternativas. Sequer a TV paga nos dá hoje uma alternativa como já deu um dia. Basta desligar a TV, pegar um livro na estante, e relaxar diante de um país que esta cada dia mais analfa culturamente falando. Quem sabe se, Eike Batista, resolve com seus tentáculos brincar de ter tv? rsrs Não custa sonhar né? Acho que só com um magano assim, teriamos algo de qualidade. Espero que meus netos possam ter esse previlégio. Obrigado pela atenção e parabéns pelo excelente veículo.


  • segunda-feira, 13 de junho de 2011

    Encontro de Logística e Transporte






    A FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, promoverá na próxima semana o 6º Encontro de Logística e Transportes. Este evento tem o propósito de elaborar juntamente com a participação dos diversos agentes do setor, propostas de programas e de políticas públicas para o setor de transporte do Estado de São Paulo e do Brasil, que sejam relevantes para o crescimento sustentável do país e para tornar o setor produtivo brasileiro mais competitivo.



    Para isso, o CIESP Sertãozinho convoca seus associados e empresas, ligadas ao setor, para participarem efetivamente das estratégias, consolidando cada vez mais sua presença no futuro do setor de logística e transportes.



    Para maiores informações ligue (16) 3947-5544, (16) 3947-5522 ou pelo e-mail diego@ciespsertaozinho.com.br.

    FAÇA SUA INSCRIÇÃO, AGORA



    domingo, 12 de junho de 2011

    Um tiro pela culatra



    O processo político é, muitas vezes, surpreendente, no seu desenvolvimento, em face do dinamismo que lhe é característico. Não é incomum que certas estratégias no campo da política, urdidas para atingir determinados objetivos, acabem por gerar resultados diferentes dos previstos pelos estrategistas e até mesmo contrários aos seus objetivos.


    Com o desfecho do “caso-Palocci”, desconfio muito que o tiro possa ter saído pela culatra. As oposições, que acabaram de perder as eleições presidenciais, mas que andam permanentemente buscando um terceiro turno e catam cirurgicamente episódios que desarticulem o governo, fizeram o carnaval de sempre. Alguns dirão que elas cumpriram seu papel. Em coluna anterior, antecipei minha posição de que o ex-Ministro deveria mesmo afastar-se do governo Dilma, porque, como ele próprio reconheceu, as verdades jurídicas nem sempre são aceitáveis no campo político. Mas isso não me impede de ver nesse metralhar constante dos setores oposicionistas uma tentativa de desestabilizar a Presidenta e inibir os seus projetos. É bem evidente a permanente campanha que, muitas vezes em tom de “fofoca”, tenta descobrir atritos e controvérsias no seio do governo e, o que é pior, parece justificar situações como “a insatisfação do PMDB por não ter sido consultado” e coisas do gênero.

    A nomeação da Senadora Gleisi Hoffmann para o lugar do demissionário Palocci pode vir a constituir, em futuro não muito remoto, um auspicioso fato político em meio ao que a mídia – destilando o veneno de sempre - acentuou como “crise”. A Senadora é sangue novo nas hostes do governo, pelo menos em termos de visibilidade e, a julgar pelo seu histórico anterior e pelo seu comportamento no Senado, pode vir a ser, por força de suas características de obstinação, determinação e eficiência em atividades de gestão, um reforço de grande valia no âmbito do Planalto.

    Não tenho muita certeza dessa “perda significativa” ou desse “enfraquecimento do governo” que o partido midiático de oposição (aquele que faz política partidária sem assumir os riscos a isso inerentes) atribui à saída do Palocci. Pessoalmente, já o disse aqui muitas vezes, não creio que uma pessoa, qualquer que seja, se sobreponha a um projeto. De qualquer forma, se é verdade que Palocci é um bom articulador e tem idéias criativas, não se iludam os que pensam que essa articulação ou essa criatividade deixa de existir, por encanto, pela não ocupação de um cargo ministerial.

    Os cronistas da política apontam a Senadora ora empossada como até mais identificada com o PT, partido da Presidenta, do que o próprio Palocci, que não gozava da unanimidade petista e, pelo contrário, era visto com reservas, por certas teses que pareciam aproximá-lo da oposição.

    Vez por outra, tive oportunidade de assistir, na TV Senado, a alguns debates entre os atuais componentes daquela casa congressual. Impressionou-me sempre o permanente tom categórico e incisivo com que a Senadora Gleisi não deixava passar qualquer análise crítica de seus opositores, “cobras criadas” da política, sempre rebatendo, ponto por ponto – com conhecimento de causa e argumentação consistente - , as sistemáticas, furiosas e apocalípticas teses dos tucanos e “democratas” (as aspas aqui são obrigatórias), alguns quase vitalícios naquela casa legislativa.

    A mídia de oposição , mais do que fazer oposição, quer a derrocada dos programas do governo que acabou de ser eleito. A orquestração é toda nesse sentido e é uma tristeza constatar que jornalistas, maiores ou menores em expressividade, claramente, submetem-se à velha máxima do “manda quem pode e obedece quem precisa (ou quem tem juízo)”, repetindo, monocordiamente, comportamentos quase golpistas inspirados na linha ideológica dos seus patrões e desprezando qualquer compromisso com o futuro do país. A palavra de ordem parece ser no sentido de não dar um segundo de tranquilidade ao governo, não permitir de modo algum que os projetos populares ganhem dimensão, não dar espaço às conquistas do povo e, assim, desconsiderar a recentíssima manifestação popular que colocou Dilma na Presidência da República.

    Acho que, pelas virtudes pessoais da nova Ministra, a presença de Gleisi na Casa Civil, articulando as ligações entre os diversos níveis governamentais e tocando os projetos populares que Dilma afirma que não interromperá – o principal deles parece ser a erradicação da miséria entre nós - , pode , no final, acabar por trazer grandes dividendos para o Governo. Pode ser que venha a mostrar, no futuro, que toda a parafernália midiática que derrubou Palocci pré-julgando suas posturas, fez emergir na ambiência política do país mais uma mulher forte, capaz de, de forma republicana, propiciar as soluções reclamadas por vastas camadas do povo brasileiro, retirando-as do permanente processo de exclusão social e conferindo-lhes o status de cidadania que as elites tradicionais sempre temem.

    Não por acaso, mas para exemplificar bem, um bom contraponto de ideias de esquerda ou de direita sobre um mesmo tema, é também do Paraná o Senador Álvaro Dias, líder do PSDB (um daqueles que se beneficiou de aposentadoria esdrúxula por ter sido Governador), o qual, em emblemática declaração tucana, chama de preguiçosos os brasileiros contemplados pela bolsa-família, desconsiderando os índices de pobreza em nosso país, em boa hora alterados pelas práticas sociais implementadas no governo Lula e que, esperamos, tenham continuidade agora, contando, inclusive, com a mão firme da nova Ministra.



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    Vítima de uma mentira

    Rio - Em minha última coluna para o Direto da Redação, escrevi um novo capítulo a respeito do inocente estagiário (Flávio Magnanini), colocado na Editoria de Esportes do Jornal do Brasil, já com sede na Avenida Brasil. No texto, disse que tive, anos mais tarde, uma enorme decepção com competente e experiente editor do Caderno de Automóveis do JB, Valdir Figueiredo (já falecido). Hoje, neste espaço que me cabe aos domingos no DR, explico o que aconteceu.


    Vida que segue, depois do Jornal do Brasil, eis que me vejo como Editor-Chefe da Tribuna da Imprensa, na Rua do Lavradio, após, anos antes, ter ocupado lá mesmo o cargo de Editor de Esportes do jornal de Hélio Fernandes. Pela velha Tribuna, tive a honra de escrever um caderno especial sobre o final da II Guerra Mundial, em 1995. Viajei por toda a Alemanha – já reunificada – ao lado de um intérprete que falava português fluentemente, pois era casado com uma baiana. Infelizmente, não pude seguir para a antiga União Soviética. A queda do comunismo havia transformado a URSS, naquele momento, numa nação abagunçada, repleta de assaltos e golpes.

    De volta ao Brasil, Hélio Fernandes Filho – o representante de Hélio Fernandes na Tribuna – comunicou-me que Valdir Figueiredo (afastado do JB) iria lançar um Caderno de Automóveis no jornal. Fiquei satisfeito, pois era amigo de Valdir Figueiredo desde os tempos do JB da Avenida Rio Branco. Pouco tempo depois, Valdir, já veterano, pediu licença de suas tarefas. Foi quando Hélio Fernandes Filho me perguntou se eu poderia editar também o Caderno de Automóveis. Respondi que só se ele chamasse alguém para me ajudar. Ele topou e convoquei Carlos Alberto – ex-companheiro de O Dia – para a tarefa. Só que Carlos Alberto não sabia dirigir.

    Carlos Alberto era inteligente e esperto, e eu me limitava a dar uma olhada em sua tarefa (o caderno era publicado uma vez por semana). Vez por outra, escrevia uma coluna analisando determinados automóveis que eram cedidos à Tribuna para testá-los. Não mais do que isso. Num deles, não me recordo a marca, cheguei a fazer uma viagem a Petrópolis, ao lado de minha ex-mulher, Ada Regina Guimarães (1951-2010), de quem guardo até hoje recordações rigorosamente infindáveis.

    Certo dia, vejo Valdir Figueiredo na redação. Pensei: ele vai retomar a edição do Caderno de Automóveis e só terei uma única e escassa tarefa: pedir a ele, Valdir, que mantivesse Carlos Alberto como seu assistente. O rapaz mais do que merecia. Quanto a mim, me livraria do cargo e me dedicaria inteiramente à minha função de Editor-Chefe. Aí veio a surpresa: Valdir Figueiredo, que sequer me cumprimentou ao chegar, foi até Hélio Fernandes Filho e pediu demissão, alegando que eu queria tomar o lugar dele.

    Como poderia ter esse intuito se minha função já era estafante? Como poderia pretender (o termo é este mesmo) tomar o lugar de Valdir Figueiredo, um expert no assunto, sem ganhar sequer uma mísera e reles compensação financeira? A volta de Valdir seria um alívio para mim, que, sobre carros, além de pilotá-los, entendia tanto quanto de física quântica? Valdir só poderia estar brincando. Mas não estava.

    Contra minha vontade, segui à frente do Caderno de Automóveis. Pouco depois, em São Paulo, no lançamento do Susuki Baleno, Valdir (não sei o que ele lá ainda fazia) nem me cumprimentou no jantar oferecido pela empresa. Fiquei magoado. Um companheiro de mais de 30 anos inventara uma mentira sobre mim. Sinceramente, hoje, tantos anos passados, desconfio que Valdir Figueiredo havia combinado uma comissão em dinheiro caso conseguisse publicidade para a combalida Tribuna. Quando percebeu que não teria sucesso, mentiu e tirou o time de campo.

    Pouco tempo depois, mais envelhecido, Valdir morreu

    A máscara de Cabral



    O farsante Governador Sérgio Cabral passou dos limites. Eleito no primeiro turno com uma expressiva votação, proporcional aos milhões de reais gastos em sua campanha, financiado por grupos econômicos que não pregam prego sem estopa, Cabral se indispôs com os bombeiros, que ganham salários aviltantes, o mais baixo do Brasil com R$ 950,00 iniciais, e tentaram durante meses abrir um canal de negociação para reparar a injustiça.


    Como não foram atendidos decidiram ocupar o Quartel General da corporação, no centro do Rio de Janeiro, junto com seus familiares e algumas horas depois baixou a repressão, por ordem do Governador, de forma extremamente violenta, exatamente como nos tempos da ditadura. Os bombeiros dizem que o Governador tem raiva da categoria porque em 2008 recebeu uma tremenda vaia em um ato em que a categoria estava presente.

    Foram destacados soldados do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) que ao invadirem (aí se aplica o termo) o QG dos bombeiros utilizaram até armas letais ferindo mulheres e crianças. Entraram pelos fundos, jogaram bombas e deram tiros, na base do prende e arrebenta. Saldo: 439 bombeiros presos, que ficaram por seis dias em condições precárias em um quartel de Charitas, em Niterói, mas acabaram soltos por decisão do Tribunal de Justiça do Rio, graças a um habeas-corpus impetrado por três deputados (Protógenes Queiroz, do PC do B de São Paulo, Alessandro Molon (PT-RJ e Doutor Aloyzio (PV-RJ). Mas seguem presos 14 bombeiros num quartel em Jurujuba, Niterói, e nove na Polinter.

    Não contente com o que mandou fazer, Cabral ofendeu os bombeiros chamando-os de vândalos. Não é a primeira vez que usa esse linguajar contra trabalhadores. Já havia ofendido os médicos ao considerá-los vagabundos e os professores de preguiçosos.. E fica apoplético quando alguém cobra de que forma adquiriu uma casa num luxuoso condomínio em Angra dos Reis, incompatível com o salário de cargo político.

    Os professores do Estado do Rio entraram em greve por tempo indeterminado. Não será nenhuma novidade se Cabral repetir o que sempre faz quando é contestado, ou seja, ordenar repressão e ofender categorias profissionais. Já reprimiu também professores nas escadarias da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, e tudo ficou por isso mesmo. E ainda tem coragem de dizer que é democrata, repetindo a fala de generais de plantão na época da ditadura. .

    E nesta história vale também assinalar o papel lamentável de partidos que em anos passados combatiam exatamente o tipo de violência ordenada por Sérgio Cabral. Pois é, PT, PDT, PC do B e PSB, considerados de esquerda, apoiam e participam de um governo que reprime trabalhadores. E usam a dialética para justificar a prática fisiológica. Ficarão mal na história se continuarem com esse procedimento e ainda por cima ocupando cargos na administração estadual.

    Estes partidos estão perdendo o tempo da história e não perceberam que a opinião pública, mesmo os que votaram em Sérgio Cabral começam a entender que caíram no conto do vigário, ou melhor, de Sérgio Cabral.

    Aliás, falando em partidos, o Brasil vive uma situação surrealista. Por exemplo, Aldo Rebelo, do PC do B, usando a sua dialética particular em nome do socialismo, fez o jogo da patota do agronegócio como relator do Código Florestal, recebendo por isso rasgados elogios da senadora Kátia Abreu, agora no PSD, um partido que diz não ser de direita, nem de esquerda, muito pelo contrário. E Sarney filho, digno representante da oligarquia maranhense, é líder do PV na Câmara dos Deputados. É de morrer de rir, se tudo isso não fosse trágico.

    PSDB, DEM e PPS voltaram a ficar sem bandeiras. Aproveitaram o embalo do caso Palocci. Estavam fazendo e acontecendo, como se fossem os mais puros do planeta (uma piada, sobretudo se for feito uma checagem dos seus componentes e lá encontrando políticos que desabonam o Congresso), mas foram surpreendidos com a saída do Ministro.

    A revista Veja, linha auxiliar da direita, no seu estilo mentiroso e caluniador de sempre, investiu contra a nova Ministra Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Ao contrário do vômito da revista contra a senadora, Hoffmann se destacou em cinco meses de mandato por apresentar projetos em defesa das mulheres. Um dos quais é o que prevê a concessão de aposentadoria a donas de casa de baixa renda, porque se trata de um pleito que faz justiça a um setor expressivo da população brasileira.

    É verdade que Palocci nunca foi flor que se cheire, mas como ele, existem figuras idênticas aos borbotões, o que demonstra também, a que ponto de deterioração chegou o sistema político brasileiro. Na área econômica, vários ex-manda-chuvas passaram a prestar serviços diretos ao capital financeiro porque antes, ocupando cargos públicos, favoreciam a esses mesmos interesses. E ninguém fala nada a respeito, como se isso fosse padrão de normalidade. Tem até economista, André Lara Rezende, com castelo na Inglaterra.

    Faço minhas as palavras do bravo Rui Martins: seja bem-vindo Cesare Battisti. O neofascista Sílvio Berlusconi está esperneando para consumo interno e ainda tenta render o caso que já está encerrado, ameaçando com baboseiras o Brasil. Faz isso para tentar ainda conquistar a opinião pública envenenada por anos de samba de uma nota só, ou seja, de criminalização total de Battisti, sem direito de defesa. As TVs Globo e Bandeirantes, no esquema de total subserviência, fazem a sua parte. Mino Carta também.

    Alabama, terra do atraso




    Situado entre os estados mais pobres da nação, Alabama acabou promulgando a mais dura lei contra os imigrantes ilegais. Os legisladores estaduais tomaram como base a lei aprovada no estado do Novo México e conseguiram ser ainda mais draconianos.


    A lei, assinada pelo governador republicano Robert Bentley em 9 de junho e que entra em vigor em 1º de setembro, confere poder aos policiais para prender pessoas suspeitas, caso elas tenham sido paradas por alguma razão, exige que empresas verifiquem os documentos antes de contratar um novo funcionário e estipula severas multas para empresários que contratem ilegais.

    Além disto, proíbe proprietários de imóveis de alugar casas ou apartamentos para quem não estiver devidamente autorizado a trabalhar no país. Extrapolando as leis promulgadas no Novo México e na Geórgia, a do Alabama exigirá que as escolas chequem o status legal dos estudantes antes de matriculá-los. E, finalmente, quem transportar ou abrigar indocumentados incorrerá em crime. Isto vale até mesmo para as igrejas.

    Debitar os problemas econômicos nas costas dos indocumentados é injusto e inverídico. Como se sabe, Alabama, assim como a maioria dos estados do sul dos EUA, congrega uma população formada majoritariamente por negros, descendentes dos escravos, e por brancos, que pertenciam aos senhores de escravos e que não aceitaram a integração racial. Isto gerou inclusive uma aberração batizada de Ku Klux Klan (KKK), que infelizmente ainda está ativa no país, agindo subrepticiamente e pregando discursos de ódio contra negros, judeus e agora aos imigrantes, sobretudo os latinos que carregam nos rostos as feições indígenas.

    Alabama pode ser a epítome deste discurso racista. Afinal Montgmorey, a capital do Estado, é famosa no país inteiro por seus ostensivos atos racistas e por abrigar alguns dos fundadores da odiosa KKK. E nem por isto o Estado goza de uma qualidade de vida invejável em comparação aos estados do norte dos EUA.

    Claro que os grupos de direitos humanos já estão armando-se juridicamente para enfrentar uma lei que eles qualificam como inconstitucional e racista. Inconstitucional porque o Estado quer legislar sobre uma matéria de âmbito federal e racista por claramente perseguir as pessoas que, por seus traços físicos, integram um grupo étnico.

    Os defensores da expulsão dos imigrantes ilegais do país acreditam, porém, que a lei prevalecerá na Suprema Corte. O resultado final apenas o tempo dirá, mas este é mais um capítulo da necessidade de se aprovar uma lei de imigração que contemple os dois lados: os progressistas e os conservadores. Para se chegar a um consenso, no entanto, os conservadores precisam parar com argumentos inconsistentes.

    Sempre que são acusados de racistas, os republicanos enfatizam ser defensores dos imigrantes desde que eles sigam os procedimentos legais para vir aos EUA, mas reprovam a atitude daqueles que entraram pela fronteira com o México, por terem infringido as leis. Os progressistas, por sua vez, acusam os adversários de racistas e de se negarem a resolver a questão de maneira lógica.

    Claro que os ilegais descumpriram as leis do país e merecem ser punidos. Todavia, uma pesada multa poderia colocá-los legalmente no sistema e eles ajudariam inclusive as finanças públicas ao injetar dinheiro no governo e ao reforçar o Social Security, sistema de previdência do governo que está à beira da falência. Outro argumento dos conservadores que não se sustenta é o de que o país não comporta mais 11 milhões de habitantes. Isto seria verdade se os EUA fossem abrir as fronteiras para entrar mais 11 milhões, mas o fato é que estas pessoas já vivem aqui e expulsá-los, como querem os mais radicais, somente desestruturaria o sistema produtivo do país, fortemente baseado nos imigrantes.

    Portanto, em vez de caça às bruxas, o que o país precisa é de uma lei de imigração abrangente e humana que insira na sociedade quem aqui já vive ao mesmo tempo em que reforça as fronteiras dos EUA para impedir que ilegais, armas e drogas continuem entrando no país de uma maneira, digamos, menos ortodoxa.

    Da Previ ao mau jornalismo do Globo



    Peço licença aos prezados leitores para focar mais de um assunto na coluna de hoje. Os fatos se acumulam durante a semana e não podemos deixar passar a oportunidade de comentá-los, antes que novos fatos se sobreponham a eles, como é a rotina do jornalismo.


    Preliminarmente, devo dizer a uma boa parte dos 120 mil participantes e assistidos da Previ que, pelo menos por enquanto, o assunto está esgotado para nós a nível de linha editorial. A não ser que surja algum fato novo, não petendemos voltar a ele. Mas estou consciente do dever cumprido. O Direto da Redação abriu um proveitoso debate sobre a função social dos fundos de pensão, de natureza fechada, e como salvaguardá-los da cobiça de eventuais governos e politicos.

    Durante as últimas semanas, publicamos três artigos e centenas de comentários de leitores, todos preocupados com o futuro de seus benefícios, para os quais contribuíram dezenas de anos ininterruptamente, e com a possível má utilização de seus recursos. Creio que a semente foi lançada e irá germinar. Cabe agora aos interessados unirem-se em torno de uma proposta de luta que chegue a quem de direito ou, quem sabe, aos nossos tribunais.

    Nesse periodo, além dos comentários postados ao pé das colunas, recebemos dezenas de artigos e mensagens de associados da Previ pedindo publicação. Infelizmente, não temos como atender a todos. Por isso, pedindo desculpas aos que não foram atendidos, selecionamos três deles para publicação em nosso Espaço Livre. Os três têm abordagens diferentes e, creio, de uma maneira ou de outra, refletem o pensamento da maioria dos que nos escreveram nesses dias.

    O mau jornalismo do Globo

    Na semana que passou, o Vasco conquistou a Copa do Brasil. As comemorações nas ruas do Rio surpeenderam a todos, pouca gente imaginava que a torcida do Vasco crescera tanto durante o longo periodo sem uma conquista nacional.


    A importância do torneio, que confere ao vencedor o direito de disputar a Taça Libertadores, aliada à força e a presença da torcida nas ruas, repercurtiu na mídia. Mas o Globo, como sempre parcial, mesmo no jornalismo esportivo, estampava em sua edição online: Vasco perde para o Coritiba mas é o campeão da Copa do Brasil. Perceberam a maldade ou a parcialidade do jornal, que sempre foi flamenguista, desde os tempos do velho Marinho?

    Mas onde está a maldade, pergunta o leitor menos atento. Está exatamente em menosprezar a conquista dando destaque à derrota. O correto, mandam as boas regras do jornalismo, seria destacar a conquista, como fato principal. Seria desnecessário citar a derrota, posto que ela não teve influência no resultado final, mas mesmo que se quisesse citá-la , ela deveria vir em segundo plano. O certo seria: Vasco é o campeão da Copa da Brasil apesar da derrota para o Coritiba.

    Esse seria o verdadeiro jornalismo, correto, imparcial, honesto. Mas esperar o quê de um jornal com tantas histórias de mentiras e favorecimentos.

    Lamentável.

    Golpe do seguro

    Para encerrar, e já que estamos colocando as coisas em seus devidos lugares, vai aqui uma denúncia, que pode ser uma boa dica para os leitores. Não alugue e nem recomende a seus amigos alugar um carro na Enterprise. A empresa age de má-fé quando você não embute o seguro deles no valor do aluguel.

    Semana passada, uma brasileira alugou um carro na Flórida e, pensando economizar, indicou como o seguro dela como garantia. Ao retornar o carro, a empresa encontrou um mínimo amassado no carro, que ela nem sabe se foi por culpa dela. Valeu a palavra da empresa contra a dela, porque o contrato de letras mínimas ninguém lê na hora de fechar o aluguel.

    Conclusão: o tal amassadinho, do tamanho de uma moeda de centavo, que nem ao menos rompeu a pintura, e que qualquer martelinho de ouro faria por 100 dólares, custou à Enterprise US$1,174.96, valor que está cobrando da cleinte. Já debitou de seu cartão US$500.00 (valor do deductible) e está cobrando a diferença da seguradora por ela indicada.

    Ou seja, a companhia se aproveitou de ter um seguro para acionar, pelo qual ela não vai gastar um tostão, para empurrar nas costas da cliente todos os pequenos arranhões e amassados do carro. Uma canalhice.

    Olho vivo com a Enterprise, embora acredite que essa deve ser uma regra geral das companhias de aluguel de carros.

     Fonte Direto da redação

    Ainda sobre BB X Previ


    A Constituição Brasileira atual no estado do Bem Estar Social baseia-se nos princípios do primado do trabalho e da solidariedade, entre outros.


    Isso significa que o cidadão brasileiro hígido tem o direito e o dever de livremente autoconstruir sua sobrevivência bem como de ser amparado pela sociedade na invalidez e na morte sob três formas: duas gratuitas, a assistência à saúde e assistência social, e uma antecipadamente paga, a Previdência Social.

    O regime de previdência social básico é o INSS. Como, para complementá-lo, na década de 70, surgiram vários fundos de pensão, o Estado Brasileiro editou, então, uma legislação para o regime de previdência complementar, proporcionada por entidades privadas e públicas, inclusive seguradoras.

    Esse Regime é instituído na Constituição nos seguintes termos: “baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar”. Portanto, os recursos da previdência devem ser separados para o pagamento do benefício antecipadamente comprado. Pagar benefícios é a finalidade única dos recursos da previdência privada.

    Esta finalidade única foi confirmada, de diversas formas, pelas Leis Complementares 108 e 109, em 2001. Dois tipos de entidades viabilizam o Regime de Previdência Complementar: a EAPC (entidade aberta de previdência complementar) e a EFPC (entidade fechada de previdência complementar).

    Àquela é permitido o acesso de qualquer cidadão. É uma sociedade anônima, isto é, empresa criada para obter lucro, mediante a gestão financeira dos recursos aportados pelo cidadão com a intenção de obter benefício previdenciário futuro. A empresa, em tese, pode até conseguir lucro em valor superior ao do benefício previdenciário pago!

    Apesar de tudo isso, a EAPC é legalmente obrigada a observar o equilíbrio econômico-financeiro e atuarial, isto é, ela tem que manter a reserva de recursos iguais ao benefício previdenciário que irá pagar.

    A Legislação é muito mais minuciosa a respeito do equilíbrio econômico-financeiro e atuarial da EFPC. Aos planos de benefício contratados por ela com o empregador, Patrocinador, têm acesso servidores públicos e empregados de empresas privadas e públicas, e, quando contratados por órgão de classe, o Instituidor, os cidadãos a esta pertencentes.

    A EFPC é fundo de pensão ou sociedade civil sem fins lucrativos. A Previ é uma EFPC, sociedade civil sem fins lucrativos, que tem Patrocinador. Conclui-se, pois, que a Previ não pode obter lucro para si, nem para os sócios, que se chamam Participantes (o trabalhador que ingressa num Plano de Benefício), nem para o Patrocinador.

    A destinação única das contribuições (normal e extraordinária) do participante e do Patrocinador é formar reservas (as reservas matemáticas) para pagar benefícios. Logo, as contribuições não podem ser usadas para outro fim, como por exemplo, ser transferidas para o Patrocinador. É o que manda a Constituição.

    Essa opinião se corrobora, com outra observação, a saber, a missão do Patrocinador prevista nas Leis, que consiste em compartilhar com os participantes as contribuições e a administração da EFPC bem como supervisionar e fiscalizar o funcionamento da EFPC. Não inclui a percepção de recursos de contribuições e reservas. Nem faria sentido, porque pessoa jurídica não padece de doença, invalidez ou morte.

    A Lei 109 estende-se nas determinações para obtenção do equilíbrio econômico-financeiro e atuarial da EFPC. Percebe-se que a intenção é manter as reservas matemáticas equilibradas com as obrigações de benefícios a pagar. Ali não deve existir valor reservado nem menor nem maior que as obrigações. Não podem existir recursos que se destinem, por exemplo, ao Patrocinador.

    Ao fim de cada exercício, esse equilíbrio deve ser checado. Eventual excesso de recursos deve ser transferido para a reserve de contingência, destinada especificamente a garantir o pagamento dos benefícios. Não tem outra destinação.

    Se esse excesso for superior a 25% do valor das reservas matemáticas, o excedente a 25% constituirá a reserve especial para revisão do plano de benefícios. A revisão é obrigatória com um triênio de excedente, primeiramente diminuindo o valor das contribuições dos participantes e do Patrocinador, o que não provoca transferência de contribuição ou de reservas para o Patrocinador. Não se obtendo assim o equilíbrio, que se promova a distribuição da Reserva Especial. Lembra-se do que diz a Constituição? Pagamento de Benefício, em virtude de um principio básico de Direito: o Corpo do Direito é sistêmico.

    Logo, concluindo, as contribuições e as três reservas (matemáticas, de contingência e especial) da Previ destinam-se exclusivamente ao pagamento de benefícios previdenciários aos participantes, quando se tornam assistidos.



    A maldição de Sauipe, por Marcos Cordeiro de Andrade ( marcos@previplano1.com.br )

    É comum empresas destinarem presentes aos seus benfeitores no final do ano – exercício fiscal, no jargão comercial. Dentro desse contexto seria de todo compreensível que o Banco do Brasil tivesse contemplado com presentes pessoas ou setores da economia que contribuíram para incentivar seus negócios durante o ano, e somente a eles. Não sabemos a quem destinou benesses com esse intuito no passado, mas se ele aquinhoou quem contribuiu para seus lucros nada mais justo que o tenha feito. E não poderíamos questionar se essas atenções tenham sido direcionadas aos Presidentes de Federações da Indústria ou das Associações Comerciais ou, ainda, aos comerciantes e industriais de grande porte e às Companhias que lhe dão prioridade nos negócios como Seguradoras, Bandeiras de Cartões de Crédito, Telefônicas, Telemarketing, etc. O que não se concebe é que tenha gasto dinheiro para presentear pessoas ou agremiações desvinculadas do seu círculo de negócios. E há comprovadas destinações sem enquadramento como recompensa a quem diretamente favoreceu seu crescimento.

    No mês de novembro o BB contribuiu com 100 mil reais para financiar o encontro de Juízes Federais em luxuoso resort na Ilha de Comandatuba, na Bahia Clique aqui

    Também, desconhecendo-se que regra de premiação seguiu, ainda no ano passado contemplou um grupo de Juízes pagando-lhes hospedagem no complexo hoteleiro do Sauípe, no litoral baiano, pertencente à PREVI.

    Seja a que título tenham se pautado as partes envolvidas, esta última benesse embutiu uma série de irregularidades flagrantemente notadas e anotadas, mas que não mereceram o devido cuidado de suscitar esclarecimentos, e muito menos justificativas.

    Mesmo se tivesse agido sob amparo legal, o benfeitor teria incorrido em erro de valor, uma vez que fez cortesia com o chapéu alheio: o complexo hoteleiro da Costa do Sauipe tem outro dono que não ele, pois pertence à PREVI e assim, obviamente, aos seus participantes e assistidos que pagaram por uma doação que lhes impingiu prejuízos – a hospedagem em seu hotel foi usufruída sem cobertura das despesas decorrentes. Por isso, cabe ao Banco restituir ao Fundo os valores distribuídos a título de hospedagem gratuita, sendo isto o mínimo que se espera como início da correção de rumos.

    Estranhamente, depois das férias dos magistrados à nossa custa foram desengavetados processos judiciais que dormiam sem solução, um deles com décadas de atraso, para, como num passe de mágica, ser julgados em tempo recorde dando ganho de causa ao bondoso Banco do Brasil, que distribuiu hospedagens pagas com o dinheiro dos perdedores dessas ações – os assistidos do Plano de Benefícios N° Um, da PREVI que, por ironia, são os donos dos luxuosos hotéis que o Banco usa para distribuir benesses desse tipo.

    Para evitar conseqüências e danos maiores aos já sacramentados, preferimos atribuir as derrotas judiciais sofridas ao justo entendimento dos Magistrados que as julgaram, mesmo atropelando conceitos exarados por outros julgadores em Instâncias inferiores, calcados nos elementos inseridos nos processos cristalinamente comprobatórios dos aviltados direitos dos pleiteantes.

    Todavia, todos os componentes dessa saga merecem ser exaustivamente estudados para contemplar a sociedade com as explicações e justificativas devidas, de modo a arriar o véu da incredulidade e da desconfiança que cobre o desenlace das Ações Judiciais bilionárias, em que o Banco do Brasil foi vencedor em demandas já dadas como favas contadas a favor dos impetrantes. Há casos e casos onde a suspeição ronda quem decide contra nós, como no episódio da escuta telefônica, e seu desdobramento, lembrada pelo Colega Tollendal, através do Resumo 1.450 do Grupo “bbfuncionários” e cuja publicação da denúncia está contida no link abaixo:

    Clique aqui

    No momento, o que mais nos assusta e preocupa é que outras demandas judiciais igualmente bilionárias existem procurando preservar o patrimônio da PREVI, sempre cobiçado pelo Banco do Brasil, e cuja destinação é o pagamento de aposentadorias e pensões dos seus instituidores - os cerca de 120.000 participantes do Fundo. A prevalecer o rumo ora trilhado, cedo nada restará para pagar esses benefícios. E a comunidade dos assistidos pelo PB1 terá que recorrer à caridade pública para sobreviver.

    Portanto, Ministro Fux, Dura Lex, Sed Lex.



    Roubo oficializado na Previ, de João Rossi Neto ( jrossineto1@uol.com.br )

    O traço vulgar da desonestidade é um desvio de caráter que alcança tanto o Jeca Tatu como o PHD em Sociologia. Mas foi o segundo que ensinou ao primeiro os atalhos para criar caminhos subterrâneos para drenar as poupanças dos participantes e assistidos da PREVI para fins estranhos a sua finalidade, sem despertar a fúria da sociedade brasileira.

    Foi preciso inventar artifícios jurídicos para dar aparência de normalidade, porque o roubo oficializado, à luz do dia, escancarado seria uma afronta inaceitável, por mais que se espalhe a falácia de que os aposentados do BB desfrutam de aposentadorias condignas.

    Com efeito, o aparato empregado para enganar a todos e passar despercebido, foi com a edição da Lei Complementar 108/2001, no Governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso, através da qual se implantou o Voto de Qualidade na gestão do nosso Fundo de Pensão. O falso neoliberal defendia em tese a doutrina da absoluta liberdade de mercado e restrição à intervenção do Estado na economia, mas na prática, sorrateiramente, agia diferente e acabou estatizando a nossa Caixa de Previdência (PREVI), ao transformá-la em subsidiária do BB.

    Essa poderosa ferramenta à disposição dos Conselheiros do patrocinador (BB) neutraliza tudo que for negado pelos nossos Conselheiros eleitos. A discordância acarreta o empate técnico, cabendo ao Presidente do Conselho Deliberativo dar o Voto de Minerva para equacionar o impasse, e, invariavelmente, a favor do Governo que, em última análise, é o verdadeiro manda-chuva na PREVI.

    O banco como esbirro faz a sua parte. Mais ou menos aquela velha história: “O Governo ordena ao cachorro --- BB --- e este manda o rabo determinando que os Conselheiros por ele indicados executem as ações espúrias ”.

    Essas ações execráveis consistem em obrigar a PREVI a participar de empreendimentos duvidosos, de baixa rentabilidade, de retorno demorado, onde a iniciativa privada não quer entrar. Trata-se de investimentos micados, do tipo Costa do Sauípe, TAV-Trem de Alta Velocidade, hidrelétrica de Belo Monte, etc.

    Mas, o serviço sujo, vergonhoso, coube ao Sindicalista, oriundo do proletariado, Presidente Lula, que arrematou com a imoral Resolução CGPC 26/2008. Tinha que ser mãos sujas de graxa para manchar a CF/88 com esse entulho autoritário, no qual o Conselho de Gestão da Previdência Complementar, vinculado ao Ministério da Previdência Social, órgão de terceiro escalão, agredindo acintosamente a Lei Complementar 109/2001, reverteu para o patrocinador (BB) 50% dos superávits da PREVI.

    Causa revolta e indignação o fato da PREVIC criada pela Lei 12.154/2009 para proceder à fiscalização das atividades das EFPC e de suas operações, apurar e julgar infrações e aplicar as penalidades cabíveis, ao invés de cumprir o seu papel de proteger e resguardar os recursos faz exatamente o contrário ao dilapidar o patrimônio da PREVI em concessão irregular “extra petita” ao patrocinador.

    Temos a nítida convicção de que houve formação de quadrilha para engendrar esse golpe, eis que a Resolução foi trabalhada com o concurso de profissionais talhados para o assalto branco.

    Somos traídos até pelos Conselheiros que elegemos para a PREVI. São profundos conhecedores da Previdência Complementar, discutem com propriedade e desembaraço outros assuntos, mas sobre a Resolução 26/2008, fecham-se em copas e prevalece o pacto de silêncio. Descumprem a LC 109/2001 e obedecem cegamente a Resolução sem o menor constrangimento, sem nada contestar. Parece que sofreram lavagem cerebral, tal a desfaçatez das suas omissões.

    Todavia, a decepção maior fica mesmo por conta do menoscabo dos guardiões da CF/88, os Ministros da Suprema Corte que, sabedores do flagrante desrespeito às leis e à Carta Magna, fazem vistas grossas e não tomam as providências adequadas. Será que temem contrariar os interesses do Governo? Pelo visto o artigo 5º, caput, da CF não se aplica ao Governo. Desvio bilionário da poupança alheia (artigo 102 da Lei 10.741/2003) para outros fins não é digno de nota e nem deve ser investigado. Chegamos a essa triste conclusão, depois de terem resultado infrutíferas as várias denúncias que fizemos aos: OAB, PGR, MPF, STF, etc.

    Radio XFM Direto da redação

    Brasil, esta é a sua cara!

    Uma semana temerária




    Poderia chamar de uma semana à brasileira, daria no mesmo, esta de 5 a 11 de maio de 2011. Na segunda-feira, o procurador-geral da República decidiu que não caberia investigar sobre o enriquecimento inexplicável de Palocci. Na terça-feira, 08, Palocci deixou o Ministério, fechou na quarta-feira, com o Supremo Tribunal Federal – STF mantendo o presente, mais um bandido, que Lula deu aos brasileiros no seu último dia de mandato. Isso tudo na esfera pública federal. Na estadual, cabe destaque para a greve dos bombeiros do Rio de Janeiro para melhorar o salário de R$ 900,00.



    O procurador-geral foi enfático quanto à lisura do enriquecimento do ministro Palocci. Não restaria nenhum questionamento quanto ao seu parecer, se ele tivesse utilizado o princípio constitucional da publicidade que norteia os atos públicos. Ninguém sabe quais documentos foram apresentados e analisados; ninguém sabe quais foram os clientes e muito menos quanto cada um pagou e por quais serviços. Só com o conhecimento desses elementos caracterizadores de infrações ligadas à função pública se pode saber se o enriquecimento foi legal e legítimo. Se ninguém sabe nada disso, qualquer um tem o direito de pedir vênia e não referendar o parecer do procurador-geral.



    Não se pode ter crença cega quando se envolve atos públicos. Para ser claro, um presidente da República já foi colocado para fora do cargo. Com a falta das informações mencionadas, não há como absolver Palocci, isso apenas do ponto de vista jurídico. Como lógica, um enriquecimento nessa proporção só se ganhar mais na loteria do que o ex-anão João Alves. A saída do ministro deve ser vista como positiva pela efetividade da democracia neste país. Mas seu enriquecimento tem que ser comprovado publicamente.



    Já a Suprema Corte de Justiça, por maioria, decidiu pela não extradição de um criminoso, condenado em seu país. Esta decisão deu um aval claro aos marginais do mundo que, caso corram risco de serem presos noutras partes, podem se refugiar no Brasil, que, aliás, não consegue punir nem os marginais pátrios. Medida condizente para um país que só é conhecido no mundo pelo futebol, carnaval, bundas expostas, turismo sexual infantil e agora, por ser o refúgio de assassinos.



    Ainda quanto ao aspecto da impunidade institucionalizada, recentemente as mortes de seringueiros na região Norte e a porteira escancarada que são as fronteiras brasileiras, demonstrada pelas reportagens da Rede Globo de Televisão, evidenciam quão o Estado brasileiro tem se caracterizado como uma mãezona para a marginalidade, na mesma proporção que se torna um pai carrasco para os cidadãos de bem, como são exemplos Francenildo Costa, o caseiro de Palocci, e a funcionária Danevita Ferreira de Magalhães que foi demitida do Banco do Brasil, por ter se negado a participar do “modus operandi” da turma do mensalão.



    Ainda nessa semana temerária, os bombeiros do Rio de Janeiro espernearam para melhorar os seus soldos mensais, que não atingem nem dois salários mínimos. Nesse processo, difícil de controlar o emocional coletivo, os bombeiros invadiram o Quartel do Comando Geral dos bombeiros. Foram legalmente presos, levando em conta a ótica meramente da lei positivada - aliás, esse país vomita leis, mas nenhuma solução plausível foi tomada no sentido de atender suas reivindicações salariais. Antes das manifestações nenhum segmento social manifestou-se de forma veemente sobre o indecente salário que recebem.



    Pelo desfecho que se costuma dar a episódios dessa natureza, o assassino Cesare Battisti será naturalizado brasileiro e será agraciado com um cargo comissionado na Administração Pública Federal, outra saúva típica deste país. Palocci já avisou que irá gastar um pouco da grana ganha com sua estupenda capacidade de assessorar; depois voltará à sua genialidade para continuar multiplicando seus bens, sabe Deus por quanto. O governador do Rio de Janeiro, que já chamou os bombeiros de vândalos, deverá aumentar o tom e chamá-los de vagabundos. Aos cidadãos cabe esperar por mais uma semana do Brasil real. O Supremo continuará com suas decisões absurdas; a Procuradoria Geral da República continuará com seus pareceres a inocentar gente de cima sem o conhecimento por parte dos brasileiros sobre quais documentos serviram de embasamento; e os bombeiros, com seus salários de esmola, continuarão sendo xingados pelo governador Sérgio Cabral, que se tornou especialista em xingar pessoas humildes.