https://www.reclameaqui.com.br/empresa/brazil-copos/

https://www.reclameaqui.com.br/empresa/brazil-copos/

quarta-feira, 29 de junho de 2011

ABERT defende destinação de canais em faixa de VHF para rádio AM

NOTA À IMPRENSA




ABERT defende destinação de canais em faixa de VHF para rádio AM



A ABERT manifesta oficialmente sua posição favorável à destinação da faixa de VHF, compreendida entre 76 MHz e 88 MHz, para o serviço de radiodifusão sonora. A decisão foi tomada em reunião da Câmara de Rádio da entidade e dos presidentes de Associações Estaduais de Radiodifusão, nesta quarta-feira (29), em Brasília.



A ABERT está certa de que a destinação desta faixa de freqüência - atualmente ocupada pelos canais 5 e 6 de televisão, que serão liberados quando da conclusão da digitalização da TV, prevista para 2016 -, é o caminho mais adequado para atender à necessidade do rádio brasileiro.



A realocação para a referida faixa, aliada à definição do padrão de rádio digital, permitirá que este meio de comunicação, às vésperas de completar 90 anos, integre-se ao atual ambiente de convergência, com mais qualidade de transmissão e novos recursos informativos.



A entidade reitera sua convicção de que, independente do padrão a ser adotado, HD Radio ou DRM, são imprescindíveis os seguintes pressupostos:



• possibilitar a transmissão simultânea dos sinais digitais dentro de mesma faixa atribuída para o sinal analógico atualmente irradiado;

• propiciar a transferência de tecnologia para a indústria brasileira de transmissores e receptores, garantida, onde couber, a isenção de royalties;

• possibilitar a participação de instituições brasileiras de ensino e pesquisa no ajuste e melhoria do sistema de acordo com a necessidade do País;

• incentivar a indústria regional e local na produção de instrumentos e serviços digitais;

• transmissão híbrida analógica e digital, simultâneas no período de transição;

• assegurar um calendário flexível que permita às emissoras de rádio a migração para o digital de forma gradual e conforme o interesse de cada empresa.



Diante do exposto, a ABERT saúda a iniciativa do Ministério das Comunicações de promover um chamamento público para a realização de testes com padrões de rádio digital disponíveis no mercado, e se coloca à inteira disposição do Ministério para colaborar ativamente nesse trabalho.



É importante lembrar ainda que o rádio brasileiro representa um mercado robusto. Há 4.526 emissoras de rádio comerciais (MC) e 200 milhões de receptores (IBGE). O rádio está presente em 50 milhões de domicílios (88,9%) e, embalado pela diversidade de plataformas tecnológicas, já trilha um caminho de promissora expansão.



Estamos falando, neste caso, de 23,9 milhões de receptores instalados em veículos (80% da frota nacional) e de 75 milhões de telefones celulares equipados com aparelhos de rádio. Isso sem considerar o acesso por meio de Ipod´s, MP3, MP4 e outros equipamentos.



Pioneiro como meio de comunicação de massa, há nove décadas, o rádio desempenha inestimável papel em favor da cidadania, da consolidação da democracia e do desenvolvimento econômico e social do país.



ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMISSORAS DE RÁDIO E TELEVISÃO

ASSOCIAÇÕES ESTADUAIS DE RÁDIO E TELEVISÃO

http://feeds.feedburner.com/RadioXfm989Sp-br

Marieta vai ser Dilma no cinema


A atriz Marieta Severo foi convidada para interpretar a presidente Dilma Rousseff no cinema. O convite foi feito pelo produtor Antônio de Assis, que comprou os direitos cinematográficos do livro “A Primeira Presidenta”, do jornalista e analista político Helder Caldeira, que servirá de base para o roteiro do longa-metragem.

A obra faz um paralelo entre a trajetória política de Dilma e o processo de redemocratização do Brasil. As informações são do jornal Folha de S.Paulo. Segundo Assis, a resposta de Marieta ao convite foi positiva, mas ainda há detalhes a serem acertados. O agente da atriz afirmou que ela "a princípio aceitou (o convite), mas ainda vai ler o roteiro e estudar a proposta".

O autor do livro, que supervisionará o roteiro cinematográfico, afirmou que o financiamento do filme vai "se distanciar o máximo possível" de recursos públicos. Segundo Caldeira, a obra é uma "análise política" que tenta explicar "como uma mulher que tinha sido torturada há menos de 40 anos era a mesma que estava na TV, em 1º de janeiro, passando as tropas em revista como comandante em chefe".

No Rio, Jim Carrey se maravilha com a cidade que foi tema de um de seus trabalhos de escola
De passagem pelo Rio para promover a comédia “Os pinguins do papai”, que estreia nos cinemas brasileiros nesta sexta-feira, dia 1º de julho, Jim Carrey comentou sobre o choque de estar na cidade da qual só conhecia dos livros.


“Quando criança, o Rio de Janeiro foi tema de um de meus trabalhos de escola. Construí uma maquete do que seria a cidade. Tem sido uma experiência emocionante conhecer o Rio de verdade e visitar lugares que criei com a minha imaginação”, disse o ator canadense durante coletiva de imprensa concedida no Copacabana Palace.

Segundo Carlos Helí de Almeida, do Jornal do Brasil, o ator, que chegou à cidade na noite de sábado, 25, visitou o Corcovado no domingo e tirou fotos com turistas que visitavam o monumento. Durante o encontro com a imprensa, Carrey também manifestou o interesse de ir ao Pão de Açúcar e, numa próxima visita ao Brasil, conhecer a Floresta Amazônica.

Em “Os pinguins do papai”, dirigido por Mark Waters, Carrey interpreta um executivo bem-sucedido de Nova York que recebe seis pinguins como herança do pai, um explorador que passou grande parte da vida longe da família. O convívio forçado com os animais afeta sua vida profissional e o relacionamento com a ex-mulher e os dois filhos jovens. “A parte mais divertida das filmagens, para mim, foi lidar com a imprevisibilidade dos pinguins. São animaizinhos barulhentos e pouco amistosos, às vezes, mas eu preferi trabalhar com os pinguins reais do que os digitais”, contou o ator.

Fábio Assunção volta aos palcos com peça de Woody Allen


Os atores Fábio Assunção, Norival Rizzo e Carol Mariottini vão atuar em “Adultérios” (título original “Central Park West”), a primeira adaptação brasileira do texto que o cineasta Woody Allen escreveu especificamente para o teatro. O espetáculo dirigido por Alexandre Reinecke estreia em 8 de julho no Teatro Shopping Frei Caneca em São Paulo.


A peça marca o retorno aos palcos de Fábio Assunção, que começou no teatro no final dos anos 1980, e desde “Quem Tem Medo de Virginia Woolf “(de Edward Albee, dirigida por João Falcão), em 2001, não estrelava uma produção teatral. Ao seu lado, Norival Rizzo, um dos atores mais requisitados do teatro brasileiro, com um número impressionante de premiadas e elogiadas atuações; a mais recente em “Doze Homens e Uma Sentença”, dirigido por Eduardo Tolentino.

Atriz, bailarina e coreógrafa, Carol Mariottini foi destaque em “Sua Excelência, o Candidato”, “Álbum de Família”, entre outras. E o diretor Alexandre Reinecke, somente em 2010, teve dez espetáculos em cartaz em São Paulo, entre eles os sucessos “Os 39 Degraus”, “Toc Toc”, “TPM Katrina” e “Trair e Coçar é Só Começar”.

Essa primeira montagem de “Adultérios” alternará Fábio Assunção e Norival Rizzo na interpretação dos dois papéis masculinos, o mendigo Fred e o escritor Jim Swain, cuja amante é a bela e esperta Bárbara vivida por Carol Mariottini.

A comédia se passa à beira do Rio Hudson, em Nova York, com o encontro entre o roteirista de cinema Jim Swain, de recente sucesso. E um típico "homeless" americano, Fred. Jim está à espera de sua amante para terminar o relacionamento. Fred, esquizofrênico e extremamente inteligente, se aproxima, puxa uma conversa trivial, até que acusa Jim de ter roubado sua história para escrever o roteiro de seu mais recente filme, um sucesso de bilheteria. Em meio a uma divertida e tensa discussão, os dois se vêem cada vez mais próximos, até que Fred acaba por se tornar um conselheiro sobre a relação que está prestes a terminar. Barbara, a amante, finalmente chega e tudo se complica, culminando em um final surpreendente.

"Senna" leva prêmio de filme estrangeiro no Festival de Los Angeles

O festival de cinema de Los Angeles elegeu o documentário "Senna", sobre a vida do piloto Ayrton Senna, como melhor filme estrangeiro, na categoria júri popular. Dirigido pelo inglês Asif Kapadia, "Senna" ficou ao lado da comédia canadense "Attack the Block", que foi premiada na categoria narrativa, e "Beats Rhymes & Life", que ganhou na categoria documentário.


Em janeiro, o filme ganhou, também por voto popular, na categoria documentário do Festival de Sundance.



http://feeds.feedburner.com/RadioXfm989Sp-br

Quem matou Caylee?


Mais do que qualquer novela em horário nobre da TV brasileira, mais do que BBBs e Fazendas da vida, o julgamento de Casey Anthony, a jovem mãe acusada de matar a própria filha de 2 anos, já virou líder de audiência nos Estados Unidos.


Não há quem não comente os depoimentos das dezenas de testemunhas (mais de 70 até agora) ouvidas no palco jurídico deste verdadeiro reality show que tem câmeras estrategicamente espalhadas pela sala do julgamento mostrando a reação dos envolvidos no evento, desde o juiz até a ré, passando evidentemente pelas testemunhas que são as personagens chave desse intrincado processo de homicídio. É proibido apenas mostrar os jurados.

Para quem não acompanhou o caso desde o início vale a pena fazer um rápido resumo. Casey Anthony, mãe solteira que morava com os pais e a filha Caylee, em Orlando, na Florida, depois de passar 31 dias sumida com a filha, apareceu em 16 de julho de 2008 dizendo que uma babá tinha sequestrado Caylee.

A partir daí o caso, cheio de contradições, polêmicas e mentiras, passou a ser alvo de grande atenção da mídia e opinião pública americanas, pois Casey fora desmascarada pela polícia que descobriu que a tal babá nunca havia existido .

Com base em indícios de que a mãe seria a principal suspeita do sumiço da menina, ela está presa desde outubro de 2008, sem direito à fiança. A Corte, que tem sessão todos os dias, menos aos domingos, entrou nesta quarta-feira em seu trigésimo-segundo dia. E não tem previsão para acabar.

Desde o início, o julgamento de Casey tem sido transmitido em rede nacional, por um canal da CNN e outro jurídico. Começa pontualmente às nove da manhã e vai até às cinco da tarde, apenas com intervalo para almoço. Aos sábados, as seções são feitas só na parte da manhã.

A promotoria do Estado da Flórida pede que Casey Anthony, agora com 25 anos, trabalha com o objetivo de condená-la à morte. Ela é acusada de ter drogado Caylee, de 2 anos, e depois sufocado a menina com fita adesiva sobre a boca e o nariz dela.

O corpo da garotinha foi encontrado seis meses depois num bosque perto da casa da família, onde ela morava, por um funcionário da companhia de água da região. Segundo a tese dos promotores, Casey teria jogado o corpo em decomposição da filha ali depois de circular por vários dias com ele na mala do carro.

Já a defesa tem outra versão. Alega que Caylee morreu afogada acidentalmente na piscina da casa da família e que Casey não reportou a morte da filha por medo e que teria sido ajudada pelo próprio pai, George, que se prontificou a esconder o corpo da criança.

Diante disso, dá para imaginar o que vem acontecendo no tribunal. Testemunhos de técnicos, investigadores particulares, cientistas, policiais, peritos, amigos e ex-namorados da ré. Os familiares , pai, mãe e irmão, são o principal alvo da defesa que tenta dividir entre eles a responsabilidade pelo desaparecimento da garotoinha, e os três entram em tantas contradições, que muita gente os considera suspeitos.

O interesse pelo final dessa novela da vida real é tanto, que centenas de pessoas passam horas e horas na fila na porta do tribunal em Orlando, para disputar a tapa os poucos ingressos para acompanhar o julgamento ao vivo, dentro da Corte.

Com tantos depoimentos contraditórios, Casey, que era franca favorita à pena de morte, já divide opiniões. Há os que se mantêm firmes na certeza de que ela é a assassina, enquanto outros já admitem que ela seria apenas uma vítima de abusos sexuais cometidos na infância pelo próprio pai e pelo irmão mais velho. Como se vê, a história tem ingredientes fantásticos e cresce no interesse popular na medida em que os depoimentos se sucedem, muitos baseados em mentiras e dissimulações.

Caso Casey seja condenada pelo assassinato da filha, ela deve pegar a pena máxima, a morte por injeção letal. Um final trágico para uma jovem de apenas 25 anos. No fundo, apesar da revolta contra o possível ato abominável da mãe, muita gente torce para que na hora H alguma voz se levante e diga que ela é inocente. E assim, o verdadeiro reality show caminha para o final. Tem gente que se confessa viciada em se sentar todos os dias diante da TV para acompanhar o drama da moça que matou a própria filha, segundo todas as evidências. Um show que expõe as fraquezas dos seres humanos, fragilizados e cheios de medo e inseguranças na hora em que sentam para depor.

Ali ninguém vai sair ganhando um milhão por ter vencido. No show da vida do tribunal em Orlando, não há lugar para vencedores. Há apenas uma perdedora, a garotinha chamada Caylee, assassinada aos 2 anos de idade , sem saber porquê.


http://feeds.feedburner.com/RadioXfm989Sp-br

A melhor música da história


Na semana passada, os ingleses cometeram mais uma. Acharam de escolher os 20 maiores cantores de todos os tempos. A topada se deu em lista dos leitores do New Musical Express. Entre os máximos, Michael Jackson, Freddie Mercury, Elvis Presley, Axl Rose, John Lennon, David Bowie, nessa ordem, até atingir Tina Turner. Ray Charles apareceu em décimo primeiro lugar, talvez por excesso de generosidade. Mas o pior aconteceu com aquele monstro que o mundo inteiro chama de Nat King Cole. Ele vai ter que esperar os 20 maiores cantores de todos os tempos em algum futuro longe da ilha.


Não faz muito, os súditos da Rainha gritaram para os súditos de todo o planeta:

Leitores do The Sun elegem Bohemian Rhapsody a melhor música da história

Revista Q elege One, do U2, a melhor música já gravada.

Na ocasião, como agora, o que saltou aos olhos foi a leviandade. A imprensa inglesa elegia o melhor, o maior e o mais com a superficialidade e leveza com que escolhe a melhor entre duas marcas de cerveja num pub. E esta segunda coisa saltou também, um pouco depois: como é que se elege a melhor música da história na base de uma simples coleta de opiniões na esquina? Ainda que essa esquina se ache a melhor e maior e a mais do mundo, como pode tal eleita possuir algum valor, digamos, estético?

Com agravantes. A eleição na revista Q se fez entre escritores e uma equipe de músicos profissionais, que destacaram a One, do U2, dentre as 1001 melhores músicas já gravadas. Por que 1001, e não simplesmente 100, ou 1000, esqueçam. Todos sabemos que a ignorância não tem dúvidas. A ignorância só possui certezas. Mas parece que tal eleição é mais funda que uma ação ignorante – ela atinge um núcleo mais substancioso, pois vive e ondula no cerne de um bem robusto e assentado preconceito. Porque vejam, leiam, meditem: dizer que tal música, inglesa, ou aquela, inglesa, sem dúvida, é a melhor da história ou das já gravadas, não é outra coisa se não dizer que: a) os outros povos não têm música; b) outros povos até que têm, mas nada que se compare à canção inglesa.

É palmar, é tedioso dizer que todos os povos têm um gênio de ser, um modo de estar e agir no mundo que é o seu destino e caráter. E tão universais atingem a natureza que deixam de ser particulares, que deixam de ser a sua nacionalidade contra a de outros. Em vez de versus abraçam. Em vez de se oporem a nós, conquistam-nos pela qualidade de possuírem os nossos melhores talentos. Que importa mesmo que Cervantes seja espanhol, Shakespeare inglês, Goethe alemão, Tolstoi russo, Baudelaire francês, Pixinguinha brasileiro?

Mas nada disso ficará claro, nenhum argumento restará em pé se não contarmos dois pequeninos casos sobre a arrogância colonial de alguns ingleses. No primeiro que me acode à memória, um estudante brasileiro fazia o doutorado em Londres. O que já é, em si, uma dupla manifestação de espírito e mentalidade colonialista. Tanto de quem vai buscar reconhecimento quanto de quem concede. O fato é que um belo dia, em estado de inocência, o estudante brasileiro perguntou a seu orientador se ele conhecia outro idioma. Resposta: - “Eu não preciso. Todo o mundo fala a minha língua”. Isso é ou não é exemplar, um modelo de bendita ignorância, preconceito e autossatisfação?

Em outra, o autor destas mal traçadas conversava com uma jornalista inglesa. A certa altura do Alto da Sé, em Olinda, comentou que era inútil lamentar o que estava perdido, pois que “não adiantava chorar o leite derramado”. Ao que lhe observou a jornalista: - “Existe isto aqui, esse ‘não adianta chorar o leite derramado’? Incrível. Pois isto é a tradução literal de um ditado inglês”. Mais tarde, anos depois, ao saber dessa observação, assim comentou um espanhol, ilustre editor do site La Insígnia:

- Vai ver que esse ditado é latino em sua origem. Os ingleses sempre acham que a sua tradução é a origem do mundo.

No que volto a ser brasileiro. Tiro o som de U2, sem pesar esqueço a Bohemian Rhapsody, e ponho em seu merecido lugar Pixinguinha. Dou-lhe um descanso e vou para o genial choro 1 x 0, ele no sax e Benedito Lacerda na flauta. Depois ouço Copacabana, levado pela voz do senhor Dick Farney: “existem praias tão lindas cheias de luz, nenhuma tem o encanto que tu possuis....”. E sem álcool, sem ufanismo me digo: Copacabana continuará pelos séculos a ondular pelas esferas no infinito. Até mesmo quando a burrice e pretensão não forem nem lembrança.


http://feeds.feedburner.com/RadioXfm989Sp-br

O país real



Uma transformação de grande magnitude está em curso no país. A frase é do economista Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, diante dos dados revelados pelo estudo "Os Emergentes dos Emergentes: Reflexões Globais e Ações Locais para a Nova Classe Média Brasileira", realizado pela respeitada instituição.


Neri baseia sua afirmação na redução significativa da desigualdade no Brasil, que cresce nos demais Brics, países com quem o Brasil mais pode ser comparado. O sucesso do modelo brasileiro tem sido conciliar o crescimento econômico com a redução das desigualdades sociais. Entre 2003 e 2007, a renda dos 20% mais pobres da população brasileira avançou em média 6,3% ao ano, enquanto a dos 20% mais ricos subiu apenas 1,7%.

O Brasil é o único dos Brics a registrar tal fenômeno. Na China, a renda dos mais pobres subiu até mais que a dos brasileiros (8,5%), mas a dos 20% mais ricos evoluiu 15%. É por isso que se ouve falar tanto de novos milionários e até bilionários na China e não tanto de uma mobilidade social como a verificada no Brasil. Na Índia, os 20% mais pobres tiveram uma evolução de renda de apenas 1%, contra 2,8% dos mais ricos, e na África do Sul a relação foi de 5,8% para os mais pobres e 7,6% para os mais ricos.

O Brasil encontrou um caminho de inclusão social, superando os temores do crescimento e de receitas obsoletas como a de que era preciso primeiro crescer para depois distribuir a riqueza. A pirâmide social brasileira muda de configuração, com a consolidação de uma robusta classe média capaz de contribuir efetivamente para a manutenção deste ciclo de desenvolvimento. De 2003 até agora, 48,7 milhões de brasileiros ascenderam paras as classes A,B e C, o que equivale a uma África do Sul ou a uma Espanha.

Os mais ricos também crescem, mas o importante é que os mais pobres diminuem. As classes D e E se reduzem e a classe C engorda. O Brasil se torna cada vez mais um país de classe média e precisa continuar avançando sem medo de ser feliz. A mobilidade social implica em mais consumo e é preciso estar preparado para absorvê-lo. O debate não deve ser sobre os riscos de inflação e sim sobre ampliação da capacidade produtiva para gerar mais emprego e renda e atender as aspirações dessa nova leva de brasileiros.

Marcelo Neri não vê qualquer sinal de desaquecimento do aumento da renda, e a população está confiante. O estudo da FGV também revela que os brasileiros são os mais otimistas quanto ao seu futuro. Num ranking de felicidade futura que a FGV elaborou a partir de dados de uma pesquisa mundial do Gallup, de 2009, com 146 países, os brasileiros dão nota média de 8,7 à expectativa de satisfação com a vida em 2014. Quem mais se aproxima dos brasileiros são os jamaicanos, com 8,3.

Este é o país real e não o que se lê diariamente nos noticiários, repleto de futricas políticas, crises artificiais e problemas. Não que o Brasil esteja livre deles. Apesar das melhorias, a desigualdade ainda é gritante e a miséria, por exemplo, continua a existir entre parcela significativa da população (8,5%). A eliminação das desigualdades vai exigir políticas mais transformadoras e para combater a miséria já existe um plano em curso. Que não seja afetado pela pequenez política dos que se preocupam apenas com poder e ganhos e não com a melhoria de vida da população


http://feeds.feedburner.com/RadioXfm989Sp-br

Tsunami sexológico


O que é, exatamente, "opção sexual" ? É o indivíduo que, biologicamente, nasceu homem, mas, sentindo-se intimamente mulher, quer comportar-se como tal e assim ser reconhecido ? Se for, independentemente de eventual mudança cirúrgica do sexo, então, o reconhecimento deveria ser total. A partir da maioridade, no exercício da capacidade civil, esse indivíduo poderia alterar seus dados de identidade, fazendo constar nos documentos outro nome e sexo. João, do sexo masculino, passaria a ser Maria, do sexo feminino.

Com raras exceções, parece que isso ainda (grifei) não é possível. E nem pode ser. Não existe homem-mulher e, menos ainda, mulher-homem. O que existe, simplesmente, são homens querendo praticar o ato sexual com outros homens e mulheres querendo praticar o ato sexual com outras mulheres. Esta é a verdadeira "opção sexual", não aquela que pretende mudar de tratamento os seus praticantes, encarando-os diferentemente dos respectivos sexos biológicos e elevando-os à categoria de "família" quando juntos.

Essa história de sentir-se diferente intimamente e pretender reconhecimento do sentimento, transformando-o num direito, pode ir longe e assumir proporções inusitadas. A mente humana é pródiga em fantasias, algumas poucas realizáveis, uma vez atendidas certas premissas, muitas simplesmente irrealizáveis. Sonho ser Presidente da República. Aliás, sinto-me assim. Então, saio em busca do reconhecimento desse suposto direito, apenas colocando uma faixa presidencial no peito, como o "optante sexual masculino" coloca uma roupa feminina e... pronto ? Ou saio por aí falando como o Lula, a exemplo do "optante sexual masculino", que sai por aí falando delicadamente como mulher e... pronto ?

Muitos "optantes" poderão dizer: não usamos roupa feminina e nem falamos como mulher, somos homossexuais e queremos ser respeitados. Ótimo, que assim seja, porém, sem pretender criar um terceiro sexo, que nem a natureza conseguiu produzir. Outros "optantes" poderão indagar qual o crime, ou pecado, de dois seres do mesmo sexo se amarem ? Nenhum, até porque, dois homens, heterossexuais, inclusive os ditos "homofóbicos", podem, perfeitamente, nutrir amor um pelo outro, como amigos. Se digo que amo meu amigo, isto não significa, necessariamente, que eu seja homossexual.

Quando os tribunais brasileiros, especialmente o STF, reconhecem o direito à "união estável homoafetiva", em decorrência da "opção sexual", estão materializando uma ficção. É como se dissessem: "a natureza cometeu um grave erro ao criar apenas dois sexos, portanto, vamos reconhecer e oficializar tantos quantos forem necessários para satisfazer as fantasias dos nossos jurisdicionados". São de Sandra Cavalcanti, ex-deputada federal constituinte de 1988, as seguintes palavras, extraídas do seu artigo "Quem vai ao ar perde o lugar":

"A grande pergunta do povo é a seguinte: quem delegou ao Judiciário o poder de rever e alterar a Constituição, sem obedecer ao que ela própria estabelece para esse fim?".

Naquela matéria, a autora relata que o artigo 226 e seus parágrafos, da Constituição Federal, que tratam da entidade "família", "foram objeto de longas e honestas discussões, durante os dois anos de trabalhos dos constituintes". "Sandra estava lá, tomando parte ativa em todas as reuniões, além de ser a encarregada de levar o texto final para a Comissão de Sistematização", texto esse que, agora, o STF, mediante simples "penada" e invadindo a seara do Legislativo, alterou profundamente.

Outra não foi a posição do juiz federal de Goiânia, Jerônimo Pedro Villas Boas, que, em corajosa decisão, ora cassada, anulou o registro do chamado "casamento homoafetivo". A propósito, esse magistrado não contrariou nenhuma "ordem" do STF, por ter decidido de acordo com seu "livre convencimento", conforme lhe faculta a lei, apesar de opor-se a julgamento de Instância Superior. O fato acontece com freqüência em inúmeras instâncias do Poder Judiciário no território nacional. Ademais, pelo que se sabe, o julgamento do STF não foi adotado como súmula vinculante, para observância pelas instâncias inferiores, em casos semelhantes.

O problema não se limita apenas ao direito de reconhecimento da "união homoafetiva". Os parceiros dessas uniões têm lá seus caprichos. O casal "gay" referido por Leila Cordeiro, no artigo intitulado "Amor incondicional", publicado neste DR da semana anterior, unido há 61 anos, poderia ter sacramentado o "casamento" no Estado de Connecticut (USA), mas, preferiu aguardar para fazê-lo no Estado de Nova York (USA), quando aqui, "onde tudo começou", a legislação permitisse, o que acaba de acontecer, com aprovação do Senado novaiorquino.

Se dependesse do nosso STF, esse casal "gay" não teria esperado muito, pois a mais alta corte brasileira, num dos seus ousados julgamentos, não vacilaria em determinar aos serviços notariais a celebração do matrimônio, com ou sem legislação local permissiva, sob pena de responder pelos ônus cabíveis.

Conseqüência do "tsunami" sexológico que está tomando conta do Brasil, um vereador da Câmara Municipal de São Paulo apresentou um projeto de lei, visando a instituir o "Dia do Orgulho Heterossexual", um besteirol tão grande como é o "Dia do Orgulho Gay". Logo, logo, teremos o dia do orgulho zoossexual (zoofilia), necrossexual (necrofilia) e outros fetichismos.


http://feeds.feedburner.com/RadioXfm989Sp-br

terça-feira, 28 de junho de 2011

BOI NO ROLETE NO EMBU GUAÇU

http://www.radiotupiam1041fm.com/
http://www.989fmradioterra.com.br/
http://www.xfm.com.br/
http://www.embudasartes.art.br/



Trata-se de uma festa - dia 24/07-, que iniciará ás 10 da manhã, dentro do Clube Recanto Sonho Verde, em Embu Guaçu.


Durante o dia teremos a programação livre, para que os convidados (esperamos aprox. 1000 pessoas)

possam disfrutar do complexo do clube e a tarde teremos o Show da Brunna Campos, encerrando

com queima de fogos, por volta das 19hs.



O valor do convite é R$ 50,00 (na portaria) e R$ 35,00 (antecipado até o dia 15/07), que poderá ser


comprado na Cooperativa no Embú das Artes (CONDUCOOP / COOPERCAV), ou pelo tel. 4135-5051




http://feeds.feedburner.com/RadioXfm989Sp-br

Carrefour anuncia proposta de fusão com Pão de Açúcar


PARIS, França — O grupo francês Carrefour anunciou nesta terça-feira ter recebido uma proposta de fusão de ativos no Brasil com os da Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), do grupo Pão de Açúcar.




A proposta foi formulada em 27 de junho pela empresa brasileira Gama, que pertence ao fundo BTG Pactual, com o apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).



Se a operação for concretizada, a Gama se tornará um acionista de referência do Carrefour, número dois mundial do setor de distribuiçãom com uma participação de 18% em seu capital.



No início da sessão na Bolsa de Paris, após o anúncio da proposta, a ação do Carrefour subia 1,64% a 26,88 euros, enquanto a do grupo Casino, seu principal concorrente, caía 3,02% a 63,91 euros.



"A operação será, a princípio, muito benéfica para o Carrefour, cujos resultados no Brasil são decepcionantes e que em 2010 perdeu a liderança na distribuição de alimentos para a CBD", afirma uma nota de análisis do agente da Bolsa Aurel.



"As sinergias e as reduções de custos potenciais, combinada com a força de venda do novo conjunto, devem melhorar a rentabilidade da nova entidade", acrescenta o texto.



O comunicado do Carrefour, no entanto, não menciona a posição do seu principal concorrente na França, o grupo Casino, dono de 37% da CBD, principalmente através da holding Wilkes, dirigida em conjunto com a família Diniz.



Antes do anúncio, Carrefour e Casino se enfrentavam a respeito da CBD, cuja rede de 1.647 supermercados faturou 13,7 bilhões de euros em 2010.



O grupo Casino apresentou à Câmara Internacional de Comércio uma demanda de arbitragem a respeito do sócio brasileiro.



A pedido do Casino, o Tribunal de Comércio de Nanterre, subúrbio de Paris, apreenderam na sede do Carrefour 22 documentos relativos às discussões sobre o futuro da CBD.





http://feeds.feedburner.com/RadioXfm989Sp-br

segunda-feira, 27 de junho de 2011

O Amigo Cachorro x Cahorro Amigo


Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado

Tantas retaliações, tanto perigo

Eis que ressurge noutro o velho amigo

Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado

Com olhos que contêm o olhar antigo

Sempre comigo um pouco atribulado

E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover

E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica

Que só se vai ao ver outro nascer

E o espelho de minha alma multiplica...
Vinicius de Moraes

http://feeds.feedburner.com/RadioXfm989Sp-br

domingo, 26 de junho de 2011

80 prefeituras contrataram empresas fraudulentas

80 prefeituras contrataram empresas fraudulentas


Fonte: O POVO Online/OPOVO/Politica

O esquema que levou à decretação da prisão de dois prefeitos tem raio de ação muito maior. Em 80 municípios, as prefeituras fizeram contratos com a rede de corrupção. Todas serão alvo de investigação, conforme promotor
http://www.opovo.com.br/app/opovo/politica/2011/06/24/noticiapoliticajornal,2259680/80-prefeituras-contrataram-empresas-fraudulentas.shtml


http://feeds.feedburner.com/RadioXfm989Sp-br

Japa ou China?



Ter olhos puxados no Brasil é algo interessante. Desde criança, confundem-me com japoneses, chineses, coreanos, indonésios, vietnamitas, filipinos, entre outras nacionalidades do extremo oriente. É brasileiro nato quem nasce no Brasil. Nasci em Votorantim (SP) porque não tinha vagas em hospitais de Sorocaba (SP). Sou, portanto, brasileiro nato, porém, neto de japoneses.


Como descendente de japoneses, mantenho algumas tradições e alguns costumes, tal como frequentar a União Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira de Sorocaba (Ucens), ouvir algumas músicas e ver alguns filmes orientais. Conheço algumas palavras e expressões do idioma japonês, e nada mais.

Interessante notar que ainda tem gente que me considera um não-brasileiro, apesar de ter Registro Geral (RG), Cadastro de Pessoa Física (CPF), carteira de identidade da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), emitidas por entidades nacionais.

Havia uma época em que me mandavam voltar para a minha terra. Minha terra? Matutava. Bom, eu não era e não sou proprietário de terras. Depois caiu a ficha. Mandavam-me voltar ao Japão. Mas como voltar ao Japão se eu nunca vim de lá? Mesmo que eu cometesse uma besteira federal não teria jeito de me “deportar”, “expulsar”, ou outra coisa do tipo, para lá, já que não tenho nacionalidade daquele país.

O preconceito, infelizmente, existe. E não é só contra os nipo-brasileiros, mas também contra os afro-brasileiros e demais minorias. Muito disso é por maldade, mas também tem muita falta de informação, que causa alguns episódios engraçados.

Quando estava no colegial (ensino médio), um rapaz de feições orientais entrou na sala e se sentou perto de mim. O cara ficou quieto, mudo. Puxei conversa, ele não me respondeu. Perguntei, em japonês, o nome dele. Novamente, ele não me respondeu.

Timidamente, ele disse que o seu nome era Ji Hyoung Woo, recentemente vindo de Seul, capital da Coréia do Sul. Apesar de o Japão e a Coréia do Sul terem travados conflitos no passado, nós dois tínhamos nada a ver com isso.

Começamos a conversar em português mesmo, depois formou um bolinho em nossa volta. O pessoal soube que ele era estrangeiro, aí, já viu. Meu novo amigo virou pop star. Chegou a professora e começou a se comunicar com ele por mímica, como se ele fosse surdo. Foi muito engraçado. Ela disse para mim: “Diz para ele que estamos à disposição para o que precisar.”

Eu olhei para ela meio pasmo. Talvez só pelo fato de ter olhos puxados, ela tinha pensado que eu sabia falar coreano. Respondi: “Mas eu não sei falar coreano, no máximo, algumas palavras e frases de japonês". De repente, um silêncio geral.

Creio que um passo enorme para nos tornarmos uma nação será quando não nos identificarmos mais pela cor da pele, mas pelos ideais em comum. Assim, seremos todos brasileiros.


http://feeds.feedburner.com/RadioXfm989Sp-br

Humala e Cabral, dois extremos




O partido de Alan Garcia tem raízes históricas, mas nem por isso conseguiu sobreviver aos novos tempos no país, que acabou resultando na eleição de Ollanta Humala. Vinculado à socialdemocracia, que hoje passou a ser uma linha auxiliar dos apologistas do esquema neoliberal e do deus mercado, a Apra colheu os frutos de sua prática, imaginando sempre que o processo político é imutável.

O exemplo peruano deve servir de reflexão não apenas para cúpulas partidárias que sucumbem à burocracia, transformando as suas agremiações políticas em meros departamentos cartoriais, como a políticos que imaginam estar acima do bem e do mal. No Brasil já temos exemplos, sobretudo à direita, mas de alguns partidos de esquerda, ou que se julgam de esquerda, embora nos últimos tempos venham adotando práticas diferenciadas do que defendiam antes.

Em termos regionais, o exemplo mais elucidativo está a ocorrer no Rio de Janeiro, onde partidos que se consideram de esquerda apoiam um governador, Sergio Cabral que reprime violentamente bombeiros que ganham salários de fome e ainda por cima concede as maiores facilidades para empresários em troca de favores especiais.

Já se imaginava que isso acontecia, embora a opinião pública estivesse iludida, como nas eleições de outubro do ano passado, quando sufragou Cabral por maioria absoluta. Agora, depois de uma tragédia em que morreram sete pessoas na queda de um helicóptero na Bahia, caiu a máscara. Isso tem um nome: promiscuidade. Ou será que tem outra denominação o fato de um governador estar usufruindo das benesses de um empresário, como Fernando Cavendish, proprietário da construtora Delta, a empreiteira responsável pela reforma milionária do Maracanã em associação com as do mesmo ramo Odebrecht e Andrade Gutierrez?

Escondendo o jogo, como faz sempre, Cabral foi a Bahia para participar de uma festa milionária de Cavenish, a quem presta favores. E o que dizer em pegar carona a hora que quiser no avião do trilionário Eike Batista? O empresário e o governador acham isso perfeitamente normal.

Há denúncias segundo as quais o governo Sergio Cabral está fazendo obras no Estado sem concorrência pública, o que mereceria pelo menos uma investigação mais apurada da Assembleia Legislativa e do Ministério Público.

Em outros países, por muito menos, governos caíram porque os chefes do Poder Executivo se envolveram em jogadas prejudiciais ao Estado.

Cabral tem maioria na Assembleia Legislativa e dificilmente se conseguirá algum tipo de ação, salvo se a opinião pública se mobilizar e exigir, pois, afinal de contas, o Estado é responsável em gerir os impostos arrecadados de honestos cidadãos contribuintes.

O momento é grave. O Rio está na antevéspera de dois megaeventos que vão lidar com muitos milhões. Tudo agora gira em torno disso, inclusive no âmbito da Prefeitura, onde o alcaide Eduardo Paes está aprontando, como, por exemplo, promovendo remoções de favelas que não estão em área de risco, mas são cobiçadas pela especulação imobiliária há tempos. O Morro dos Prazeres, em Santa Tereza, que o diga. E perguntem também que grupos econômicos apoiaram Paes.

Aliás, que pouca sorte tem o Rio de Janeiro. Depois de um Cesar Maia aparece um Paes. E um Maia que responde na Justiça pelo que foi feito na Cidade da Música, na Barra da Tijuca, que ainda por cima ganhou o nome de Roberto Marinho, um cidadão acima de qualquer suspeita, mas que em nenhum momento teve algum envolvimento com a música, seja clássica ou popular, salvo as editorias de cultura de seus meios de comunicação.

Maia imaginava que colocando o nome do finado proprietário das Organizações Globo poderia tudo que fez de errado ficar por isso mesmo. Mas como as denúncias se avolumaram, Cesar Maia terá de responder na Justiça as acusações de ilegalidades cometidas na Cidade da Música.

O Rio de Janeiro, claro, merecia coisa melhor, mas como a região historicamente sempre primou pela resistência, embora nos últimos tempos, Cabral, Paes e antes Maia, para não falar em tempos mais distantes de Moreira Franco e Marcelo Alencar, que ocuparam o espaço político, transformando a área em uma verdadeira vergonha nacional, não se descarta que em algum momento o povo desperte e exija que sejam tomadas providências enérgicas para acabar com o atual estado de coisas. O integral apoio popular aos bombeiros vitimados por Cabral foi um aviso,.

No Peru, o esquema meliante de Fujimori foi derrotado nas urnas e o partido de Alan Garcia, que apoiou a filha do ex-Presidente, a Keiko Fujimori, sofreu um revés sem precedentes históricos, que não imaginava poderia acontecer. Nos tempos de transformações porque passa o continente americano, não pode mais haver lugar para tipos como Alan Garcia, Alberto Fujimori, Cabral, Paes, ou Maia, muito menos para Moreira Franco, que virou Ministro de Assuntos Estratégicos, embora já se conheça há tempos que tipo de estratégia ela adota no seu fazer político.

Ah, sim, neste time fica faltando o chileno Sebastián Piñera, que conseguiu se eleger depois da falência do esquema da Concertación, mas, segundo as pesquisas, já é repudiado pela maioria da população.



http://feeds.feedburner.com/RadioXfm989Sp-br

Futebol e religião não combinam


Miami (EUA) - Às vésperas do início da Copa América – a mais importante competição entre seleções nacionais de futebol da América do Sul -, o técnico da seleção brasileira, Mano Menezes (foto), vetou a presença de pastores evangélicos na concentração da equipe na cidade de Campana, na Argentina, país onde será realizado o torneio.


A barração foi uma decisão sábia e sensata. Ao contrário da Copa 2010 na qual Dunga deu liberdade aos pastores para frequentar a concentração, o novo comandante do time verde-amarelo considera uma intromissão indevida a participação de pessoas que não integrem o staff da comissão técnica.

Sem discriminar a fé de nenhum atleta, Mano pretende dissociar religião do esporte. Além do Brasil ser um estado laico, comemorar gols com mensagens religiosas em camisetas por baixo da camisa oficial não pega bem. A própria Fifa (Federação Internacional de Futebol) proibiu manifestações religiosas durante competições esportivas.

Isso ganhou mais visibilidade depois do crescimento das religiões cristãs neopentecostais, que fazem da religião uma maneira de espetáculo e sobretudo de faturamento monetário. Para os líderes religiosos deste naipe estar ligado a personagens de destaque nos cenários esportivo e artístico é importante, uma vez que serve como propaganda para seus negócios, ooops, templos.

Voltando ao futebol, seria incrível ter em uma mesma equipe integrantes de várias religiões. Quando o protestante faz o gol, ele ergue as mãos para os céus em agradecimento a Deus; já o católico, ajoelha-se, persigna-se e também a agradece a Deus; o muçulmano, por sua vez, ajoelha-se em direção a Meca para render homenagem a Alá; o judeu agradece Jeová e, na concentração, come apenas alimentos kosher, isto é, benzidos pelo rabino. O budista acenderia um incenso para o Ser Supremo, enquanto o hindu cantaria um mantra para Shiva. O umbandista jogaria flores para Iemanjá ou faria oferendas para Ogum. Finalmente, o ateu acharia tudo uma bobagem e mandaria os religiosos para aquele lugar…

O duro é que, apesar do tom irônico do parágrafo anterior, estas comemorações eram mais comuns do que se pode pensar até que os dirigentes da Fifa decidiram intervir e emitir uma nota proibindo manifestações religiosas no momento do gol – o gozo supremo do futebol.

Além de ser politicamente incorreto, uma comemoração deste tipo pode enfurecer os adversários, irritar os torcedores e provocar desconforto entre os próprios companheiros da equipe e seus próprios simpatizantes. Claro que cada um tem todo o direito de seguir sua fé ou até mesmo de não ter nenhuma religião, o que se deve evitar é levar para uma praça esportiva uma demonstração inequívoca de sua fé e provocar reações de apoio, de insatisfação e de desconforto.

Claro que a proibição, para ser completa, deveria ser estendida para os indefectíveis empresários, as onipresentes “maria-chuteiras” e os ridículos torcedores profissionais que tudo fazem para aparecer em uma fotografia abraçado a um craque ou artista famoso para fingir uma intimidade que nem de longe é real e verdadeira.

http://feeds.feedburner.com/RadioXfm989Sp-br

Gerheim x Xico Vargas




Rio - Nos primórdios da década de 80, mais precisamente durante os Jogos Olímpicos de Los Angeles (1984), José Antônio Nascimento Brito, filho de Manoel Francisco do Nascimento Brito (1922-2003), diretor-proprietário do Jornal do Brasil, decidiu ir aos Estados Unidos. E em sua passagem por Los Angeles, não sei bem qual a razão, decidiu demitir o subeditor de esportes do jornal, Édson Afonso, que chefiava a equipe que cobria a Olimpíada. Oficiosamente, dizem que José Antônio ficou estupefato com os gastos da delegação do JB em Los Angeles e tomou a decisão.


Não estou inteirado dos verdadeiros motivos porque, a essa altura do campeonato, trabalhava com José Inácio Werneck, companheiro do Direto da Redação, na Viva – A revista da Corrida, também do grupo JB, na Avenida Brasil, 500 (foto). O certo é que a demissão de Édson Afonso provocou um impacto na editoria de esportes por uma razão muito simples: Édson Afonso era amigo de fé, irmão camarada, de Xico Vargas, que exercia um cargo de chefia no jornal. Daí em diante, Xico Vargas – de tamancos holandeses e rabo de cavalo nos cabelos – passou a pressionar e fiscalizar o editor de esportes José Antônio Gerheim. Assustado Gerheim foi até a Viva e me convidou para ocupar o lugar de Édson Afonso.

Mas não pensem que a fiscalização de Xico Vargas amainou.

Comigo, nas folgas de José Antônio, Xico Vargas pegava mais leve, até porque, veterano de guerras passadas, eu o encarava de frente. Mas nos finais de semana de Gerheim, Xico Vargas pegava pesado e interferia nas edições. Gerheim ficou tão assustado que passou a usar um galho de arruda atrás de orelha, numa atitude ridícula. Foi então que surgiu o impasse. Sabendo que eu não me amedrontava com o ruído dos tamancos de madeira de Xico Vargas, Gerheim me propôs trabalhar com ele em todos – eu escrevi em todos – os finais de semana e folgar, de 15 em 15 dias, apenas nas segundas e terças-feiras. Um absurdo sem tamanho, até porque o trabalho era duro.

Na época, desquitado, fazia questão fechada de passar os finais de semana com meus filhos Roby e Cristiana Porto, porque não os via nunca. Íamos à praia, viajávamos para Javari (distrito de Miguel Pereira-RJ) e nos divertíamos a valer. Durante a semana, Roby e Cristiana (que moravam com a mãe) tinham seus afazeres. Em poucas e resumidas palavras, não aceitei a proposta escravagista de Gerheim. Ou ele tomava coragem e enfrentava Xico Vargas ou me demitia. E foi o que ocorreu. Certo dia, no sétimo andar, onde funcionava a lanchonete do JB, ele me fuzilou à queima roupa. Não sei quem me substituiu. Mas tenho a mais completa e absoluta certeza de que o sujeito que entrou em meu lugar comeu o pão que o diabo amassou.

Pouco tempo depois, mesmo com o galho de arruda e trabalhando sem folga, Gerheim foi detonado. Afinal de contas, Xico Vargas e seus tamancos era amigo de Maria Regina, também filha de Manoel Francisco do Nascimento Brito. Ou seja, botava banca porque tinha as costas quentes. No lugar de Gerheim, assumiu pela segunda vez, João Máximo, meu amigo de mais de 40 anos. Confesso que senti o peso da traição de Gerheim, mas em pouco tempo estava contratado como comentarista da Rádio Tupi. Mas lá não fiquei muito tempo. Na Copa do Mundo de 1998, sob o comando de Fábio Dupin, retornei pela quinta vez ao Jornal do Brasil, com o peito em festa e o coração a gargalhar.

Do galho de Arruda de Gerheim não sobrou uma mísera e escassa folhinha.

Como diria o ‘filósofo’ Neném Prancha, se galhinho da Arruda garantisse o emprego de alguém, o JB estaria até hoje botando a banca de inteligência que sempre botou.




http://feeds.feedburner.com/RadioXfm989Sp-br

O Itamaraty na época da ditadura



Berna (Suiça) - Eu estava em São Paulo, num cyber café de uma galeria na Avenida Paulista, quando li a concessão da anistia póstuma ao ex-consul-geral do Brasil em Stuttgart, na Alemanha, Arnaldo Vieira de Mello.


E me lembrei de sua viúva, hoje com 92 anos, que encontrei no Palácio das Nações, em Genebra, quando ela ali estivera, vinda do Rio de Janeiro para participar de uma solenidade da ONU em memória e homenagem ao seu filho, Sérgio Vieira de Mello, morto num atentado em Bagdá.

E me lembrei também do jovem Sérgio, com quem fizera diversas entrevistas no Alto Comissariado da ONU, em Genebra, e que vira, pela última vez, já com a cabeleira começando a embranquecer, quando apresentava seu relatório sobre o Timor Leste, na comissão de Direitos Humanos. Ainda estava na CBN, quando, reportando noticiários internacionais, comentara sua provável escolha para secretário-geral da ONU.

Sem dúvida, Sérgio Vieira de Mello (foto) foi o maior diplomata brasileiro de todos os tempos, mas não trabalhava para o Itamaraty e sim para a ONU. Tenho aqui comigo, sobre minha mesa, um livro ao qual prestei uma modesta colaboração, escrito por Jacques Marcovitch, cujo título é Sérgio Vieira de Mello, Pensamento e Memória, no qual tantos diplomatas e acadêmicos brasileiros lhe prestam merecida homenagem.

E por que Sérgio não fizera carreira inicial no Itamaraty, onde seu pai Arnaldo Vieira de Mello trabalhou 28 anos? Alguns poderão responder por ter sido a filosofia sua primeira grande preocupação, mas outros se lembrarão que o brilhante jovem estudante do colégio Franco-Brasileiro, no Rio, preocupado com os conceitos de justiça e de paz, viveu ali o golpe militar de 1964 e preferiu continuar seus estudos em Friburgo, na Suíça, e depois na Sorbonne, em Paris. Aquela não era a época ideal para seguir o pai e fazer o Instituo Rio Branco, como logo lhe mostraram os acontecimentos.

Com efeito, cinco anos depois do golpe, quando faltavam alguns meses para Sérgio concluir seu curso de filosofia na Sorbonne, o Itamaraty procedeu a um expurgo sem precedente na história brasileira e demitiu 44 funcionários entre eles diplomatas de carreira, como seu pai, Arnaldo Vieira de Mello. “Não vejo nenhum sentido eu fazer carreira numa instituição que cassou meu pai”, diria ele aos amigos.

Da lista dos 13 diplomatas demitidos, em abril de 69, fazia também parte o poeta e diplomata Vinicius de Moraes. Ainda pouco antes de morrer, Vinicius tentou recuperar sua condição de diplomata, mas isso lhe foi negado pelo Itamaraty.

Alguns dos colegas cassados de Arnaldo e Vinicius, abandonados por amigos temerosos da repressão militar, acusados de homossexualismo, alcoolismo ou subversão, passaram a ter vida difícil e próxima da miséria. O pai de Sérgio Vieira de Mello, morreu desgostoso, seis anos depois da cassação, que o tinha privado de uma próxima nomeação como embaixador.

No ato da concessão da anistia póstuma a Arnaldo Vieira de Mello, conta o relatório da Associação Brasileira da Imprensa, que o Conselheiro da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Virginius José Lianza da Franca, fez ampla e minuciosa descrição daquela época de caça às bruxas e das violências então praticadas pelo Itamaraty sob a batuta e com o aval do Ministro Magalhães Pinto, que assinava à margem dos processos despachos determinando o prosseguimento da perseguição.

Lembrou Virginius que Sérgio Vieira de Mello deixou de concorrer ao Instituto Rio Branco, onde se tornaria funcionário do Itamaraty, em protesto contra o tratamento que o governo brasileiro dera a seu pai, cortando sua carreira sem processo regular nem direito de defesa. "A ditadura é uma realidade", disse então Sérgio Vieira de Mello.

Conta também uma reportagem publicada em O Globo, sob o título Repressão no Itamaraty – os tempos do AI-5, como agiu a ditadura militar para obter os nomes dos que seriam cassados:

“Para compor a lista, a comissão recrutou informantes civis e militares. Sua primeira medida foi despachar circular telegráfica aos chefes de missão no exterior, intimados a entregar os nomes de servidores “implicados em fatos ou ocorrências que tenham comprometido sua conduta funcional”. Arapongas das Forças Armadas cederam fichas individuais de mais de 80 diplomatas.??Também assinam o relatório os embaixadores Carlos Sette Gomes Pereira e Manoel Emílio Pereira Guilhon, que auxiliaram Câmara Canto na missão sigilosa.?? O chefe da comissão encerrou o texto com um autoelogio patriótico: “Tudo fizemos para atingir os objetivos colimados e preservar o bom nome do Brasil e do seu serviço exterior”.

Não se pode deixar de pensar, nestes dias de debates sobre a Comissão da Verdade, onde estão e o que aconteceu com esses delatores que arruinaram a vida de tantos colegas.

Muitos ignoram que Sérgio Vieira de Mello, combativo e dinâmico funcionário da ONU, participou, em Paris, da revolta estudantil de maio de 1968, tendo sido preso pela polícia parisiense, quando se manifestava na Sorbonne. Uma comovente biografia de Sérgio é o livro O Homem que Queria Salvar o Mundo, de Samantha Power.

Também sobre minha mesa, o livro de Jason Tércio, Segredo de Estado, no qual se reconstitui o desaparecimento, durante a ditadura militar, do deputado Rubens Paiva. Nas primeiras páginas, o relato do telex com informações fornecidas pela embaixada brasileira de Santiago do Chile ao DoiCodi, denunciando duas passageiras do vôo Varig com mensagens de exilados que levariam ao deputado. Era uma época em que o Itamaraty trabalhava com a ditadura.

À saída do Palácio das Nações, ao cumprimentar dona Gilda e lhe contar minha admiração por seu filho, lhe perguntei se já havia recorrido à Comissão de Anistia com relação à cassação de seu marido. Se essa intervenção foi de alguma valia, sinto-me feliz. No meu texto para o jornal, depois de descrever a homenagem lembrei a injustiça ao pai de Sérgio Vieira de Mello cometida pelo Itamaraty. Não sei se foi publicada.

Nem sempre, mas geralmente as demissões arbitrárias, expurgos e perseguições de toda sorte são revistos e as nódoas ficam nos que as motivaram, agiram ou as aplicaram como ditadores, policiais ou pau-mandados.

http://feeds.feedburner.com/RadioXfm989Sp-br

Jornalista revela: sou um ilegal



A noticia explodiu esta semana na mídia estadunidense: um premiado jornalista, que ganhou o Pulitzer, principal prêmio do jornalismo americano, pela cobertura do massacre na Universidade Virginia Tech, veio a público e revelou um segredo guardado há quase quinze anos: “Sou um imigrante ilegal”.


Jose Antonio Vargas (parece nome hispânico, mas ele é de origem filipina) declarou que é igual aos milhões de imigrantes que vivem nos EUA sem documentos. E desabafou: “Estou cansado, não quero mais essa vida”. Aproveitou para pedir perdão a seus antigos empregadores por mentir todos esses anos permanecendo e trabalhando no país ilegalmente.

A história de Vargas (30 anos) tem lances comoventes. Quando tinha 12 anos, sua mãe o enviou para a Califórnia para viver com os avós. Ele não sabia nada sobre imigração e só veio a saber quando chegou aos 16 anos e foi requerer a carteira de motorista. O funcionário que o atendeu, depois de examinar seu greencard (cartão de residência para estrangeiros), disse: “isso é falso, não volte aqui novamente”. Até que o funcionário foi bonzinho com ele. Outro poderia tê-lo entregue à polícia.



Só então Vargas soube que seu avô, pensando ajudá-lo, comprou documentos falsos. Naquele momento ele se perguntou como poderia conviver com uma situação como essa, de alto risco?

Aqui cabe uma explicação. Usar número de documento falso nos Estados Unidos é crime muito grave, punido com extremo rigor. Apesar disso, sempre se ouviu falar que é difícil, mas não impossível, conseguir-se um falso número de Social Security, documento sem o qual você não existe para o governo americano. Não se sabe se eles ainda atuam, mas no passado recente existiam os “papeleiros”, gente especializada em fraudar documentos para legalizar imigrantes.

Mas voltando ao nosso herói, Vargas não se intimidou com o risco que correu no departamento que emite carteiras de motorista. Bom aluno, ele concluiu o ensino médio e foi aceito na San Francisco State University com bolsa de estudos.



Depois de formado, Vargas passou por situações difíceis na busca de estágios e empregos. Ora era aceito, ora recusado, por falta de documentos. Mas acabou chegando a um dos templos do jornalismo estadunidense, o Washington Post, aquele que denunciou o escândalo de Watergate, que redundou na renúncia do presidente Nixon. E foi lá que Vargas conquistou o cobiçado prêmio Pulitzer.

Graças ao seu talento e à sua determinação, Vargas chegou ao spot light do mercado de trabalho, ao contrário de milhões de outros imigrantes indocumentados, inclusive filipinos, que vivem à sombra da sociedade estadunidense, explorados por patrões inescrupulosos, muitas vezes seus próprios compatriotas.

O que se questiona agora é o que vai acontecer com Vargas, o homem que simplesmente desmoralizou e mostrou como é vulnerável o sistema migratório do país.

Ao pé da letra, ele teria que ser preso e processado pelo uso de documentos falsos, mas quem terá peito para fazer isso num país onde os políticos usam a questão migratória para conseguir votos? Além disso, para punir Vargas, as autoridades teriam que punir toda a cadeia de seus benfeitores, pessoas e empresas jornalisticas, que lhe deram a oportunidade de trabalhar e mostrar que ele é bom no que faz.

Por sua vez, Vargas declarou que tirou um peso das costas e agora vai pressionar o Congresso pela aprovação do Dream Act (Development, Relief and Education for Alien Minors), que dará a milhares de jovens que chegaram cedo aos EUA, como ele, o direito de se tornarem cidadãos, desde que se formem em universidades americanas ou servam nas forças armadas. Mas o projeto empacou no Capitólio, por conta das divergências entre os partidos políticos.

A bela história de Vargas pode ser o ponto de partida para a prometida reforma migratória, prioridade de Obama quando candidato.

http://feeds.feedburner.com/RadioXfm989Sp-br

Sai o povo, entram as elites Brasil, um pais de Tolos


“A SUDERJ informa: substituição no Brasil: sai Tostão, entra Rivelino ! ”. Quem frequentou o sessentão Maracanã se acostumou, entre outras coisas, àquela voz tonitruante que, de tempos em tempos, fornecia informações sobre o jogo.


Inicio com essa recordação para voltar a um assunto sobre o qual já falei aqui no DR. Considero, cada vez mais, a importância de refletirmos sobre ele, em nome dos valores da cidadania. Trata-se dos caminhos que estariam sendo trilhados nos diversos projetos que irão redundar na construção/reconstrução de novos estádios de futebol no país, com vistas à Copa do Mundo que se dará entre nós.

Penso que, ao final desse processo - que, diga-se de passagem, envolve a sangria de cofres públicos para atender às exigências megalomaníacas da FIFA -, há, paradoxalmente, o risco de virem a ser extintos os grandes espaços populares do futebol, como o Maracanã. Em nome da modernidade, estão sendo criados estádios elitizados, onde, ao que tudo indica, não haveria lugar para aqueles torcedores de menor poder aquisitivo. Em síntese, pode estar em curso um dissimulado processo de exclusão de grandes massas populares como espectadores no campo de futebol, com a criação dos espaços “vip” e a proliferação de preços inacessíveis. E para afastar de vez tais suposições, nada melhor que o pronunciamento das autoridades envolvidas, que, até agora, pouco falaram a respeito.

O que se vê, por exemplo, em São Paulo, é a promiscuidade entre o poder público e os interesses particulares. Vai-se construir um estádio de futebol para o Coríntians e, em nome do atendimento dos interesses da FIFA, o dinheiro do povo vai ser colocado no projeto, ainda que sob a forma de isenções fiscais. Tudo para, depois, o estádio ser gerido por particulares que, esses sim, lucrarão com o empreendimento.

Mas quero voltar ao foco inicial. Uma sociedade que se pretenda democrática tem que, necessariamente, avaliar permanentemente as perspectivas inclusivas que possam ser oferecidas, de modo sempre crescente, aos deserdados, aos menos favorecidos. É por isso, por exemplo, que eu considero antidemocrático o descaso com a nossa educação pública , porque o que faz é perpetuar as diferenças e manter os níveis de exclusão que interessam às elites que sempre mandaram no país. A escola pública será democrática apenas quando puder ser o móvel que anule essas diferenças de berço e permita , realmente, a igualdade de oportunidades.

A palavra “privilégio” é, etimologicamente, metonímia para a negação da democracia. Todos os que almejam para si ou se deixam beneficiar, direta ou indiretamente, por hipotéticas “leis privativas”, são, ingênua ou conscientemente, contribuintes diretos da discriminação e da desigualdade.

É claro que essa desigualdade não aparece, em muitos casos, de forma perceptível. Não percebemos que vivemos em uma sociedade antidemocrática – e a nossa o é, apesar dos que deliberadamente confundem capitalismo ou liberalismo econômico com democracia -, porque estão vulgarizadas no cotidiano da nação a injustiça e a iniquidade. E casos como esse do Maracanã acabam nem sendo percebidos como possíveis exemplos da segregação que o contexto revela. Até porque, para muitos, o futebol seria fonte de alienação e, portanto, desconsiderável no plano cultural do país.

Mas nem tudo é assim disfarçado. Quando meia dúzia de gatos pingados moradores de um bairro nobre de São Paulo (já houve isso no Rio também), enxergando-se como melhores que os outros , atrevem-se a defender a tese de que uma estação de metrô – que serve ao deslocamento de multidões populares – não deve existir no seu bairro, porque a ele levará “pessoas indesejáveis” (rotuladas como “diferenciadas”), ou tirará a tranquilidade reinante ; quando mandatários políticos como o ex-governadores do Paraná ousam defender para si mesmos, como seres “escolhidos” que se consideram, aposentadorias vergonhosamente exclusivas, à custa do dinheiro do povo; quando vereadores do Rio de Janeiro – representantes populares – atribuem-se uma posição social que exigiria a compra de carros de luxo para o exercício de suas funções; quando aquele desembargador do Piauí acha que deve diminuir o seu horário do trabalho por causa do calor que torna suas atividades “impraticáveis”; quando ainda vivemos em uma sociedade que contempla pessoas nada excelentes com títulos do tipo “Vossa Excelência”, “Vossa Magnificência” e outras do gênero; quando, enfim, exemplos como esse se multiplicam, só o mais empedernido dos alienados é que se pode imaginar vivendo em um espaço de democracia.

E a sociedade vai, assim, fincando suas bases contemporâneas: status e celebridade constituem os maiores (às vezes únicos) objetivos pessoais a serem alcançados, ainda que à custa de práticas pouco éticas, nada saudáveis.

Convido-os a analisar o verdadeiro bombardeio que sofremos diuturnamente com as campanhas publicitárias que exaltam a importância de ser “o melhor”. Creio que é matéria para um artigo inteiro... É aquela do cara que não é ninguém porque não é um “ligador” (leia-se, não gasta dinheiro com as baboseiras que os celulares impõem); ou aquela, da mesma linha, do sujeito que bota fogo no próprio carro porque inveja o modelo mais novo do outro.. .

Vivemos, mais do que sempre, a sedução do “ter” como superior ao “ser”. Somos as marcas que ostentamos. O caso do Maracanã, a que eu retorno para fechar essas considerações, parece não ter nada a ver com isso, mas acho que tem. Talvez se esteja criando – e com dinheiro público mal gasto - um novo tipo de privilegiados, algo inconcebível há alguns anos: uma minoria de felizes cidadãos que vão poder levar seus filhos a um estádio de futebol... E talvez, nesse futuro não tão longínquo, os alto-falantes do estádio venham a anunciar, em som cristalino : “A SUDERJ informa: sai o povo, entram as elites...”.
Radio XFM Direto da Redação


http://feeds.feedburner.com/RadioXfm989Sp-br

Na semana que sites foram atacados no Brasil, veja Fato curioso Notícias sobre hacker

Amigos internautas veja site abaixo curioso, e se for  não comico na internet Brasileira veja abaixo isso e chamar os Brasileiro de burros ,as leis que serve para ze não serve para o mané

rfc-ignorant.org é a câmara de compensação para sites que pensam que as regras da internet não se aplicam a eles.


Mantemos um número de listas (actualmente "dsn", "abuso", "postmaster", "bogusmx", e "whois") que contêm domínios ou redes IP cujos administradores optar por não obedecer às RFCs, o bloco de construção "regras "da rede.



É importante notar que nada obriga NINGUÉM a cumprir uma RFC (pedantemente "Request for Comments" a), no entanto, a "interoperabilidade cooperativa" a rede tem desfrutado baseia-se todos tiverem a "livro de regras" e mesmo que se lhe segue. A lista aqui simplesmente significa que um site optou por não implementar as condições descritas em um RFC particular. É, claro, até outros sites para decidir por si mesmos ou não querem se comunicar com sites que não tenham escolhido para implementar, digamos, RFC2142, e tem um trabalho "abuse @ domínio" de endereço.



Dito de outra forma, rfc-ignorant.org não bloqueia ninguém. Nós documentamos que optou por não implementar certos protocolos descritos na RFCs, e fornecer um meio para permitir que as pessoas para determinar por si mesmos se quiserem se comunicar com sistemas não compatíveis.



Os links a sua esquerda em detalhe "Listagem Política" os critérios para qualquer determinada zona, e também incluem os números específicos RFC que são usados ​​para determinar a política nele contidas.



$ Id: index.php, v 1,16 2008/10/13 14:56:58 Exp Dredd rfc-ignorant.org is the clearinghouse for sites who think that the rules of the internet don't apply to them.


We maintain a number of lists (at present "dsn", "abuse", "postmaster", "bogusmx", and "whois") which contain domains or IP networks whose administrators choose not to obey the RFCs, the building block "rules" of the net.



It is important to note that NOTHING requires ANYONE to comply with an RFC (pedantically a "Request for Comments"), however, the "cooperative interoperability" the net has enjoyed is based upon everyone having the same "rule book" and following it. A listing here simply implies that a site has chosen not to implement the conditions described in a particular RFC. It is, of course, up to other sites to decide for themselves whether or not they wish to communicate with sites that have not chosen to implement, say, RFC2142, and have a working "abuse@domain" address.



Put another way, rfc-ignorant.org does not block anyone. We document who has chosen not to implement certain protocols described in the RFCs, and provide a means for allowing people to determine for themselves if they wish to communicate with non-compliant systems.



The links to your left under "Listing Policy" detail the criteria for any given zone, and also include the specific RFC numbers that are used for determining the policy contained therein.



$Id: index.php,v 1.16 2008-10-13 14:56:58 dredd Exp $




http://www.rfc-ignorant.org/

whois.rfc-ignorant.org


br (Rejected From Listing)

Submitted 06/10/2005 17:21:39

Rejected 06/21/2005 07:05:47 by hildeb

Submitted by: 199.184.245.66

Evidence:


% whois.registro.br accepts only direct match queries.

% Types of queries are: domains (.BR), BR POCs, CIDR blocks,

% IP and AS numbers.

"

All attempts to lookup any "POC"'s are responded to with "% Permission denied"



Thus despite the stated policy, no contact data is made available.



First to show the "sameness" of the hosts whois.nic.br and whois.registro.br



% host -t a whois.nic.br

whois.nic.br has address 200.160.2.3



% host -t a whois.registro.br

whois.registro.br is an alias for registro.br.

registro.br has address 200.160.2.3

whois.registro.br is an alias for registro.br.

registro.br has IPv6 address 2001:12ff:0:2::3

whois.registro.br is an alias for registro.br.

registro.br mail is handled by 1 clone.registro.br.

registro.br mail is handled by 5 fe.registro.br.



So both are names for the IP address 200.160.2.3, since the whois protocol

functions by IP only (unlike HTTP), the results are not dependent on the

hostname used.



Examples:



--- First a domain ---

% whois -h whois.registro.br cert.br



% Copyright registro.br

% The data below is provided for information purposes

% and to assist persons in obtaining information about or

% related to domain name and IP number registrations

% By submitting a whois query, you agree to use this data

% only for lawful purposes.

% 2005-06-10 18:01:31 (BRT -03:00)



domain: cert.br

owner: Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR

ownerid: 005.506.560/0001-36

responsible: Rogério Santanna dos Santos

address: Av. das Nações Unidas, 11541, 7º andar

address: 04578-000 - São Paulo - SP

phone: (11) 55093511 []

owner-c: FAN

admin-c: FAN

tech-c: KLS30

billing-c: FAN

nserver: woq.cert.br 200.160.7.2

nsstat: 20050609 AA

nslastaa: 20050609

nserver: ns.dns.br

nsstat: 20050609 AA

nslastaa: 20050609

nserver: ns2.dns.br

nsstat: 20050609 AA

nslastaa: 20050609

created: 20050322 #2061502

changed: 20050524

status: published



nic-hdl-br: FAN

person: Frederico Augusto de Carvalho Neves

e-mail: fneves@registro.br
Veja data da crição
created: 19971217


changed: 20030721




nic-hdl-br: KLS30

person: Klaus Steding-Jessen

e-mail: jessen@nic.br

created: 20020426

changed: 20020426



remarks: Security issues should also be addressed to

remarks: cert@cert.br, http://www.cert.br/

remarks: Mail abuse issues should also be addressed to

remarks: mail-abuse@cert.br



% whois.registro.br accepts only direct match queries.

% Types of queries are: domains (.BR), BR POCs, CIDR blocks,

% IP and AS numbers.



----- Now each of the listed "POC"'s -----

% whois -h whois.registro.br FAN



% Copyright registro.br

% The data below is provided for information purposes

% and to assist persons in obtaining information about or

% related to domain name and IP number registrations

% By submitting a whois query, you agree to use this data

% only for lawful purposes.

% 2005-06-10 18:02:56 (BRT -03:00)



% Permission denied.



remarks: Security issues should also be addressed to

remarks: cert@cert.br, http://www.cert.br/

remarks: Mail abuse issues should also be addressed to

remarks: mail-abuse@cert.br



% whois.registro.br accepts only direct match queries.

% Types of queries are: domains (.BR), BR POCs, CIDR blocks,

% IP and AS numbers.



% whois -h whois.registro.br KLS30



% Copyright registro.br

% The data below is provided for information purposes

% and to assist persons in obtaining information about or

% related to domain name and IP number registrations

% By submitting a whois query, you agree to use this data

% only for lawful purposes.

% 2005-06-10 18:03:20 (BRT -03:00)



% Permission denied.



remarks: Security issues should also be addressed to

remarks: cert@cert.br, http://www.cert.br/

remarks: Mail abuse issues should also be addressed to

remarks: mail-abuse@cert.br



% whois.registro.br accepts only direct match queries.

% Types of queries are: domains (.BR), BR POCs, CIDR blocks,

% IP and AS numbers.



--------------------------------------------------------------------------------

Another example - this one a private company



% whois -h whois.registro.br telesp.com.br



% Copyright registro.br

% The data below is provided for information purposes

% and to assist persons in obtaining information about or

% related to domain name and IP number registrations

% By submitting a whois query, you agree to use this data

% only for lawful purposes.

% 2005-06-10 18:09:50 (BRT -03:00)



domain: telesp.com.br

owner: TELECOMUNICACOES DE SAO PAULO S.A. - TELESP

ownerid: 002.558.157/0001-62

responsible: Luiz A. P. Lopes

address: Rua Martiniano de Carvalho, 851,

address: 01321-001 - Sao Paulo - SP

phone: (11) 3156-0100 []

owner-c: LAL456

admin-c: ACR284

tech-c: LAL456

billing-c: LAL303

nserver: themis.telesp.com.br 200.205.125.57

nsstat: 20050609 AA

nslastaa: 20050609

nserver: atlas.telesp.com.br 200.205.125.58

nsstat: 20050609 AA

nslastaa: 20050609

created: 19960828 #15053

updated: 19980312

changed: 20040805

status: published



nic-hdl-br: ACR284

person: AGDA CONT RAPOSO

e-mail: gestaoip@telesp.com.br

created: 20021107

changed: 20040219



nic-hdl-br: LAL303

person: Luis Antonio Lombardi

e-mail: jgriguli@telefonica.com.br

created: 20020916

changed: 20041221



nic-hdl-br: LAL456

person: Luiz A. P. Lopes

e-mail: gestaoip@telesp.com.br

created: 20040628

changed: 20040628



remarks: Security issues should also be addressed to

remarks: cert@cert.br, http://www.cert.br/

remarks: Mail abuse issues should also be addressed to

remarks: mail-abuse@cert.br



----- Now, again each "POC" and the CIDR block -----

% whois -h whois.registro.br LAL303



% Copyright registro.br

% The data below is provided for information purposes

% and to assist persons in obtaining information about or

% related to domain name and IP number registrations

% By submitting a whois query, you agree to use this data

% only for lawful purposes.

% 2005-06-10 18:10:00 (BRT -03:00)



% Permission denied.



remarks: Security issues should also be addressed to

remarks: cert@cert.br, http://www.cert.br/

remarks: Mail abuse issues should also be addressed to

remarks: mail-abuse@cert.br



% whois.registro.br accepts only direct match queries.

% Types of queries are: domains (.BR), BR POCs, CIDR blocks,

% IP and AS numbers.



% whois -h whois.registro.br ACR284



% Copyright registro.br

% The data below is provided for information purposes

% and to assist persons in obtaining information about or

% related to domain name and IP number registrations

% By submitting a whois query, you agree to use this data

% only for lawful purposes.

% 2005-06-10 18:12:27 (BRT -03:00)



% Permission denied.



remarks: Security issues should also be addressed to

remarks: cert@cert.br, http://www.cert.br/

remarks: Mail abuse issues should also be addressed to

remarks: mail-abuse@cert.br



% whois.registro.br accepts only direct match queries.

% Types of queries are: domains (.BR), BR POCs, CIDR blocks,

% IP and AS numbers.



% whois -h whois.registro.br LAL456



% Copyright registro.br

% The data below is provided for information purposes

% and to assist persons in obtaining information about or

% related to domain name and IP number registrations

% By submitting a whois query, you agree to use this data

% only for lawful purposes.

% 2005-06-10 18:12:59 (BRT -03:00)



% Permission denied.



remarks: Security issues should also be addressed to

remarks: cert@cert.br, http://www.cert.br/

remarks: Mail abuse issues should also be addressed to

remarks: mail-abuse@cert.br



% whois.registro.br accepts only direct match queries.

% Types of queries are: domains (.BR), BR POCs, CIDR blocks,

% IP and AS numbers.



Fonte
http://www.rfc-ignorant.org/


http://feeds.feedburner.com/RadioXfm989Sp-br