Avião militar francês sai da França em direção à cidade líbia de Benghazi, ainda em poder dos rebeldes
Foto: Reuters
Reduzir Normal Aumentar Imprimir Aviões de combate franceses dispararam contra as forças blindadas leais ao líder líbio, Muammar Kadafi, anunciou o canal de televisão Al Jazeera. Citando fontes dos rebeldes, a cadeia afirmou que os aviões destruíram pelo menos quatro carros de combate, e não forneceu mais detalhes.
Abdelkrim Mohammed, um opositor ao regime de Trípoli, anunciou na mesma emissora que as perdas das forças governamentais líbias são maiores, mas não foram ainda quantificadas. A Al Jazeera assinalou que os blindados das forças de Kadafi foram destruídos no sudoeste da cidade de Benghazi, a segunda metrópole do país e o principal bastião dos rebeldes.
Ao término de uma cúpula sobre a Líbia realizada em Paris, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou que as operações militares tinham começado no início da tarde e o Estado-Maior do Exército francês confirmou que aviões de combate Rafale estavam sobrevoando o território líbio. A Al Jazeera confirmou que como consequência dos bombardeios 26 pessoas morreram e outras 40 ficaram feridas.
Por outro lado, o Conselho Transitório Líbio (CNT), órgão político dos rebeldes presidido pelo antigo ministro da Justiça, Mustafa Abdel Jalil, anunciou em comunicado divulgado por emissoras de televisão árabes, a decisão de iniciar uma entidade financeira e uma sociedade que se encarreguem do setor petroleiro líbio.
Cindida entre rebeldes e forças de Kadafi, Líbia mergulha em guerra civil
Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Entretanto, enquanto os casos tunisiano e egípcio evoluíram e se resolveram principalmente por meio protestos pacíficos, a situação da Líbia tomou contornos bem distintos, beirando uma guerra civil.
Após semanas de violentos confrontos diários em nome do controle de cidades estratégicas, a Líbia se encontrava atualmente dividida entre áreas dominadas pelas forças de Kadafi e redutos da resistência rebeldes. Mais recentemente, no entanto, os revolucionários viram seus grandes avanços a locais como Sirte e o porto petrolífero de Ras Lanuf serem minados no contra-ataque de Kadafi, que retomou áreas no centro da Líbia e se aproxima das portas de Benghazi, a capital da resistência rebelde, no leste líbio.
Essa contra-ofensiva governista mudou a postura da comunidade internacional. Até então adotando medidas mais simbólicas que efetivas, ao Conselho de Segurança da ONU aprovou em 17 de março a determinação de uma zona de exclusão aérea na Líbia. A iminência de uma interferência internacional, muitas vezes requisitada pela resistência rebelde, fez com que Kadafi anunciasse um cessar-fogo, mas confrontos persistem. Mais de mil pessoas morreram e dezenas de milhares já fugiram do país.
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Foto: Reuters
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Abdelkrim Mohammed, um opositor ao regime de Trípoli, anunciou na mesma emissora que as perdas das forças governamentais líbias são maiores, mas não foram ainda quantificadas. A Al Jazeera assinalou que os blindados das forças de Kadafi foram destruídos no sudoeste da cidade de Benghazi, a segunda metrópole do país e o principal bastião dos rebeldes.
Ao término de uma cúpula sobre a Líbia realizada em Paris, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou que as operações militares tinham começado no início da tarde e o Estado-Maior do Exército francês confirmou que aviões de combate Rafale estavam sobrevoando o território líbio. A Al Jazeera confirmou que como consequência dos bombardeios 26 pessoas morreram e outras 40 ficaram feridas.
Por outro lado, o Conselho Transitório Líbio (CNT), órgão político dos rebeldes presidido pelo antigo ministro da Justiça, Mustafa Abdel Jalil, anunciou em comunicado divulgado por emissoras de televisão árabes, a decisão de iniciar uma entidade financeira e uma sociedade que se encarreguem do setor petroleiro líbio.
Cindida entre rebeldes e forças de Kadafi, Líbia mergulha em guerra civil
Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Entretanto, enquanto os casos tunisiano e egípcio evoluíram e se resolveram principalmente por meio protestos pacíficos, a situação da Líbia tomou contornos bem distintos, beirando uma guerra civil.
Após semanas de violentos confrontos diários em nome do controle de cidades estratégicas, a Líbia se encontrava atualmente dividida entre áreas dominadas pelas forças de Kadafi e redutos da resistência rebeldes. Mais recentemente, no entanto, os revolucionários viram seus grandes avanços a locais como Sirte e o porto petrolífero de Ras Lanuf serem minados no contra-ataque de Kadafi, que retomou áreas no centro da Líbia e se aproxima das portas de Benghazi, a capital da resistência rebelde, no leste líbio.
Essa contra-ofensiva governista mudou a postura da comunidade internacional. Até então adotando medidas mais simbólicas que efetivas, ao Conselho de Segurança da ONU aprovou em 17 de março a determinação de uma zona de exclusão aérea na Líbia. A iminência de uma interferência internacional, muitas vezes requisitada pela resistência rebelde, fez com que Kadafi anunciasse um cessar-fogo, mas confrontos persistem. Mais de mil pessoas morreram e dezenas de milhares já fugiram do país.
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