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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Dilma diz que reagiu a ataque de mulher de Serra

 
Em Brasília, Dilma Rousseff participou de um evento organizado pela militância do PT em comemoração ao Dia das Crianças
Foto: Ichiro Guerra/Divulgação

Direto de Brasília
A candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, negou nesta terça-feira (12) que tenha atacado a família do tucano José Serra, como o próprio presidenciável reclamou ontem. A ex-ministra, que participou de um evento organizado pela militância do PT em comemoração ao Dia das Crianças em Brasília, relembrou que a referência que fez à mulher do tucano, Mônica, no último domingo durante debate na TV Bandeirantes, não configurava um ataque, e sim uma resposta à acusação de que ela, candidata, seria a favor de "matar criancinhas".
Dilma também negou que tenha optado por uma campanha mais agressiva no segundo turno, como verificado no debate da Band. "Não usaria a palavra agressiva. Diria mais assertiva porque não houve nenhum ataque pessoal, houve afirmação de proposta. Agressiva (a campanha) ela esteve no primeiro turno quando houve uma campanha de boatos e quando as pessoas que acusavam não apareciam. Fui atacada de forma clara", relatou.
"Quem deixou claro que eu estava sendo atacada foram até vocês jornalistas, que registraram em todos os jornais há um mês a fala da senhora Mônica Serra contra mim. E não era uma fala suave. Era a fala de que a Dilma é a favor de matar criancinhas. De fato, um absurdo notório. Então, eu não acusei ninguém de nada. Constatei o que vocês noticiaram e está gravado", completou a candidata, que considerou normal uma mudança de postura dela entre o primeiro e o segundo turnos.
"A campanha mudou saindo do primeiro turno, que geralmente é um quadro que tem vários candidatos, que esses candidatos dificilmente conseguem um processo de esclarecimento. Vocês mesmo chamam de debate morno. Muda porque são dois candidatos, um na frente do outro, olho no olho. As propostas têm de ser claras e as diferenças também", ressaltou.
Adoção
Em tom propositivo, Dilma Rousseff defendeu, nesta terça-feira, uma melhor estrutura para varas de infância a fim de que processos de adoção, que têm trâmite de cerca de um ano, possam ser abreviados. Ela relembrou ainda as propostas de construir seis mil creches em todo o Brasil e de implantar políticas de assistência aos dependentes de crack.
"O Brasil do futuro depende das crianças, depende das creches. Esse meu compromisso é um compromisso de honra, de transformar o nosso país através das crianças e garantir a elas o futuro de oportunidade, que elas a partir do governo Lula começaram a ter", disse.
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