“O problema é antigo, mas o descaso é sempre atual”, foram as palavras de Maria de Oliveira Alcântara, moradora do Conjunto Habitacional Primavera, no Jardim Branca Flor,
em Itapecerica da Serra, para resumir à reportagem da Gazeta SP, a atual situação que se encontra uma das sete residências que formam o Condomínio, na zonal sul da cidade. Assustados com as rachaduras, infiltrações e o constante medo de presenciar uma grande tragédia, os moradores buscam junto à prefeitura uma solução para o caso que, há dois anos, coloca em risco a vida de mais de 50 pessoas que moram no local.
O dilema dos moradores do Primavera começou quando a prefeitura ordenou a remoção das famílias, que habitavam em uma área de risco no bairro, e foram destinadas para o conjunto de casas. De lá para cá, o tormento cresceu junto aos problemas. Com rachaduras de até 10 centímetros de largura, que já invadiram os demais cômodos das casas, o risco de desabamento agora se reforça com a infiltração da água da chuva e de todo o encanamento que abastece o consumo diário das famílias. A moradora Marcela dos Santos, disse que “a prefeitura já foi avisada por diversas vezes”, porém os funcionários “vem aqui, dizem que vão resolver e há dois anos estamos vivendo sem saber se a casa vai cair ou não”.
Embora seja desconhecida pelas autoridades, a causa das rachaduras e infiltrações no Primavera, podem ter surgido quando o Departamento de Estrada e Rodagens de São Paulo (Dersa) deu iniciou ao processo de aterramento do leito do rio Embu-Mirim (que corta os municípios de Embu das Artes e Itapecerica) para receber as obras do trecho sul do Rodoanel paulista, segundo apurou a reportagem. Com o impacto no solo, as residências sofreram abalo na estrutura e a manifestação da irregularidade veio por meio das rachaduras. A reportagem tentou contato com a assessoria da Dersa para confirmar a informação, porém até o fechamento desta edição não obteve resposta.
De acordo com o levantamento junto ao Departamento de Cadastro Imobiliário da Prefeitura de Itapecerica, as famílias que ocupam as residências do Primavera recolhem anualmente o Imposto Predial Territorial e Urbano (IPTU) e os custos com concessionárias que fornecem água e energia elétrica também são pagas normalmente, o que garante o direito de remoção em caso de risco iminente à vida dos moradores. Em nota, a prefeitura negou que não tenha atendido a solicitação dos moradores e afirmou que em caso de problemas na estrutura das residências os envolvidos “devem procurar o Departamento Municipal de Habitação”.
O jogo de empurra, mais cedo ou mais tarde, é certo que provocará prejuízos sempre para quem está na outra ponta do problema. Neste caso, a população, que paga seus impostos, tornam-se impotentes e reféns do descaso público. Da mesma maneira que atendeu a reportagem, denunciando a “desatenção dos governantes”, Dona Maria fala sobre a triste realidade: “quando cair as sete casas aqui e morrer todo mundo, a prefeitura vai dizer para vocês (imprensa) que todo mundo se negou a sair”.
em Itapecerica da Serra, para resumir à reportagem da Gazeta SP, a atual situação que se encontra uma das sete residências que formam o Condomínio, na zonal sul da cidade. Assustados com as rachaduras, infiltrações e o constante medo de presenciar uma grande tragédia, os moradores buscam junto à prefeitura uma solução para o caso que, há dois anos, coloca em risco a vida de mais de 50 pessoas que moram no local.
O dilema dos moradores do Primavera começou quando a prefeitura ordenou a remoção das famílias, que habitavam em uma área de risco no bairro, e foram destinadas para o conjunto de casas. De lá para cá, o tormento cresceu junto aos problemas. Com rachaduras de até 10 centímetros de largura, que já invadiram os demais cômodos das casas, o risco de desabamento agora se reforça com a infiltração da água da chuva e de todo o encanamento que abastece o consumo diário das famílias. A moradora Marcela dos Santos, disse que “a prefeitura já foi avisada por diversas vezes”, porém os funcionários “vem aqui, dizem que vão resolver e há dois anos estamos vivendo sem saber se a casa vai cair ou não”.
Embora seja desconhecida pelas autoridades, a causa das rachaduras e infiltrações no Primavera, podem ter surgido quando o Departamento de Estrada e Rodagens de São Paulo (Dersa) deu iniciou ao processo de aterramento do leito do rio Embu-Mirim (que corta os municípios de Embu das Artes e Itapecerica) para receber as obras do trecho sul do Rodoanel paulista, segundo apurou a reportagem. Com o impacto no solo, as residências sofreram abalo na estrutura e a manifestação da irregularidade veio por meio das rachaduras. A reportagem tentou contato com a assessoria da Dersa para confirmar a informação, porém até o fechamento desta edição não obteve resposta.
De acordo com o levantamento junto ao Departamento de Cadastro Imobiliário da Prefeitura de Itapecerica, as famílias que ocupam as residências do Primavera recolhem anualmente o Imposto Predial Territorial e Urbano (IPTU) e os custos com concessionárias que fornecem água e energia elétrica também são pagas normalmente, o que garante o direito de remoção em caso de risco iminente à vida dos moradores. Em nota, a prefeitura negou que não tenha atendido a solicitação dos moradores e afirmou que em caso de problemas na estrutura das residências os envolvidos “devem procurar o Departamento Municipal de Habitação”.
O jogo de empurra, mais cedo ou mais tarde, é certo que provocará prejuízos sempre para quem está na outra ponta do problema. Neste caso, a população, que paga seus impostos, tornam-se impotentes e reféns do descaso público. Da mesma maneira que atendeu a reportagem, denunciando a “desatenção dos governantes”, Dona Maria fala sobre a triste realidade: “quando cair as sete casas aqui e morrer todo mundo, a prefeitura vai dizer para vocês (imprensa) que todo mundo se negou a sair”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
www.xfm.com.br