Em pronunciamento, Angela Merkel defendeu a ordem de fechamento das sete usinas mais antigas da Alemanha
Foto: AFP
Reduzir Normal Aumentar Imprimir A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, respaldou nesta quinta-feira a legalidade da moratória à lei de prolongamento da vida útil das usinas nucleares e defendeu a ordem de fechamento das sete usinas mais antigas do país, bem como um abandono gradual da energia atômica em prol das fontes renováveis. Merkel destacou sua intenção de fomentar o debate sobre a segurança nuclear no seio da União Europeia (UE), elogiou a iniciativa de Bruxelas para realizar testes em todas as usinas nucleares do bloco e comentou que este tema será prioridade da próxima cúpula do organismo.
"Precisamos em toda a União Europeia de altos padrões de segurança", afirmou Merkel em declarações de governo ao parlamento (Bundestag) para explicar a moratória anunciada por seu Gabinete e comentar os trágicos fatos no Japão. "A catástrofe no Japão tem medidas apocalípticas", exclamou a chanceler no início de seu discurso parlamentar, reconhecendo que suas consequências "são imprevisíveis", e garantiu o apoio do povo alemão e toda a ajuda possível às autoridades japonesas.
Ela indicou que a moratória nuclear de três meses e o desligamento das sete usinas atômicas mais antigas do país da rede nacional é uma medida "preventiva", que tem base na lei nuclear alemã e a finalidade de verificar a segurança das instalações atômicas. A decisão de desligar as usinas da rede foi influenciada pela atual crise nuclear japonesa, provocada pelo terremoto seguido de tsunami que atingiu o nordeste do Japão e danificou o complexo atômico de Fukushima, cujos reatores explodiram.
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