Tonico & Tinoco foi uma dupla sertaneja brasileira, considerada a mais importante da história da música brasileira e a de maior referência. Em 60 anos de carreira, Tonico e Tinoco realizaram quase 1000 gravações, divididas em 83 discos. As gravadoras a que eles pertenceram já lançaram no mercado um total de 60 discos. Tonico e Tinoco venderam mais de 150 milhões de cópias, realizando cerca de 40.000 apresentações em toda a carreira.[1HistóriaO gosto pela música veio dos avós maternos Olegário e Izabel, que alegravam a colônia com suas canções, ao som de uma antiga sanfona. A primeira música que aprenderam foi “Tristeza do Jéca” em 1925. Em 15 de agosto de 1935 fizeram a primeira apresentação profissional. Cantaram na Festa de Aparecida de São Manuel, onde milhares de pessoas de todo o Brasil visitam o segundo Santuário dedicado à Padroeira do Brasil. Junto com o primo Miguel, formavam o "Trio da Roça".
Em 1931, Tonico & Tinoco moravam em Botucatu (SP), na fazenda Vargem Grande, de Petraca Bacci, com os pais, Salvador Perez - um espanhol de Léon, chegado ao Brasil criança, em 1892 e Maria do Carmo, uma brasileira descendente de negros com bugres. A exemplo de outras crianças da época, os dois garotos, mal aprenderam a falar, já eram cantadores das modas de viola. Aprendiam as letras com Virgílio de Souza, violeiro das redondezas. Num baile que Tonico conheceu e apaixonou-se por Zula, filha do administrador da fazenda, Antônio Vani. O pai proibiu o namoro e magoado, Tonico compôs “Cabocla”.
Como não havia rádio na região, o conjunto ficou famoso. Mas Tonico & Tinoco só cantavam em dupla nas horas vagas ou nas folgas do trabalho, quando a turma parava para tomar café. Cantavam as modas de viola de Jorginho do Sertão, um autor imaginário, que utilizavam para assinar suas canções, que falava da crise no país com as revoluções de 1930 e 1932.
No fim do ano agrícola de 1937, os Pérez decidiram, com outras famílias, tentar a vida na cidade de Sorocaba (SP). As irmãs Antonia, Rosalina e Aparecida foram trabalhar na fábrica de tecidos Santa Maria. Tonico foi ser servente na Pedreira Santa Helena, fábrica do cimento Votorantim. Tinoco virou engraxate na Estação Sorocabana e Chiquinho engajou-se na construção da Rodovia Raposo Tavares, que liga o sul de São Paulo ao Mato Grosso do Sul. A crise econômica do país chega ao auge. Getúlio Vargas implanta a ditadura do Estado Novo. Adolf Hitler invade e ocupa a Tchecoslováquia e depois a Polônia. Começa a Segunda Guerra Mundial. A vida em Sorocaba fica insuportável, nada dá certo para os Pérez e eles decidem retornar ao campo, agora para a fazenda São João Sintra, em São Manuel (SP).
A volta, contudo, possibilitou aos irmãos Perez a primeira chance de cantar numa Rádio. O administrador da fazenda, José Augusto Barros, levou-os para cantar na Rádio Clube de São Manuel - ainda hoje lá, na rua Coronel Rodrigues Alves, no centro da cidade. Assim, até o final de 1940, eles ficam trabalhando na roça durante a semana e aos domingos cantam na emissora da cidade. Só por amor à arte, sem ganhar. As dificuldades levaram os Pérez a uma derradeira migração.
Em janeiro de 1941 chegam, de mala e cuia - quatro sacos com os “trens” de cozinha e duas trouxas de roupa - a São Paulo. À falta de profissão, as meninas foram trabalhar em casa de família, Tinoco num depósito de ferro-velho, Chiquinho na metalúrgica São Nicolau e Tonico, sem outra alternativa, comprou uma enxada e foi ser diarista nas chácaras do bairro de Santo Amaro.
Os tempos duros da cidade grande tinham lá sua compensação, principalmente nos domingos, quando a família ia ao circo, na rua Lins de Vasconcelos no então pacato bairro do Cambuci. Num desses espetáculos, os manos conheceram pessoalmente Raul Torres e Florêncio, a dupla de violeiros mais famosa de São Paulo e que depois,com Rielli na sanfona, formaram na Rádio Record o famoso trio "Os Três Batutas do Sertão”.
Em São Paulo, inscreveram-se no programa de calouros comandado por Chico Carretel (Durvalino Peluzo), na Rádio Emissora de Piratininga. O capitão Furtado, que estava sem violeiro em seu programa Arraial da Curva Torta, na Rádio Difusora, promoveu então concurso para preencher a vaga: os dois irmãos, formando a dupla Irmãos Perez, cantaram o cateretê "Tudo tem no sertão" (Tonico). Classificados para a final, interpretaram de Raul Torres e Cornélio Pires, (esse último um radialista e pesquisador que foi pioneiro no estudo da vida sertaneja, especialmente a paulista, e que deixou uma extensa obra a respeito.) "Adeus Campina da Serra". Quando terminaram, o auditório aplaudiu de pé, em meio a lágrimas. Todos pediam bis àquela dupla que cantava diferente, com afinação, fino e alto. Todos os outros violeiros foram abraçá-los. O cronômetro marcava 190 segundos de aplausos, contra apenas 90 segundos da dupla segundo colocada.
No dia seguinte o Trio da Roça estava contratado pela Rádio Difusora, que naquele período havia sido comprada pela Tupi FM, parte de ofensiva do jornalista Assis Chateaubriand para formar uma poderosa rede de veículos de comunicação - os Diários e Emissoras Associados. Três meses depois o contrato foi renovado por dois anos e o salário foi acertado em cruzeiros, a nova moeda que aposentara os réis. Eram 1.200,00 uma fortuna, comparado ao salário mínimo, da época, de 280,00. Já sem o primo Miguel, eles eram apenas os irmãos Pérez. Um dia, durante um ensaio do programa Arraial da Curva Torta, o Capitão Furtado - de batismo Arioswaldo Pires, sobrinho de Cornélio Pires , apresentador do programa e também lendário divulgador da música sertaneja - disse que uma dupla tão original, com vozes gêmeas, não poderia ter nome espanhol. Batizou-os, na hora, de Tonico & Tinoco.
A divulgação nos programas da rádio transformava a dupla em sucesso imediato, fazendo surgir dezenas de convites para shows. A primeira apresentação dessas foi no cine Catumbi, em São Paulo, hoje transformado em uma casa de forró sertanejo. Depois rumaram para o interior, em excursões que demoravam semanas. Apresentavam-se em cinemas, clubes e até em pátios vazios de armazéns. Quando terminaram a primeira excursão, no Circo Biriba, em Ribeirão Preto, fizeram a partilha do lucro: quatro mil e quinhentos cruzeiros para cada um.
A dupla estreou em disco, na Continental, em 1944, com o cateretê "Em vez de me agradecê" (Capitão Furtado, Jaime Martins e Aimoré), que foi lançada em 1945. Na gravação de "Invés de me agardecê" ocorreu um fato inusitado, pois eles a gravaram e em seguida, quando foram gravar o lado B do disco soltaram a voz tão alto, da forma como cantavam lá na roça e estouraram o microfone . Como o processo de gravação era algo muito caro, o disco saiu apenas com um lado, mas como punição a dupla precisou ficar seis meses fazendo aula de canto para educar a voz e voltar a gravar. Por isso que o lançamento do primeiro 78 rpm para o segundo é curto pois eles gravaram a primeira moda ainda em 1944.
Bem sucedida com essa gravação, que serviu de teste, gravou seu primeiro disco completo, a moda de viola Sertão do Laranjinha, motivo popular adaptado pela dupla e Capitão Furtado, e "Percorrendo o meu Brasil" (com João Merlini), que foi sucesso imediato. No ano seguinte (1946) o sucesso definitivamente chegou com "Chico Mineiro" (Tonico/Francisco Ribeiro).
Com o sucesso de “Chico Mineiro” a dupla consagrou-se definitivamente e tornou-se a dupla sertaneja mais famosa do Brasil. Uma curiosidade: quando Tonico & Tinoco foram gravar “Chico Mineiro” a gravadora havia informado que esse seria o último disco da dupla, pois eles já haviam gravado 5 discos e existia sempre uma reclamação dos ouvintes com relação a dupla, alegavam que não era possível entender a pronuncia deles nas letras das músicas, os fãs não entendiam o que eles estavam dizendo, aí surgiu “Chico Mineiro” e tudo mudou, inclusive com o dinheiro que eles ganharam com essa música conseguiram comprar sua 1ª casa para viver com a família. Desde então, tornou-se a dupla sertaneja mais famosa do país.
Ao final da Segunda Guerra Mundial, o número de emissoras de rádio saltou para 117, e os aparelhos receptores eram 3 milhões. Tonico & Tinoco estão agora na Rádio Nacional de São Paulo onde nasceu um de seus mais marcantes programas. Um dia, o auditório estava ocupado com um ensaio e como eles precisavam entrar no ar, puxaram os microfones para fora e fizeram a apresentação do corredor. O locutor Odilon Araújo perguntou de onde o programa estava sendo transmitido e Tinoco respondeu: "Da Beira da Tuia". O nome ficou.
Apesar da popularidade o trabalho para dupla sertaneja era garantido, porém limitado aos circos somente. Felizmente nessa época apenas em São Paulo estavam baseados cerca de 200 circos que iam ao interior para apresentação dos ídolos sertanejos do rádio.
Em 1961 estreiam no Cinema com o filme “Lá no Meu Sertão” de Eduardo Llorente, filme baseado na vida e obra de Tonico & Tinoco. No final de 1960 a dupla recebera um golpe quase mortal, quando Tonico, tuberculoso desde 1940, precisou ser internado num hospital em Campos do Jordão (SP), cedendo lugar para o irmão Chiquinho tanto nos shows, quanto nos programas de rádio e gravações de discos. Tonico fez uma cirurgia e um tempo depois deixou o hospital com a certeza que não voltaria mais a cantar. Tinoco, através da Rádio Nacional onde faziam o programa, pediu para os fãs rezarem pela saúde de Tonico, o qual ficou curado, e voltou a cantar com mais força e beleza. Em devoção a Nossa Senhora Aparecida, a quem a dupla atribuiu sua cura, construíram na Vila Diva em São Paulo (SP) uma capelinha que recebe romeiros e devotos até hoje.
Em 1965 filmam “Obrigado à Matar” de Eduardo Llorente, um filme baseado na lenda do Chico Mineiro. Ano de 1969, novas mudanças na carreira de Tonico & Tinoco, eles estreiam na Rádio Bandeirantes onde permanecem até 1983.
No cinema, em 1969, fizeram “A Marca da Ferradura” de Nelson Teixeira Mendes. Em 1970 Tonico & Tinoco resolvem lançar um LP intitulado “Recordando Raul Torres” em homenagem ao cantor. Conseguiram a autorização para gravar as músicas, entre elas, “Moda da Mula Preta”, “Pingo d´Agua” e “Chico Mulato” (Raul Torres/João Pacífico), mas infelizmente Raul Torres não chegou a ouvir as gravações, tendo falecido dois meses antes.
Gravaram em referência a famosa estrada do norte do Brasil, “Transamazônica” (Tonico/Caetano Erba) e em homenagem a sua terra natal, São Manuel (SP) “Minha Terra, Minha Gente” (Tonico). Filmaram ainda nesse ano “Os Três Justiceiros” de Eduardo Llorente, uma espécie de bang bang, sem muito sucesso.
Em 1972, já com um enorme prejuízo, filmam “Luar do Sertão” de Osvaldo de Oliveira e desistem da carreira de atores. Quase faliram nessa incursão pelo cinema. Mazzaropi fazia sucesso e fortuna pois produzia, distribuía e fiscalizava seus filmes, já Tonico & Tinoco sem condições de ter um fiscal na porta de cada cinema onde seus filmes eram exibidos, foram passados para trás, arcando com um prejuízo imenso.
Em 1979, precisamente no dia 6 de junho, Tonico & Tinoco fazem o que nenhum caipira havia sonhado: apresentam-se no Teatro Municipal de São Paulo, num show de três horas que reúne um público recorde de 2.500 pessoas. Da beira da tuia, celeiros centenários onde cantavam no passado, os irmãos Perez chegavam a um dos mais famosos teatros do mundo, que até então só abria suas portas para óperas, balés e concertos eruditos. Permaneceram na Coninental até 1982, emplacando vários sucessos. Nesse ano resolvem ir para a gravadora Copacabana onde mudam seu repertório, passam a gravar músicas mais alegres, arrasta-pés divertidos e Nadir Perez, esposa de Tinoco passa a assinar várias músicas com a dupla. No ano de 1983 estreiam o programa “Na Beira da Tuia” na TV Bandeirantes e lançam o filme “O Menino Jornaleiro”, só que dessa vez como co-produtores.
Em 1984 participam do filme“A Marvada Carne” de André Klotzel, como convidados especiais
Em 1989 voltam para a Copacabana e gravam “Mãe Natureza” (Tinoco/José Carlos). Nesse disco Tonico já se encontrava bastante debilitado mas continuava sua carreira.
No ano de 1994 na Polygram com a produção de José Homero e Chitãozinho gravam seu último trabalho, onde destaca-se “Coração do Brasil” (Joel Marques/Maracaí) com participação especial de Chitãozinho & Xororó e Sandy & Júnior, e “Chora minha viola” (Nilsen Ribeiro/Geraldo Meirelles).
Apresentaram o Programa Na Beira da Tuia nas seguintes emissoras - Bandeirantes (1983),e SBT (1988), Cultura (Viola, Minha Viola). Realizaram grandes eventos, como: A Grande Noite da Viola, no Maracanãzinho/Rio de Janeiro(1981), Teatro Municipal de São Paulo (1979), Semana Cultural Tonico e Tinoco no Centro Cultural de São Paulo (1988) e o Troféu Tonico e Tinoco (1992). No mesmo ano, realizaram um show em conjunto com Chitãozinho e Xororó na cidade de São Bernardo do Campo (SP), onde foram prestigiados por mais 100.000 espectadores. Entre as inúmeras premiações destacamos: 04 Roquetes Pinto, Medalha Anchieta(Comenda da Cidade de São Paulo), Ordem do Trabalho (Ministro do Trabalho Almir Pazzianoto), Ordem do Mato Grosso (Comendador), Troféu Imprensa, 02 Prêmios Sharp de Música e o Prêmio Di Giorgio. O slogan "A Dupla Coração do Brasil", surgiu em 1951, quando o humorista Saracura resolveu batizá-los assim, pela interpretação de todos os ritmos regionais.
A dupla passou por todas as mudanças na música sertaneja, mas jamais mudou seu estilo, copiadíssimo durante as décadas de 1950 e 1960.
[editar] Morte de TonicoTonico (João Salvador Perez) faleceu no dia 13 de agosto de 1994, após uma queda da escada do prédio onde morava. O último show da Dupla Tonico & Tinoco foi na cidade mato-grossense de Juína, no dia 7 de agosto de 1994. Tinoco encontrou forças no apoio que recebeu dos fãs, e na saudade do companheiro que faleceu. Realizou mais de trinta apresentações contratadas anteriormente a morte do irmão.
[editar] Carreira SoloTinoco hoje beira os 90 anos e é o artista sertanejo há mais tempo na ativa.
[editar] SinglesChico Mineiro
O Gondoleiro do Amor
Saudades de Ouro Preto
Saudades do Matão
Tristeza do Jeca
Me Leva
Ferreirinha
Boiada Cuiabana
Velho Pai
Vingança de Soldado
Mourão da Porteira
Beijinho Doce
As Três Cuiabanas
Artista de Circo
Faz um Ano "Hace um Año"
Adeus Mariana
O Caipira é Vosso Amigo
Falsidade
Rei dos Pampas
Paraguaia
Enquanto a Estrela Brilhar
Luar do Sertão
Chuá, Chuá
Couro de Boi
Maringá
A Moda da Mula Preta
Que Linda Morena
Chico Mulato
Mineirinha
Pingo d´Agua
Segredo se Guarda
Feijão Queimado
Estrada da Vida
Boiadeiro Apaixonado
João Carreiro
Cavalo Zaino
Ciriema
Baile em Ponta Porã
Cavalo Preto
Cidade Morena
Orgulhosa
Chalana
Adeus Campina da Serra
Moça Folgazona
Azul Cor de Anil
Rei do Volante
Minas Gerais
Boiadeiro Punho de Aço
João de Barro
Oi Vida Minha! (Moda do Peão)
O Menino da Porteira
Saudade que eu Tenho
Boi Amarelinho
As Flores
Boa Noite Amor
Mandamento do Motorista
Pingo Preto
Porquê
Paineira Velha
Lembranças
Cavalo Branco
Retalhos de Amor
A Viagem do Tietê
Lenda da Valsa dos Noivos
Três Batidas na Porteira
Praia Serena
Motorista do Progresso
Sorte Tirana
Distante de Ti
Adeus Gaúcha
Filho de Mato Grosso
Último Adeus
Carreiro Sebastião
Ranchinho de Taquara
Saudades de Araraquara
Teu Nome Tem Sete Letras
Bombardeio
Duas Cartas
Fandango Mineiro
Gaúcho Velho
Fogo na Serra
Decisão Cruel
Encantos da Natureza
Chão de Goiás
Eu Penso em Ti
Minha Mágoa
Burro Picaço
Chitãozinho e Xororó
Piracicaba
Cabocla Tereza
Bom Jesus de Pirapora
Canção da Criança
Não Vou Brincar
Estrela do Oriente
Dia de Natal
A Cuíca tá Roncando
Anel de Noivado
A Viola e o Cantador
Cidade Grande
Juriti Mineira
Viola de Ouro
Bate co Pé, Bate cá Mão
La Paloma
Velho Candieiro
Arroz à Carreteiro
Filho Pródigo
Disparada
Pinga Ni Mim
No Meu Pé de Serra
O Sanfoneiro só Tocava Isso
Seresta
Êh! São Paulo
Felicidade
A Mão do Tempo
[editar] CuriosidadesA primeira apresentação profissional da dupla aconteceu na Festa de Aparecida de São Manuel em frente ao Santuário N.Sra. Aparecida no dia 15 de agosto de 1935.
Participaram da primeira transmissão da Televisão brasileira, no ano de 1950.
São a mais importante dupla sertaneja da história da música.
Participaram de sete filmes de longa metragem e durante 40 anos apresentaram-se em Circos e Teatros.
Criaram uma Companhia Circense, com a qual percorreram todo o País. Em cada Circo realizavam três sessões por noite. São autores de muitas peças teatrais circenses.
Apresentaram o Programa Na Beira da Tuia nas seguintes emissoras - Bandeirantes (1983),e SBT (1988), Cultura (Viola, Minha Viola).
[editar] Ver tambémLista de recordistas de vendas de discos
Lista de recordistas de vendas de discos no Brasil
Referências↑ Tonico & Tinoco. Rádio Terra AM. Página visitada em 08/10/2009.
[editar] Ligações externasTonico e Tinoco,o site definitivo sobre a dupla "Coração do Brasil"
Tonico & Tinoco
Tonico e Tinoco - Boa Música Brasileira - Ricardinho
As 5 Duplas mais importante da música sertaneja
Biografia
Museu de Tonico & Tinoco
Apresentação
Biografia
Discografia
Discos
Links
Fatos e Fotos
Fã-Clube
Livro de visitas
TONICO E TINOCO
FOTOS E FATOS...
Nesta seção, é nossa intenção mostrar fotos e fatos
relacionados com a vida e obra de Tonico e Tinoco.
Também serão publicados poesias, causos e outras
histórias. Você está convidado a participar,
enviando para nós documentos e fatos relevantes.
Fotos e Documentos
Poemas e Causos
Livros, revistas e publicações diversas
Quadros e pinturas de arte popular
Autores e Compositores
Fatos e Reportagens
Orquestras
Teatro
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Fotos e Documentos
Reportagem do jornal "Folha de São Paulo", de 16 de março de 2009, mostrando as músicas
que mais ficaram na memória dos fãs de música sertaneja.
Vejam que a maioria esmagadora é de modas da nossa querida dupla, Tonico e Tinoco.
QUE BELEZA!!!
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Tonico e Tinoco, em 1988, com o seu maior fã, José de Palma, de
Cariacica, Espírito Santo. Ele é considerado o maior estudioso
da dupla, tendo convivido com eles e acompanhado suas andanças
pelo Brasil.
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Reportagem do jornal "Gazeta do Povo", de 28 de janeiro de 2001,de Curitiba, PR mostrando o lançamento de uma coleção de 30 CDs remanterizados da dupla "Coração do Brasil". Esta foto nos foi mandada pelo radialista José Francisco da Silva, nosso colaborador de longa data e pertence ao acervo de Mauro Bertolazzo, também daquela cidade.
QUE BELEZA!!!
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Exemplo de União
Documento de grande valor, enviado pelo Sr. José de Palma,
com letra de música inédita feita por Tonico, apresentando
inclusive, correções feitas à mão pelo próprio autor.
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EXEMPLO DE UNIÃO
(Autoria de Tonico)
São José foi carpinteiro
São João grande profeta
Abençoando dois violeiros
Dois cantadô, dois poetas
Cada verso é uma saudade
Trazendo recordação
Mostrando pra nossa gente
Um exemplo de união
Nossa mãe dona Maria
Nos criou com tanto amor
Servindo de nosso guia
O velho pai Salvador
Fomos criado na roça
Caboclo de tradição
Cantando desde menino
Um exemplo de união
Quem fabricou a viola
Foi um simples carpinteiro
Os versos são testamentos
Documento de violeiro
Marcando tanta vitória
A historia de dois irmão
40 anos de gloria
Um exemplo de união
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Outro documento do Sr. Palma, com letra inédita, composta e
datilografada por Tonico, apresentando correções à mão, do próprio autor.
Estes originais foram presentes de Tonico ao colecionador,
que os guarda com muito carinho.
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NOSSOS TROFÉUS E NOSSAS ANDANÇAS
Nossas andanças, viagem incessante
Cantando bastante, conhecendo chão
Desde os teatros, de ricas poltronas
Aos circos de lona, terreiro e salão
E sempre voltado para natureza
De tantas belezas, do nosso sertão
Vi coisa modernas, vi coisa antiga
Saudade que briga, com a recordação.
São as testemunhas, daquele passado
Ta sempre guardado em nossos corações
Oiando o desfile, e um retrato falado
Os troféus guardado, grande coleção
Um carro de boi, estampado na tela
Um arreio e uma sela, que o pai foi peão
Violinha amarela, com fita amarrada
Das eras passada, lembrando a função.
Essas relíquias, que outrora era usada
Hoje tá guardada, é uma tradição
Um violão de pinho, uma viola de embuia
É a testemunha, das nossas função
A farda caipira, com que nois cantava
O povo vibrava com, a linda canção
Um lenço amarelo, troféus e medalhas
E um chapéu de palha, pra festa de São João.
Nesse garpão, esta tudo quéto
As vois do objeto, tudo é solidão
Nos sono dos anos, jamais esquecido
Pois tudo tem vida, e recordação
Tudo é lembrança, dos 50 anos
Sorrindo e cantando, em todo sertão
Deixando plantado, a vois sertaneja
Divina pureza, duma tradição.
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Vemos na foto, o senhor Nelson Camargo, de São Paulo, ladeado pela dupla Tonico e Tinoco.
Foi uma apresentação da dupla, em 1978, no Teatro Bandeirantes de São Paulo.
Vejam a satisfação do senhor Nelson com seus ídolos!
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Tonico e Tinoco, em participação especial no filme "A Marvada Carne",
de André Klotzel, 1984.Ver o link "Biografia" para maiores informações
sobre seus filmes.
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Flagrante da dupla no programa "Arraial da Curva Torta",na Rádio
Difusora. Ao lado, aparece o Capitão Furtado (Ariowaldo Pires),
responsável pelo programa. 1942.
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Estátua erigida em Ouro Fino (MG), em homenagem à música
"Menino da Porteira", inicialmente cantada por Luizinho e Limeira
e imortalizada por Tonico e Tinoco.
Ela tem 10 metros de altura por 16 metros de largura.
Observe no detalhe o cavaleiro passando ao seu lado.
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Letra composta em homenagem ao futebol do Brasil,
em 2002, para que fosse cantada pela dupla
"Tinoco e Tinoquinho". Foi a Sra. Elma C. Orlandin,
de Xaxim, SC que a compôs e nos enviou, recentemente.
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Foto de Elma Orlandin, autora da letra acima e
sócia número 1 de nosso fã-clube.
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Foto mostrando Tinoco em frente ao monumento oferecido pela cidade
de São Manoel, uma vista aérea da praça Tonico e Tinoco, onde está
a obra, e ainda uma vista do centro da cidade.
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Tonico e Tinoco, em trajes típicos de uma de suas apresentações.
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Tonico e Tinoco e seus famosos instrumentos.
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Casa no bairro de Aparecidinha,em São Manoel, onde a dupla morou
muitos anos. Foto de 1997, onde além de Tinoco e Nadir, vemos seus
dois filhos e a nora. Aparece ainda o ex-prefeito de São Manoel, Luiz Luizeto.
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Poster feito com fotos da dupla Tonico e Tinoco, enviadas ao
Sr. José de Palma, sendo algumas delas autografadas por eles.
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Escolinha de Guarantã (Botucatu), hoje pertencente à Pratânia,
onde estudaram Tonico e Tinoco, em 1929.
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Foto de Tonico e Tinoco, quando do lançamento do grande sucesso:
Padecimento, de autoria da própria dupla.
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Capela de Nossa Senhora Aparecida, erigida em São Paulo (Vila Diva),
em agradecimento pela recuperação de Tonico de grave enfermidade.
Ver biografia da dupla.
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Encontro de duas grandes duplas: Vieira e Vieirinha,
Tonico e Tinoco e mais José Rosa (animador). Ao lado, Toninho da sanfona.
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Foto histórica onde aparecem, Zé Tapera e Chiquinho, Tonico e Tinoco,
tendo ao centro o sanfoneiro Toninho da Rádio Nacional e ao fundo
vemos Vieira e Vieirinha.
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Foto histórica, apresentando à esquerda Tonico e Tinoco, Rosalinda
e Florisbela (Hebe e Stela Camargo), Capitão Furtado, Lulu Benencase,
apresentador do "Arraial da Curva Torta", da Rádio Difusora de
São Paulo. A frente, Os "Águias da Meia Noite"
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Tinoco, de pijamas, preparando-se para mais uma viagem.
Tempo bom aquele de placas com quatro algarismos...
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A famosa máquina de escrever, onde Tonico compunha suas memoráveis letras.
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A dupla Tonico e Tinoco e mais o grande amigo Nhô Zé.
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A famosa dupla Vieira e Vieirinha, de Itajubi, SP., com seus
descobridores, Tonico e Tinoco, quando da assinatura de seu
primeiro contrato com a Rádio Nacional.
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O colecionador Maikel Monteiro, de Curitiba, enviou-nos esta foto da famosa dupla
com um autógrafo com os dizeres:
A gentil Srta.Irene, com abraços do Tonico e Tinoco - 7/5/48.
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Isto é que é ser fã de carteirinha!!!!
O Rodrigo Detofano, gaúcho dos bons, saiu mês passado de sua cidade, Caxias do Sul,
no Rio Grande do Sul e apareceu aqui por estas plagas, só para fazer o que?
Assistir ao show do Tinoco na cidade de Cordeirópolis, vizinha aqui de Limeira e onde
também estava sendo homenageado o compositor João Pacífico, autor de muitas músicas
cantadas pela dupla Tonico e Tinoco. Estava sendo comemorado o seu centenário.
Por falar nisto, o Tinoco estará completando agora em 19 de novembro 89 anos e vendendo
saúde como bem mostra a foto em que ele aparece abraçado ao felissíssimo Rodrigo.
No dia seguinte,o fã já estava lá no sul.
Na sua curta permanência em Limeira fizemos uma bela amizade e
até curtimos seu próprio aniversário, em que completou 28 anos.
MAS QUE BELEZA!
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O fã Valdivino Pereira Ferreira, de Turmalina, MG, nos escreveu esta carta em 2006
e agora publicamos para todos esta verdadeira oração de amor à nossa querida dupla,
Tonico e Tinoco!
O novo site dele, que é um pespquisador literário e genealógico do norte de Minas é:
http://tribunanortemineira.zip.net
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Poemas e Causos
Caro(a) amigo(a): Você que ouvia a Rádio Nacional, lá pelos idos de 1957,
deve lembrar-se de uma dupla famosa, chamada de "Dupla Elegante" e que era
formada por dois irmãos de nomes Jurandir e Luzzim. Pois então: o Luzzim
escreveu-me agora, mandando-me uma foto de sua dupla e uma homenagem a dupla
Tonico e Tinoco em forma de moda que ele criou e gravou em mp3 para que
vocês todos possam ver a emoção que os fãs e músicos de raiz tem e sempre
terão pela nossa querida e imortal dupla Tonico e Tinoco.
Jurandir na sanfona e Luzzim na viola. Grande dupla!!!
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Clique no iniciar do player para ouvir a homenagem ao Tonico e Tinoco.
Aguarde o carregamento....
Veja a letra da moda logo abaixo.
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Tonico e Tinoco
Letra e música de Luzzim
Tonico e Tinoco expoente, Máximo da música sertaneja
Enquanto o povo aplaudia, Tinoco assim dizia: que beleza!
Hoje com o peso dos anos, seu corpo cansado
Numa cadeira sentado, no rosto expressão de tristeza
Tinoco conserva a humildade, uma de suas qualidades
Nunca ligou pra riqueza
A viola ali do lado, ele recorda o passado
E conta suas proezas
A saudade e a companheira
É tudo o que me restou
Sentado nesta cadeira
Eu vou contar como estou
Aqui eu passo meus dias
Recordando o que passou
Pra quem já foi nesta vida
A dupla mais aplaudida
Que no Brasil já passou
Não teve neste país
Lugar que eu não cantei
Vi tantas coisas bonitas
Que nunca me esquecerei
tenho milhões de amigos
sou tratado como um rei
e uma vida de glória
sem derrota só vitória
muitos prêmios já ganhei
não fala mais meu amigo
eu sou teu fã de verdade
do grande palco da vida
só nos restou a saudade
levantava a multidão
nas festas que eles cantavam
o povo da redondeza
com certeza não faltava
pra ouvir suas canções
e os dramas que passavam
era um grande sufoco
pra ver Tonico e Tinoco
muita gente até chorava
mais na vida tudo passa
um imprevisto surgiu
com a morte do Tonico
ficou um grande vazio
quis continuar cantando
sozinho não conseguiu
a morte venceu a luta
silenciou a maior dupla
“a coração do Brasil”
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CANÇÃO DA ETERNIDADE
Esta música foi composta em homenagem ao Tonico, ídolo do seu fã
José Cândido Ferreira, de Ibiporã, no Paraná.
Ele nunca o conheceu pessoalmente mas sempre nutriu uma
grande paixão pelo grande violeiro e cantor.
Curta a letra, que é muito bonita!
CANÇÃO DA ETERNIDADE
(Cândido - João Sérgio)
MEU IRMÃO, MEU CAMARADA
QUANTOS PALCOS E ESTRADAS
A GENTE JÁ PERCORREU
VIOLÃO JUNTO DO PEITO
CANTANDO SEMPRE PERFEITO
POR ESTE MUNDÃO DE DEUS
CUMPRIU BEM SUA MISSÃO
UM BOM FILHO, BOM IRMÃO
BOM PATRÃO, BOM CAPATAZ
SEU JEITO SEM VAIDADE
A SUA SIMPLICIDADE
TRANSMITIA MUITA PAZ
REFRÃO:
TONICO!
HOJE VIVE NAS ALTURAS NO SERTÃO DO CRIADOR
TONICO!
JUNTO DO CHICO MINEIRO
CANTA PRA NOSSO SENHOR
NAO ESTÁ MAIS ENTRE NÓS
MAS A SUA BELA VOZ
ALEGRA A NOSSA VIDA
VOCÊ SE FOI MEU IRMÃO
PORÉM A SUA CANÇÃO
NUNCA SERÁ ESQUECIDA
UM POETA BRASILEIRO
RESPEITADO VIOLEIRO
QUERIDO PELA HUMILDADE
QUALQUER DIA QUE VIRÁ
A GENTE VAI DUETAR
A CANÇÃO DA ETERNIDADE
TONICO HOJE VIVE NAS...
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O MARRUÊRO
Catulo da Paixão Cearense
Poeta maranhense e compositor
MARRUÊRO, eu sou marruêro!...Nacendo, cumo tinguí,fui ruim, cumo piranha,mais pió que sucuri.Pixúna daquelas banda,véve a gente a campiá!...Deus fez o hôme, marruêro,prá vivê sêmpe a lutá.Meu pae foi bixo timívee eu fui timíve tombém!O pinto já sáe do ovocum a pinta que o galo tem.Se meu pae foi marruêro,
havéra de eu tá na tóca,a rapá no caitetúa massa da mandioca?!Bebedô de maduréba,pissuindo carne e caroço,eu nunca vi cabra machoque me fizesse sobroço!Nunca drumí uma noiteimbaxo de tejupá!...Nascí prá vivê nas gróta,prá vivê nos môcôsá...
prá drumi longe dos rancho,prú-riba duns gravatá...vendo a lua pulas fôiad’um férmôso iriribá!
Nos gaio da umarizêra,o cantá do sanhassú;
na boca triste da noite,o gimido da inhabú...e as tuada da cabôca,lavando n’agua do rio,e os canto, prú via dela,nos samba... nos disafio...
nada disso, não, marruêro,me dava sastifação,cumo o mugido braviodos valente barbatão!Nada fazia, marruêro,o coração me pulá,cumo uvi pulas varjóta,os berro dos marruá!
Na paz de Deus eu vivianos brêdo dos matagá,
tocando a minha violasó prá meu gado iscutá.Lá, prás banda onde eu nascí,já se falava do amô:todas as boca diziaque era farso e matadô!Mas porém, foi trazantonte,no samba do Zé Benito,que eu panhei uma chifradaque me deu esse mardito!Nas marvadage do Amônão hay cabra que não cáia,quando o diabo tira a roupa,tira o chifre e tira o raboprá se vistí c’uma saia!Se adisfoiando no samba,cantando uma alouvação,eu vi a frô dos cabórge
das morena do sertão!Trazia dento dos óioistrépe e mé, cumo a abêia!Oiôu-me cumo uma onça!...E, ao despois, cumo uma ovêia!Aqueles óio xingôso,eu confesso a vasmincê,ruía a gente prú dentoque nem dois caxinguêlê!Sem mardade, um bêjo dadonaquela boca orvaiada,havéra de tê, marruêro,o chêro das madrugada!A fala dela, marruêro,era o gemê do regato,que vae bêjando as fôiáge,que cáe da boca dos mato!
As duas rôla morena,prú baxo do cabeção,trimia, cumo a água fresca,quando o vento bêja as águadas lagoa do sertão!...Pruquè os dois peito alembravadois maduro cajá-manga,
e a boca, toda vremeia,parecia uma pitanga.Chêrava as mão da cabôca,cumo os verde maturi!...Era taliquá, marruêro,dois ninho de juruti!Os pezinho da curumba,quando dançava o baião,parecia dois pombinho,a mariscá pulo chão!Eu me alembro!... A saia dela,
cô das pena da irerê,tinha a sôdade dos mato,quando vae anoitecê!!
Aqueles braço de fogo, (Deus não me castigue, não!!)quêmava, cumo as fuguêradas noite de São João!...
Marruêro!... Os cabelo delatinha o calô naturáda pomba virge dos mato,quando cumeça a aninhá!...Apois, os cabelo delatão preto prô chão caia,que toda a frô que butavanos cabelo, a frô murchava,pensando que anoiticia!!O suô que ela suavano samba, chêrava tanto
que inté a gente sintiaum chêro de ingreja nova,um chêro de dia santo!As anca, as cadêra dela,surrupiando no côco,toda a se tamborilá,a móde que pareciao xaquaiá de uma onda,que vem jupiando, redonda,na praia se derramá!Japiaçóca dos brejo,no arrastado do rojão,cantava cum tanta magua,cum tanto amô e paxão,que ispaiava, no terrêro,o ôrôma do coração!!
O coração das violaaparava, de mansinho,se os dois fióte de rola,
quando ela táva sambando,pulava fora do ninho!...Entonce, aqueles dois óio,sereno, cumo o luá,vinha prá riba da gente,taliquá dois marruá.Intrava dento da gente,cumo duas zelação!...Mas porém, a gente via,no fundo daqueles óio,a hora da Ave-Maria,gemendo nas corda friadas viola do sertão!!!Prú móde daqueles óio,dois marvado mucuim,um violêro, afulémado,partiu prá riba de mim!
Temperei minha viola,intrei logo a puntiá,e ambos os dois se peguêmo,n’um disafio, ao luá!Premití a Santo Antônio,se eu vencesse o cantandô,de infeitá o seu fiínhocum um ramaiête de frô!!Só despois que nestas cordafiz pinto cessá xerêm,vi que o bichão se chamava:- Manué Joaquim do Muquêm!Manué Joaquim era um cabranaturá de Piancó!...Quando gimia no pinho,chorava, cumo um jaó!Eu, marruêro, arrespundia
nestas corda de quandú,e os acalanto se abria,cumo as frô do imbiruçú!Foi despois do disafio,quando eu saí vencedô,que os canto e os gemê dos pinhon’um turumbamba acabou!!Imquanto nós dois cantava,sem ninguém té dado fé,tinha fugido a cabôcacum o Pedro Cachitoré!!!Tinha fugido a curumbacum aquele bode ronhêro,um tocadô de pandêroe runfadô de zabumba!
Tinha fugido, marruêro,aquela frô dos meus ai,cumo uma istrela que foge,
sem se sabê prá onde vai!!!Na luz do Só, que acordava,lá, no coró do Nascente,a móde que Deus, contente,cum a natureza sonhava!O canto alegre dos galonos capoerão amiudava!...Nos taquará das lagoaas saracúra cantava!...Alegre, passava um bandodas verde maracanã!...Férmosa, cumo a cabôca,vinha rompendo a minhã!O vento manso da serravinha acordando os caminho!Vinha das mata chêrosaum chêro de passarinho!...
Lá, no fundão d’uma gróta,adonde um córgo gimía,gargaiava as siriêmacum o fresco nacê do dia!Uma araponga, atrépadan’um braço de mato, im frô,gritava, cumo si fosseos grito da minha dô!!E a sabiá, lá nos gaioda tabibúia, serena,trinava, cumo si fosseuma viola de pena!Um passarinho inxirido,mardosamente iscundidonas fôia de um tamburi,sastifeito, mangofando,de mim se ria, gritandolá de longe: “bem te vi”!
Chegando na incruziada,despois do dia rompê,sipurtei o meu segredon’um véio tronco de ipê!Dendê essa hora, inté hoje,eu conto as hora, a pená!...Eu vórto a sê marruêro!...Vou vive cum os marruá!Eu tinha o corpo fechadoprá tudo o que é marvadez!Só de surúcúcútingaeu fui murdido trez vez!...
Tândo cum o corpo fechado,prás feitiçage do Amô,pensei que eu tava curado!Dos marruá mais bravio
que nos grotão derribei,munta chifrada penosa,munta marrada eu levei!!Prá riba de mim, Deus pôdemandá o que ele quizé!O mundo é grande, marruêro!...Grande é o amô!... Grande é a fé!...Grande é o pudê de Maria,ispôsa de São José!...O Diabo, o Anjo mardito,foi grande!... Cumo inda é!!Mas porém, nada é mais grande,mais grande que Deus inté,que uma chifrada, marruêro,dos óio d’uma muié!
VOCABULÁRIO
Marruá - touro.Marruêro - pastor do gado.Tinguí - erva venenosa.Piranha - peixe mordedor.Sucuri - cobra.Pixuna - rato selvagem.Mandurêba - cachaça.Campiá - andar à busca de gado, pelos campos.Sobroço - medo.Tejupá - cobertura de palha.Mocôsâ - caverna.Borbatão - touro.Alouvação - canto, louvando alguém.Cabórge - feitiço.Istrépe - espinho.Caxinguelê - animal roedor.Baião - dança.Irerê - ave palmípede.Japiaçóca - ave ribeirinha
Rojão - toque de viola.Zelação - estrela cadente.Mucuim - parasita que se introduz na pele.Afulémado - raivoso.Puntiá - preludiar na viola.Pinto cessá xerém - fazer bonito.Jaó - ave de canto melancólico.Maracanã - periquito.Araponga - ave também chamada Ferreiro, de grito agudíssimo.Corpo fechado - aquele que por meio de rezase outras superstições, fica isento de mordeduras e feitiços.Surúcúcútinga - cobra venenosíssima
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ANGELINO DE OLIVEIRA
Partindo ficaste, amigo Angelino
Na doce harmonia do seu canto-chão;
Deixaste o ranchinho no alto da serra
Varado de lua no meu coração.
Partindo deixaste uma orquestra tocando
No meio da mata ao romper das manhãs:
Chupins, sabiás, bem-te-vis madrugando,
Canários da terra, gentis jaçanãs!
Tristezas de Jeca invadem agora
A Pátria inteirinha que tanto te ouviu!
E o velho sertão, na cantiga que chora,
Aumenta a saudade que o Jeca sentiu.
Partiste ficando; ficaste cantando,
Na história que a arte supernal escreve;
Na terna humildade, teus versos forjando,
Forjaste o imortal de uma vida tão breve...
Assis, 1964
Nicanor Luciano Gomes: Cantarolando. Tupã: Color Set Editora. 1987.
Professor e poeta botucatuense e amigo de Angelino de Oliveira
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Coluna do Tonico e Tinoco, no Jornal Notícias Populares,
de São Paulo, de dezembro de 1982, onde o
Sr. José de Palma envia aos 2 irmãos um poema sobre
o seu Estado, Espírito Santo.
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Poesia em homenagem ao Tonico, escrita por Delfino Carmelo, fã da dupla.
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Duas imagens de São Gonçalo, santo português,
que é o padroeiro dos violeiros.
A HISTÓRIA DO SANTO
* SÃO GONÇALO - *1187 - +1259.
São Gonçalo é o Santo Português que, sobretudo no Norte de Portugal, goza da maior
devoção, logo depois de Santo Antonio de Lisboa. Na sua História Eclesiástica de
Portugal, o Padre Miguel de Oliveira diz apenas o seguinte: "São Gonçalo de
Amarante" falecido a 10 de Janeiro de 1259; o seu culto foi permitido pelo Papa
Júlio III e Clemente X estendeu o ofício e a Missa a toda a Ordem dominicana em 1671.
Terá sido São Gonçalo uma invenção posta ao serviço de uma qualquer idéia ou
propósito? Ou podemos perceber o percurso da sua devoção ou do seu culto?
O mais antigo documento que se refere a São Gonçalo, é um testamento de
18 de Maio de 1279 em que uma tal Maria Johannis lega os seus bens à Igreja
de São Gonçalo de Amarante. Quer dizer, uns 20 anos depois da morte de São
Gonçalo existia uma igreja dita de: "São Gonçalo de Amarante". E há outros
documentos escritos sobre a figura de São Gonçalo e o seu culto.
São Gonçalo de Amarante é o padroeiro dos Violeiros no Brasil, o início ao
culto a São Gonçalo data aproximadamente, da época em que os primeiros
Portugueses chegaram ao Brasil.
Nas suas peregrinações, levava consigo uma viola de cordas e invocava o
povo através de suas melodias, tocadas nas rodas de danças formadas ao ar
livre, por moças e rapazes. Além das mensagens de fé e carinho que transmitia,
ele foi exemplo de dignidade e santificação. Existem muitas lendas a respeito
do santo protetor das mulheres e dos casais apaixonados. Contam que ele
transmite tranqüilidade e alegria a todos. Protege sempre os que amam.
Ajuda as pessoas a encontrar a pessoa certa para amar e ser feliz por toda
a vida. Para alguns, São Gonçalo possui poderes sobrenaturais contra o mal
e contra as adversidades.
Há muitas lendas sobre São Gonçalo, dizem que a sua dança vem do começo do
Mundo, dizem que ele foi também muito farrista, e para pagar as suas dívidas
cantava e dançava a noite toda, dizem também que ele era muito alegre, gostava
de tocar viola e cantar, e por meio dos versos ensinava a Religião.
Dizem violeiros devotos ao São Gonçalo que, ao sair de casa para uma cantoria,
um desafio, uma dança. Faz-se um pedido ao Santo para que não haja: esquecimento
da letra a ser cantada, que a viola não desafine ou arrebente cordas.
* Dança de São Gonçalo *
No Brasil o início do culto a São Gonçalo do Amarante data aproximadamente,
da época em que os primeiros portugueses chegaram no Brasil. Neste período
Portugal voltava seus olhos para este Santo que havia falecido em 1262 e foi
canonizado em 1561, que ainda não havia sido beatificado, mas que já havia
muitos milagres atribuídos a ele. O rei de Portugal D. João III, um grande
devoto, foi um dos primeiros a empenhar-se para a beatificação de São Gonçalo
em Roma. Em Portugal a sua festa é realizada em Amarante, no dia sete de Junho.
No Brasil fazem festa para o Santo oferecendo uma dança, cerimônia que ocorre
sempre, na maioria das vezes, por pagamento de promessa. Em alguns locais o
Santo (Imagem) é representado da forma Católica, ou seja, com a ausência da
viola, no entanto as Imagens do Santo destinadas para o culto popular através
da Dança de São Gonçalo é representada, na grande maioria das vezes de duas
maneiras: São Gonçalo do Amará (Amarante): É representado à moda das vestimentas
camponesa portuguesa da época, ou seja: calção preso pouco abaixo do joelho,
meia preta, bota braguesa (para andar em local úmido) chapéu na cabeça, capa
azul nas costas e viola na mão. A justificativa encontrada para a representação
do Santo com estas vestes, deve-se ao período que estava em construção uma ponte
na região onde viveu, ele ajudava na construção e após o trabalho ia tocar viola
para a conversão dos "pecadores", e não tinha tempo de trocar de roupa.
HOMENAGEM DE UM VIOLEIRO
EXALTAÇÃO A SÃO GONÇALO
CURURÚ - SI +
AUTOR: RAMIRO VIÓLA.08/12/2003
I
SÃO GONÇALO DO AMARANTE PROTETOR DOS VIOLEIROS
FOI TRAZIDO POR CABRAL PARA O SOLO BRASILEIRO
PROTEGEI NOSSA FAMÍLIA E OS FULIÕES DESSE TERREIRO
SEU DIA É SETE DE JUNHO DESSE SANTO PADROEIRO
QUE DEPOIS DE SANTO ANTONIO ELE É O MAIS CASAMENTEIRO
QUEM QUIZER UM BOM MARIDO - FAÇA A ELE UM PEDIDO
QUE ELE RESOLVE LIGEIRO.
SÃO GONÇALO PROTETOR, SÃO GONÇALO MILAGREIRO.
PROTEGEI SEMPRE A VIOLA E TAMBÉM OS VIOLEIROS.
II
VIOLEIRO QUE SE PREZA AO SAIR PRA UMA FUNÇÃO
SE POSTA EM FRENTE DA IMAGEM COM SUA VIOLA NA MÃO
OLHANDO PRA SÃO GONÇALO PEDE SORTE E PROTEÇÃO
SÃO GONÇALO QUE ATALHE A INVEJA E A TRAIÇÃO
E CLAREIE A IDÉIA DESDE O VERSO AO REFRÃO
SÃO GONÇALO ILUNINE - QUE AS CORDAS NÃO DESAFINE
DA MAIS FINA AO BORDÃO.
SÃO GONÇALO PROTETOR, SÃO GONÇALO MILAGREIRO.
PROTEGEI SEMPRE A VIOLA E TAMBÉM OS VIOLEIROS.
III
O DEVOTO AO SÃO GONÇALO NUNCA TEM DEFICULDADE
SÃO GONÇALO É MILAGROSO AOS QUE TEM INFERMIDADE
CONVERSOR DOS PECADORES PARA TER DIGNIDADE
É UM SANTO LUZITANO FAZEDOR DE CARIDADE
DANÇAVA EM CIMA DE PREGOS NA MAIOR TRANQUILIDADE
ELE FOI BEATIFICADO - TAMBÉM FOI CANONIZADO
PARA O BEM DA HUMANIDADE.
SÃO GONÇALO PROTETOR, SÃO GONÇALO MILAGREIRO.
PROTEGEI SEMPRE A VIOLA E TAMBÉM OS VIOLEIROS.
RAMIRO VIÓLA
BOTUCATU - SP.
SICAM: 5321.
Viola de cocho pantaneira, no saco.
Viola de cocho Pantaneira, instrumento singular por sua forma e sonoridade,
a viola-de-cocho é encontrada em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, onde
integra o complexo musical, coreográfico e poético do Cururu e do Siriri
(Danças Folclóricas) cultivado por segmentos das camadas populares como
diversão a Santos Católicos, sua confecção utiliza espécies nativas de
madeira cujo manejo vem sendo implantado pelo projeto viola-de-cocho
Pantaneira, que atua junto aos artesãos no sentido de viabilizar essa produção,
gerando renda e garantindo a preservação do patrimônio Cultural e Ambiental
Fabricada pelo artesão Sr. Severino, a viola, contendo a caixa de ressonância, o
braço e a palheta numa única peça, é escavada na madeira sem nenhuma emenda após
o que é recoberta por uma única lâmina de madeira, tendo apenas a "boca" em seu
centro, sendo que a madeira utilizada para a fabricação chama-se "Sirirí".
A viola-de-cocho é composta por cinco cordas e a afinação básica, de baixo para
cima é: si, fá#, dó#, si e mi. Esta viola aqui mostrada foi nomeada de "Angelina",
em homenagem à Angelino de Oliveira, e foi um presente trazido de Corumbá-MS pelo
Sr. Braz de Assis Nogueira em 15/10/2003, ao amigo e violeiro Ramiro Vióla.
Contatos com os Artesãos:
Sr. Agripino: 0**67- 231- 8793.
Sr. Inácio: 0**67 - 226-1174.
Sr. Severino: 0**67 - 231-8793.
Livros, revistas e publicações
Capa do livro "Tinoco um Herói do Sertão", de Gildo Sanches,
baseado nas memórias de Tinoco, com as reminiscências de sua
vida e de Tonico.Livro de fácil leitura, ilustrado com fotos
de várias épocas, salientando a vida e carreira de Tinoco,
um verdadeiro herói do sertão. Editora Perez - 2003.
Para adquirir o livro, entre em contato com José Carlos no
telefone (011) 6965-0911 ou e-mail: zcarlos@csbr.com.br
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Capa da Revista Viola Sertaneja
Ano I - número 1 - set/1979
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Revista de método prático para viola, de
Tonico e Tinoco, Editora Prelúdio.
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O mesmo método, publicado pela Editora Luzeiro Ltda.
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Capa do livro "História e Sucessos de Tonico e Tinoco"
de autoria do Tonico. Editora Prelúdio,1954.
Prefácio de Anacleto Rosas Jr.
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História em Quadrinhos, baseada no filme "Lá no Meu Sertão" de Tonico e Tinoco.
Editora Prelúdio - 1960.
Algumas páginas da revista, que conta a história da vida da dupla.
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Capa da Revista Beira da Tuia.
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Capa do livro de Tonico, intitulado "Vila do Riacho",
com contos sertanejos.Prefaciado por Eduardo Llorente.
Editora Prelúdio.1960.
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Capa do Livro "Da Beira da Tuia ao Teatro Municipal"
Publicado em 1984 pela Editora Ática, conta a vida da
Dupla "Coração do Brasil" e apresenta a maior parte de
sua discografia, com as respectivas letras. Livro esgotado.
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Quadros e pinturas de arte popular
"Violeiro", 1889. Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Quadro de José Ferraz de Almeida Jr. de Itu. Foi o primeiro de
nossos artistas a retratar, com fidelidade e muita beleza,
a vida simples do homem do campo.
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"Caipira Picando Fumo", 1893. Almeida Jr.
Pinacoteca do Estado de São Paulo.
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"Cantoria com Viola", do famoso pintor Assis Marinho, do
Rio Grande do Norte, 1988.
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Autores e Compositores
João Pacífico, um dos maiores compositores da música de raiz.
Ver biografia na seção de "links", em Seus Compositores.
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Foto memorável de artistas famosos da década de 50, onde
além de Tonico e Tinoco, ao centro, aparecem agachados,
Nhá Neide, Antonio e Antoninho e Sertãozinho.
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Cornélio Pires, de Tietê (SP), foi o grande iniciador e incentivador
da cultura sertaneja, dando espaço para muitas duplas, inclusive
Tonico e Tinoco. Ver biografia em "Fatos e Fotos".
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Teddy Vieira, grande compositor de Itapetininga, SP.
Compôs O Menino da Porteira, O Rei do Gado, João de Barro,
Peão Cativeiro, Capelinha do Chico Mineiro, Vingança do Caçador,
Sangue Gaúcho, entre outras. Ver biografia em "Links".
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Anacleto Rosas Jr., de Mogi das Cruzes, grande compositor
com músicas como Boi de Carro, Burro Picaço, Despedida e
dezenas de outras lindas modas sertanejas. Ver biografia em "links".
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Contra capa da Revista Sertaneja, de nº 16, julho de 1959,apresentando
um poster de figuras proeminentes da música sertaneja em São Paulo.
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Fatos e Reportagens
TINOCO: o guerreiro sem descanso
* Geraldo Generoso
O município paulista de São Manuel, na região central do Estado, ostenta como pórtico
de entrada principal o Memorial TONICO e TINOCO. Um monumento edificado ao tempo
que ainda estava vivo João Salvador Perez (o Tonico) . É um tributo à dupla Coração do
Brasil, continuamente reconhecido pelos moradores, que não escondem o orgulho de serem
conterrâneos desses dois vultos históricos. Distante uns 4 km está a pequena cidade de Pratânia,
onde se vê o casebre transladado e onde a prefeitura construiu um museu e espaço reservado
com as maiores recordações dos ilustres filhos daquele pedaço do Estado de São Paulo: roupas
usadas em shows, a viola branca do Tinoco, o violão do Tonico, muitas fotos e cartazes alusivos
a muitas apresentações.
No dia 13/11/2005, domingo, na casa que Tinoco dispõe em Pratânia, cedida por
Roque Jonner - amigo pessoal do artista – presenciamos a entrega de uma viola, da marca Rozini,
pelo cantor e produtor de TV, grande divulgador da música raiz, RAMIRO VIÓLA, que faz
dupla com PARDINI, e reside em Botucatu. TINOCO recebeu o mimo com muita emoção; abriu
o estojo onde estava o instrumento, acariciou-o e foi tirando várias canções de seu repertório,
e, incontido, cantou com Ramiro Viola, ali mesmo na sua sala destinada a um fim de semana de
repouso. Na oportunidade, também recebeu um exemplar do livro “MEMÓRIAS DE IPAUSSU”,
de nossa autoria, juntamente com Vitório Maistro, e que após a leitura também ficará no Museu
de Pratânia. Mas que repouso, que nada. Contou partes de sua vida, da trajetória pelos circos,
do sucesso que, segundo ele “veio unicamente por Deus, pois viemos de uma família muito humilde.
Jamais previ que um dia chegasse onde chegamos.” Tinoco também revelou, na oportunidade,
que tem uma grande veia satírica, e gosta de ser espontâneo no palco, sem esconder seu desejo
de representar como ator teatral humorístico. Como artista de cinema, participou, entre outros,
dos filmes: “Lá no meu Sertão”, “A marca da Ferradura” e “Obrigado a Matar.”
Em seus 85 anos bem vividos e conservados, é uma pessoa dinâmica e carismática, que
prende pelo primeiro contato, pela forma espontânea com que recebe a todos, sem nenhuma
cerimônia ou superioridade. Nessa mesma noite, no espaço da praça onde se situa o monumento
de Tonico e Tinoco em São Manuel, Tinoco apresentou-se ao lado do filho TINOQUINHO,
balançando o público ao ar livre, com suas canções imorredouras e sempre com participação do
grande público presente.
Descontraído, com domínio total sobre a platéia – mesmo ao ar livre -, o público ficou
até a última música do show que Tinoco “foi fazer em casa” – já que São Manuel e Pratânia
representam seu lar, mesmo tendo percorrido o Brasil inteiro e, por força da profissão, tendo
se radicado em São Paulo. Estamos, neste 2005, nos 70 anos de Tonico e Tinoco, um registro
digno do livro dos recordes e, que curiosamente, pode ser comparado ao vinho :
“Tinoco, quanto mais velho, fica ainda melhor” – é o que diz a sua legião de amigos e
admiradores de todos os recantos (mesmo os mais afastados) do país que lhes reconheceu
como a eterna Dupla Coração do Brasil: TONICO E TINOCO.
- o autor é jornalista e escritor
Esta matéria foi veiculada no Jornal Diário MS (Dourados, MS);
O ESTADO (Rio Branco – Acre); Folha de Ourinhos; Jornal O COMETA,
de Ipaussu; Portal da Amazônia (Amapá Busca).
A Homenagem da Rozini ao Tinoco
Tinoco exibe sua mais nova viola, da marca Rozini,
ao lado de dona Nadir e do amigo Ramiro Vióla .
José Antônio,irmão do Geraldo, Ramiro, Tinoco, Roque e Geraldo.
Tinoco, conversando com Ramiro e Geraldo.
Ramiro, testando a bela viola verde-amarela.
Geraldo, Tinoco e Simião.
Tinoco e seus amigos Ramiro e Roque Jonner.
Simião, Geraldo e José Antônio ao lado do ídolo Tinoco.
Tinoco dedilha a nova viola ao lado da feliz dona Nadir.
Alegria de Tinoco e Ramiro Vióla.
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TINOCO EM CURITIBA
Flagrantes da Visita...
Receber em sua cidade e principalmente em sua casa "O Maior
Patrimônio da Música Sertaneja - Tinoco", realmente é uma
responsabilidade muito grande, mas também é o sonho de muitos
brasileiros.
Tinoco esteve em Curitiba/PR no dia 23/09/2003 para gravar
um documentário de duas horas, especialmente para o Programa
Brasil Caboclo, produzido e apresentado por mim, Maikel Monteiro.
O documentário "Vida e Obra de Tonico e Tinoco" abordou aspectos
da vida e obra de nossos artistas em uma entrevista bem elaborada
e dirigida, viajando no tempo desde o casamento de seus pais,
conhecendo os 70 anos de carreira da dupla até os projetos futuros
do nosso querido Tinoco.
O documentário foi gravado no Estúdio Atlantis de uma maneira
descontraída, porém muito cultural, e contou mais uma vez com as
mãos dedicadas dos amigos Mauro Cordovil, Sérgio Pinheiro,
José Francisco da Silva e Edino Ferrari, os quais externo meus
agradecimentos.
Tinoco nos brindou com trechos de grandes sucessos e "causos"
pitorescos à respeito de Tonico e Tinoco. O documentário
"Vida e Obra de Tonico e Tinoco" ficará para a história e foi
exibido na ocasião através da Rádio Paraná Educativa AM 630 Khz
de Curitiba/PR no Programa Brasil Caboclo nos dias 05 e 12/10/2003.
Como profissional, enriqueci ainda mais meus conhecimentos, como
pessoa passei um dia adorável em companhia do meu particular amigo,
Tinoco e como fã me senti realizado em recebê-lo em minha casa,
ouvir meus discos com ele, ter vários autografados por ele e dar
boas risadas num almoço bem caseiro em companhia do "Seu" José
Tadra e D. Tereza e numa roda de chimarrão bem informal com os amigos.
Convido então, todos vocês à apreciarem os registros desse
memorável encontro.
Tinoco é recebido no aeroporto por Maikel e Juliana. Tinoco na residência do Maikel Monteiro.
Tinoco, autografando um violão no estúdio da Emissora. Tinoco examina peça do enorme acervo do amigo e colecionador Maikel.
Maikel, José Francisco e Tinoco,.
Tinoco e os amigos numa bela rodada de chimarrão!
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Esta talvez, seja a única propaganda gravada pela dupla
Tonico e Tinoco, para os revendedores Dodge, em 1978.
Foi lançada pela Gravadora Som Verde. (Ver discografia - compactos simples)
Capa de Meu Dodge, minha vida.
Contra-capa de Meu Dodge, minha vida.
Clique no iniciar do player para ouvir a propaganda "Meu Dodge, minha vida."
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Manchete do jornal "Notícias Populares", de São Paulo, anunciando a morte do Tonico, ocorrida no dia anterior. Publicada em 14 de agosto de 1994,domingo.
Reportagem publicada no jornal "Diário de São Paulo", de 15 de junho de 2004,
em um caderno especial sobre as atividades dos "jovens" da terceira idade.
Nosso amigo Adão de Oliveira, associado de nosso fã clube mostra, orgulhoso,
seu patrimônio colecionado ao longo de seus 50 anos dedicados à dupla
Tonico e Tinoco.Em suas mãos, o diploma muito bem cuidado!
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Nosso amigo Duvílio Zanon, de São José do Rio Preto,
que é nosso associado de número 039, nos mandou matéria muito interessante
que tem colecionado desde os idos de 1948. Ligados às rádios Nacional e Record,
Tonico e Tinoco comunicavam-se com os fãs com o meio mais eficiente e usado
na época, que eram as cartas e cartões postais mostrados abaixo, e que eram,
freqüentemente, autografados por eles, com muita satisfação.
Foto de uma das cartas que Tonico e Tinoco enviavam aos
ouvintes das rádios que escreviam a eles, em agradecimento ao apoio e
afeto que recebiam de todos os fãs.
Cartão de boas festas enviado pela dupla ao Sr. Duvílio.
Cartão postal com a dupla "Coração do Brasil".
Outro cartão postal, bem amarelado, denunciando o tempo,
mas guardado com muito carinho.
Cartão do Zé Tapera e do Chiquinho, irmão de Tonico e Tinoco.
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As fotos abaixo nos foram enviadas pelo nosso amigo Valcir Marangoni,
de Florianópolis, SC.
Ele é o sócio nº 45 de nosso fã-clube e além de fã de carteirinha,
é músico, compositor e cantor de música sertaneja. Comanda também,
aos domingos, o programa "Braço da Viola" na Rádio Santa Catarina,
em AM. Estas fotos são de um espetáculo a que compareceram
Tonico e Tinoco, em setembro de 1980, em Chapecó. Elas mostram o Valcir,
ainda mocinho, apresentando a nossa famosa dupla ao auditório.
TONICO E TINOCO
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A Revista Globo Rural, publicou em agosto de 1991, uma reportagem
sobre Tonico e Tinoco, intitulada "Meio Século de Estrada" e
posteriormente reeditou-a, depois da morte de Tonico, na revista
nº 120-A, de outubro de 1995.
Foi nosso amigo, Jackson Haroldo Schütz, de Florianópolis, que nos
mandou o material que vocês poderão ver abaixo e que relata com
texto e fotos, a longa caminhada que a mais querida dupla sertaneja
do Brasil empreendeu, deixando-nos quase 600 modas que eternizaram
sua belíssima carreira.
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Orquestras
ORQUESTRA RAIZ SERTANEJA DE MARIALVA/PR
A Orquestra Raiz Sertaneja de Marialva iniciou seus ensaios no dia
02 de Abril de 2009 com alguns poucos integrantes, e hoje conta
com 30 músicos oriundos de nossa comunidade, entre eles
profissionais liberais, agricultores, aposentados, comerciantes e
estudantes. Enfim, uma miscigenação de personalidades e uma
diversidade de faixa etária dos 13 ao 72 anos, promovendo a
inserção e a integração através da música sertaneja de raiz,
mostrando uma perfeita harmonia entre si e o apreço aos valores
culturais desse nosso imenso país.
Com um repertório eclético e heterogêneo, mas sempre com
ênfase à música sertaneja de raiz, a Orquestra executa títulos de todas
as regiões do Brasil, apresentando nelas suas peculiaridades. Isso se
torna perceptível quando se observa a dedicação de seus integrantes,
sempre empenhados em transmitir a todos aos que apreciam essa
verdadeira música sertaneja, a alegria e a descontração; seus componentes
transformam cada ensaio ou apresentação em um evento único, em que se
irradia a alegria a todos que têm o privilégio de acompanhar a nossa Orquestra.
Contando sempre com o apoio de colaboradores e admiradores, para chegar
ao nível em que se encontra atualmente, com mais de 80 músicas em seu repertório,
sempre crescente; músicas essas que tanto encantam e atraem cada vez mais
pessoas, tornando-se uma atração cultural do município, sendo tema de matérias
na mídia regional e estadual, com inserções em rádio, jornal e televisão.
Enfim, resta-nos vivenciar e apreciar os momentos em que estamos juntos
a essa gente, que é o nosso maior orgulho, seja aplaudindo, convivendo,
compartilhando ou apoiando esses músicos de jeito e fala simples, mas que tantas
alegrias nos proporcionam. E naqueles preciosos e inesquecíveis momentos, nos
transformam em crianças, com suas tão reconhecidas músicas, tamanho é o
envolvimento que esse privilegiado grupo consegue transmitir. E com toda certeza,
podemos com orgulho dizer a quem quiser ouvir: somos de Marialva, gostamos e
vivemos de música e de alegria, e com apenas sete notas musicais conseguimos
levar a todos, as moreninhas lindas, os beijnhos doce, os cuitelinhos, as merceditas e
tantas outras músicas tão admiradas e executadas há muito tempo. E temos o
enorme prazer de apresentar agora a nossa Orquestra Raiz Sertaneja de Marialva.
Marialva, PR, Agosto/2010
Autor: José Luiz Boromelo
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Clique no iniciar do player para ouvir um pouquinho da Orquestra Raiz de Marialva.
Aguarde o carregamento....
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Cartaz da Apresentação da Orquestra
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Apresentação da Orquestra.
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A Orquestra Raiz Sertaneja.
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Apresentação da Orquestra.
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ORQUESTRA SÃO PEDRO DE VIOLA CAIPIRA
FUNDADA EM 07 DE AGOSTO DE 2006, A ORQUESTRA SÃO PEDRO DE VIOLA CAIPIRA É O RESULTADO DO
TRABALHO DA SECRETARIA DE CULTURA E TURISMO DE SÃO PEDRO, NA GESTÃO DO PREFEITO EDUARDO
MODESTO, QUE VEIO ATENDER AOS ANSEIOS DA POPULAÇÃO DESTE QUE É UM MUNICÍPIO
GENUINAMENTE “CAIPIRA”, FORMADO À PARTIR DE UM POUSO DE TROPEIROS, E DOS AMANTES DA
AUTENTICA MUSICA DE RAIZ.
EM SUA FORMAÇÃO ORIGINAL, A ORQUESTRA CONTOU COM 50 INTEGRANTES E SEU PRIMEIRO REGENTE
FOI O CONSAGRADO ARTISTA E VIOLEIRO MAZINHO QUEVEDO, QUE FICOU À FRENTE DA ORQUESTRA
POR TRES ANOS, ATÉ 2009.
ATUALMENTE A ORQUESTRA É COMPOSTA POR 40 MUSICOS E SEU REGENTE É O JOVEM MÚSICO E MAESTRO
RAFAEL SCHIAVANO DANELON QUE DARÁ CONTINUIDADE AOS TRABALHOS E ENRIQUECERÁ A ORQUESTRA
COM SEU TALENTO.
UMA DAS QUALIDADES MAIS MARCANTES DA “OSPVC” É QUE, ALÉM DO NAIPE DE INSTRUMENTOS, VIOLAS E
VIOLÕES, CONTA COM A PRESENÇA DE UMA AFINADO CORAL DE VOZES.
AO LONGO DESTES 4 ANOS DE EXISTENCIA, MUITAS FORAM AS APRESENTAÇÕES DA “OSPVC” NA CIDADE DE
SÃO PEDRO E REGIÃO PARA OS MAIS VARIADOS PÚBLICOS. SUA ESTRÉIA, APÓS 4 MESES DE ENSAIOS, DEU-SE NO
CORETO DA PRAÇA DA MATRIZ EM 10 DE DEZEMBRO DE 2006, CONTANDO COM A PRESENÇA ENTUSIASMADA
DE MAIS DE 600 PESSOAS.
A “OSPVC” DESENVOLVE UM TRABALHO DE PESQUISA, RESGATE E DIVULGAÇÃO DA MÚSICA E DA CULTURA
CAIPIRA DE RAIZ.
PRINCIPAIS APRESENTAÇÕES DA “OSPVC”:
2007:
. MISSA CAIPIRA REALIZADA NA IGREJA MATRIZ DE SÃO PEDRO
. RELEITURA DA OBRA DE TIÃO CARREIRO APRESENTADA NA ASS.DESP.RECR.SAMPEDRENSE
2008:
. HOMENAGEM À DUPLA CORAÇÃO DO BRASIL: TONICO E TINOCO, QUE CONTOU COM A
ILUSTRE PRESENÇA DO PROPRIO TINOCO E FAMILIARES NA ASS.DESP.RECR.SAMPEDRENSE
. APRESENTAÇÕES NAS ESCOLAS DE SÃO PEDRO E REGIÃO.
2009.
. APRESENTAÇÃO NO PROGRAMA CAMINHOS DA ROÇA (EPTV-GLOBO).
. RELEITURA DA OBRA DE RAUL TORRES NA PRAÇA DA MATRIZ DE SÃO PEDRO.
2010.
. APRESENTAÇÃO NOS HOTÉIS DA REGIÃO DE SÃO PEDRO.
. APRESENTAÇÃO NO PROGRAMA MANHÃ SERTANEJA (SKY CANAL 23) COM RETRANSMISSÃO PARA
DIVERSOS PAÍSES, INCLUSIVE, ESTADOS UNIDOS, CANADÁ E EUROPA.
2010.
. APRESENTAÇÕES NOS HOTÉIS E CLUBES DA REGIÃO DE SÃO PEDRO.
. APRESENTAÇÃO NO PROJETO “REVELANDO SÃO PAULO” – MART CENTER – SP
CONTATOS:
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PEDRO
silvanabertato@hotmail.com
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O programa “Caminhos da Roça” recebeu os 48 integrantes da orquestra que tem como regente,
o violeiro Mazinho Quevedo
Priscila Fantato
Especial para A Tribuna
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Apresentação da Orquestra, com Mazinho Quevedo.
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Demorou, mas chegou! A orquestra de violeiros de São Pedro gravou, nesta última semana, na Pousada
dos Dinossauros, no caminho do Alto da Serra, sua primeira participação na televisão.
O programa não poderia ser melhor: “Caminhos da Roça”, da EPTV, afiliada da Rede Globo, transmitido
para mais de 12 milhões de espectadores no estado de São Paulo e sul de Minas. O apresentador do quadro
musical, o violeiro Mazinho Quevedo, é também o regente da orquestra e como ele mesmo
disse: “Estou mostrando a minha cria”.
O programa apresentará os 48 integrantes da orquestra, divididos em instrumentais e vocais. “Realmente esta
é uma orquestra diferenciada. Tem um coral de vozes excelente. Tudo conquistado através de muito esforço
e projetos especiais que na época, o secretário de cultura Paulo Edson, organizou para eles. Só enriqueceu
o repertório da turma que resgata e fomenta a cultura musical na cidade”, destacou Mazinho.
Dentre os especiais apresentados pela Orquestra nestes dois anos que vem ensaiando, podemos citar: Especial
de Tonico e Tinoco, o primeiro, que reuniu mais de mil pessoas na ADRS, e Tião Carreiro e Pardinho.
“Agora eles deverão se apresentar com outro especial na Festa de São Pedro, com o repertório de Raul Torres”,
comentou o violeiro. Outra apresentação memorável da orquestra foi a primeira missa com uma orquestra de
violeiros na cidade, realizada por este grupo, no dia da padroeira do Brasil, 12 de outubro do ano passado, na Igreja Matriz.
Em relação à apresentação na televisão, Mazinho foi firme: “É como se eu estivesse me apresentando.
Estou nervoso igual. De certa forma estou mostrando a minha cria”, disse. O objetivo do violeiro vai além de
simplesmente apresentar a orquestra. “Temos o objetivo de divulgar este lado especial de São Pedro.
Faz parte da divulgação tanto da orquestra quanto da cidade”, continuou.
O ponto mais importante na trajetória da orquestra, na opinião de Mazinho, foi levar os ensaios às escolas de
São Pedro. “Foi um grande sucesso”, garantiu. Como disse o violeiro anteriormente, “sou mais um participante
desta orquestra, que tem como maior objetivo levar para as novas gerações o papel mais bonito em relação à música.
Eles fazem, muitas vezes, muito mais que artistas consagrados”.
Durante a gravação do programa, a violeira Silvana Bertato, representando o pensamento do grupo, procurou ressaltar
a união e a dedicação existentes entre os componentes culminando com o sucesso alcançado pela orquestra.
João Nogueira, português de nascimento e há dois anos em São Pedro, não escondeu a sua emoção quando perguntado
por Mazinho como ele se sente como integrante da orquestra: “É uma emoção muito grande. Sinto-me à vontade ao lado
destes companheiros que me receberam de braços abertos. Não dá pra descrever a emoção que sinto ao participar de
um momento tão especial para a orquestra, como este”, disse João Nogueira.
Assista uma pequena amostra da música tocada pela Orquestra, regida por Mazinho Quevedo
no link
"Orquestra São Pedro de Viola Caipira"
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Apresentação da Orquestra
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Tinoco e Mazinho acompanhados pela orquestra.
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Cena da platéia com Tinoco apreciando a apresentação.
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ORQUESTRA LONDRINENSE DE VIOLA CAIPIRA SÃO DOMINGOS SÁVIO
A Orquestra foi fundada por iniciativa do sr. João Batista Gomes Simão no início de 2010 na Capela São Domingos Sávio,
Jardim Itamaratí em Londrina/PR. Como parte do Projeto "Oratório Festivo Dom Bosco" da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora
localizada na Rua Dom Bosco,55,Londrina/PR, este projeto objetiva atender jovens em situação de risco, apresentando-lhes
oportunidades de uma vida com dignidade através de identificação de seus potenciais e talentos para a musicalização,
esportes, teatros, sobretudo respeito ao próximo. Composta atualmente por crianças, jovens e adultos da região conta com
50 componentes sob a regência do Maestro Edson Murari Lima. É um projeto do INDESE - Instituto Nacional de Desenvolvimento
da Saúde e Ecologia, entidade da Associação Médica de Londrina. O INDESE desde 2010 está desenvolvendo um projeto com a
Promotoria do Meio Ambiente de Londrina que será modelo para o Brasil sobre destinação
correta de medicamentos vencidos e em desuso.
Sávio é o padroeiro dos cantores de coro da igreja, das mães em dificuldades na gestação e delinquentes juvenis.
Sua festa é celebrada no dia 6 de maio. Nascido em Riva, Piedmont, Itália, em 1842, morreu em Mondonio também na Itália
em 9 de março de 1857. Foi beatificado em 1950 e canonizado em 1954. Ele é mais conhecido pelo grupo que organizou chamado
a "Companhia da Imaculada Conceição". Em adição a sua devoção, ele fazia vários trabalhos como aluno do "Oratório Festivo
de Dom Bosco", varrer o chão era uma de suas tarefas, tinha também especial paciência e cuidado com os jovens mais travessos.
Logo que começou no Oratório Dom Bosco, Domingos separou uma luta entre dois rapazes que se atiravam pedras. Segurando um
crucifixo entre eles ele disse: "Antes de lutarem olhem para isto" e em seguida disse "Jesus não tinha nenhum pecado e Ele
morreu perdoando os seus executores, nós vamos ultrajá-lo sendo deliberadamente vingativos?" Ele escrupulosamente seguia a
disciplina da casa e com isto angariava o ressentimento dos outros jovens que esperavam dele o mesmo comportamento.
Não obstante, ele nunca ofendia quem o tratava mal.
Talvez se não fosse a orientação de São João Bosco ele teria se tornado um fanático.
A Orquestra executou o Hino Nacional Brasileiro na abertura da 51ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina, no dia
14 de abril de 2011. Apresentou ainda várias músicas caipiras e regionais. No dia 17.04.2011, voltou a se apresentar nessa
mesma exposição quando do seu encerramento. Além do Hino Nacional Brasileiro, apresentou clássicos como Chico Mineiro
(Tonico e Francisco Ribeiro); Pagode em Brasília (Teddy Vieira e Lourival dos Santos), Vaca Estrela Boi Fubá
(Patativa do Assaré), Castelo de Areia (Carreirinho), As Mocinhas da Cidade (Nhô Belarmino), Boiadeiro Errante
(Teddy Vieira), Couro de Boi (Palmeira e Teddy Vieira), Nhambuxintã e Xororó(Athos Campos e Serrinha), O Pedido da
4ª Árvore(Declamação do autor: Francisco Garbozi) e Felicidade (Lupicinio Rodrigues).
A Exposição de Londrina é considerada a maior da América Latina.
Assista uma pequena amostra da música tocada pela Orquestra, regida pelo Maestro Edson Murari Lima.
nos links
"Orquestra Londrinense de Viola Caipira-Pagode em Brasília"
"Orquestra Londrinense de Viola Caipira-Nhambuxintã e Xororó"
"Orquestra Londrinense de Viola Caipira-Chico Mineiro"
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Osquestra de Viola Caipira de Londrina.
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Ademar Afonso e sua viola.
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Ana Júlia.
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Ademar Afonso e a orquestra de viola caipira.
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Ana Júlia e Lara.
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Mary Rosane, instrumentista da orquestra.
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ORQUESTRA PAULISTANA DE VIOLA CAIPIRA - OPVC
Uma orquestra, nos moldes e acepção do termo , porém formada exclusivamente por violas caipiras ( dez cordas ).
Fundada em 29/10/1997 pelo maestro Rui Torneze (v.) é hoje provavelmente a corporação musical do gênero mais atuante
no território nacional.
Sua missão é a formar público para a música executada à viola caipira e devido a isso desenvolve um eclético repertório ,
o qual vai da música caipira de raiz à inusitadas e originais incursões na música erudita, world music, new age e MPB.
Para obter essa performance o aprimoramento ostensivo de seus integrantes (a grande maioria músicos amadores,
pessoas comuns da sociedade como bancários, estudantes, empresários, professores etc) é regra geral e uma exigência
para incluir-se no quadro da OPVC.
Devido a abrangência musical e a originalidade e técnica de suas interpretações a OPVC conquistou dos ouvidos simples aos
sofisticados.Suas atuações fazem-se presentes em comemorações institucionais do setor público e privado e principalmente
no mundo dos agronegócios, como exposições, congressos , feiras , leilões e outros eventos do setor que ocorrem por todo
o país.O apoio didático e organizacional da OPVC se dá pelo Instituto São Gonçalo de Estudos Caipiras (v.), sede da mesma.
Carreira Internacional
Em 2010 a OPVC iniciou sua carreira em terras além Brasil. Através de vídeos divulgados por fãs na rede mundial da internet
(uma bela interpretação de um tradicional fado português) a OPVC recebeu um convite de uma empresa produtora portuguesa
e no período de 30/04 a 21/05/2010 excursionou por diversas cidades portuguesas, num projeto denominado “Viola Sem
Fronteiras - Portugal 2010” que teve como tema a “devolução da viola caipira” ao seu berço de origem, mostrando aos irmãos
portugueses o que foi feito desse belo instrumento deixado por eles aqui,como os ritmos e canções plasmados e oriundos de
nossa miscigenação cultural.
Inclusão
Desde setembro de 2006 foi formada a “Velha Guarda da Orquestra Paulistana de Viola Caipira”com o objetivo de valorizar,
treinar e principalmente incluir nos quadros da OPVC membros da comunidade pertencentes à “3ª. idade”, propiciando a estes
um estudo e vivência customizados aos seus gostos e necessidades.
Contando hoje com um contingente de 16 violeiros,tem como característica a assiduidade e o brilhantismo nas participações
da OPVC e além disso ,mantém um repertório próprio para apresentações exclusivas, mas a sua maior contrapartida à orquestra
como um todo se faz na troca das experiências pessoais,principalmente no convívio com os mais jovens,pois são todos caipiras
de fato,trazendo nas suas memórias a realidade histórica descrita nos livros, além da experiência de vida.
Discografia
· CD Orquestra Paulistana de Viola Caipira – Ao Vivo (gravadora Kuarup);
· DVD Orquestra Paulistana de Viola Caipira – Ao Vivo (gravadora Arlequim)
Gravados em 2002 ao vivo no Theatro São Pedro, em São Paulo/SP.
Clássicos instrumentais e cantados da música de caipira de raiz ,além de Villa Lobos
(Trenzinho do Caipira) e Edu Lobo (Ponteio);
· CD Viola in Concert – Ao Vivo (independente)
Gravado ao vivo em 2008 no Theatro Pedro II na cidade de Ribeirão Preto/SP.
Pérolas raras e pouco gravadas de compositores da música caipira de raiz como Serrinha,Torrinha e Canhotinho entre outros,
além de peças instrumentais de Bach,Vivaldi e belíssimas interpretações de fado ( Canção do Mar , de Brito e Trindade),choro
(Delicado, de Waldir Azevedo),
Chovendo na Roseira ( Tom Jobim ) e A Terceira Lâmina (Zé Ramalho)
· CD Viola in Concert /Instrumental - Ao Vivo (independente )
· DVD Viola in Concert – Ao Vivo ( independente )
Gravados ao vivo em 2009 no Theatro Pedro II na cidade de Ribeirão Preto/SP.
O DVD (23 faixas) e o CD (13 faixas,somente com as músicas instrumentais interpretadas no show) traduzem a atual inclinação
da OPVC como formadora de público para a viola caipira.Começa com uma belíssima interpretação instrumental do Hino Nacional
Brasileiro e após isso,propositalmente, as faixas se alternam entre música caipira e inserções de música erudita, new age,
world music ( destacando-se El Condor Pasa) e MPB.
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Fundação Bunge - Sala São Paulo.
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Foto Memorial.
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Teatro Pedro II -(2008).
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Violas sem Fronteiras.
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Fundação Bunge - Sala São Paulo - 2.
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Teatro Pedro II - (2009).
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Teatro
O feminino de Tonico e Tinoco
Obra inédita de Luís Alberto de Abreu, que estréia dia 10 de junho no Teatro Coletivo, recria visão feminina
de narrativas de três canções gravadas pela dupla caipira.
As canções Adeus, Morena, Adeus (Piraci/Luiz Alex) Cabocla Tereza (João Pacífico/Raul Torres) e Rio Pequeno
(Tonico/João Merlini), gravadas pela famosa dupla caipira Tonico & Tinoco, foram inspiração para o espetáculo
Um Dia Ouvi a Lua, de Luís Alberto de Abreu, e revelam três diferentes mulheres que invertem os valores machistas das
narrativas dessas três composições, conhecidas do cancioneiro popular brasileiro, recriando-as do ponto de vista feminino.
O espetáculo dirigido por Eduardo Moreira, do grupo mineiro Galpão, com texto inédito do consagrado dramaturgo Luís Alberto
de Abreu que, entre outros trabalhos, foi o autor do roteiro adaptado da minissérie “Hoje é Dia de Maria”, estréia no próximo
dia 10 de junho, no Teatro Coletivo em São Paulo e permanecerá em cartaz até 14 de agosto, com apresentações sextas e
sábados, às 21h, e aos domingos, às 20h.
A canção, “Adeus, Morena, Adeus” destaca, na versão de Abreu, Beatriz e não o violeiro que prefere seguir uma vida errante
à casar-se. Abandonada por ele na estação de trem, a personagem, volta todos os dias, à mesma estação, agora desativada,
para contar a versão de sua história e a esperança de reencontrar o seu grande amor.
Em “Cabocla Tereza” a famosa história dessa canção popular ganha a voz da própria Tereza que, embora já morta volta para
esclarecer o seu trágico fim, ao abandonar o marido e seu matador, agora transformado em penitente.
A canção “Rio Pequeno” apresenta S’a Maria que, apaixonada pelo caboclo Cipriano, abandona seu pai e foge com ele para o
Mato Grosso. No caminho, observa a violência do amado com seu cavalo e decide voltar, mas Cipriano a reconquista não pela
força, mas por deixar escapar sua fragilidade.
Produzido pela Cia Teatro da Cidade, de São José dos Campos, em comemoração aos seus 20 anos de existência, o espetáculo
conta ainda com o trabalho do premiado Leopoldo Pacheco, que é quem assina, juntamente com a artista plástica Ana Maria
Bomfin Pitiu, os figurinos e cenografia, do músico e compositor Beto Quadros, para a direção musical e de Claudio Mendel,
na iluminação e codireção. A montagem conquistou o Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro (CPT) 2010 de Melhor Espetáculo
do Interior de São Paulo.
Serviço:
Um Dia Ouvi a Lua, de Luís Alberto de Abreu
Gênero: Comédia dramática
Direção: Eduardo Moreira
Elenco: Adriana Barja, Ana Cristina Freitas, Andréia Barros, Izildinha Costa, Vander Palma e Wallace Puosso
Temporada: de 10/06 a 14/08 (sextas e sábados, 21h, domingos, 20h)
Local: Teatro Coletivo - rua da Consolação, 1623 - Sala I - 134 lugares
Telefone: 3255-5922
Ingressos: R$ 40,00 e R$ 20,00 (estudantes e terceira idade)
Recomendação etária: 12 anos
Duração: 70 minutos
Estacionamento conveniado - rua da Consolação, 1681 (R$ 10,00).
A bilheteria abre uma hora antes do horário do espetáculo.
Site do grupo: www.ciateatrodacidade.com.br
Informações para imprensa:
Diego Dionísio (11) 92056602 ou 96888412
Andréia Barros (12) 3921-5367 ou 7814-9934
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Cenas do espetáculo teatral "Um Dia Ouvi a Lua".
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Clique no iniciar do player para ouvir as modas que inspiraram o espetáculo teatral.
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ADEUS, MORENA, ADEUS
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CABOCLA TEREZA
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RIO PEQUENO
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