http://www.revistamaneira.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=319:ong-irlandesa-lanca-campanha-contra-o-bullying-&catid=29:novidades&Itemid=76
Sintomático que, logo depois de divulgadas imagens sobre o que teria levado Wellington Oliveira a cometer o massacre na escola Tasso da Silveira, RJ, o assunto tenha sido colocado de lado imediatamente.
Enquanto era acusado de portador da esquizofrenia, havia uma necessidade de debates com psiquiatras, de acusações levianas, de abordar a influência do islã, etc. Mas a partir do instante em que constatou-se que, provavelmente, mais do que a esquizofrenia, o rapaz tenha sido vítima do “bullying” sofrido no passado, que teria provocado a tragédia, a imprensa, especialmente a rede Globo (infelizmente a grande formadora de opiniões), desistiu do assunto, como se não fosse necessário um debate mais profundo sobre o assunto.
Embora o momento de reflexão seja agora, o casamento do “príncipe” da Inglaterra passou a ser o assunto mais urgente. Segundo Aristóteles, a catarse refere-se à purificação das almas por meio de uma descarga emocional provocada por um drama.
Até quando permaneceremos nos escondendo de nossos reais problemas? Casos de esquizofrenia parecem mais raros em nossa sociedade, mas o “bullying” é um comportamento extremamente comum.
Crianças obesas, tímidas, negras, mestiças, com tendências homossexuais, etc, sofrem demais nas escolas. E o que vemos é a negligência total das escolas em relação ao assunto. Uma das explicações mais nefastas que já ouvi: crianças precisam se socializar, sem a interferência de adultos.
Penso que não faltam profissionais que poderiam coibir essas práticas, mas faltam profissionais preparados para coibirem essas práticas. Este era o momento oportuno para a catarse, para o debate na sociedade.
Estranha, muito estranha, essa mudança imediata de interesse. O que aconteceu? Os patrocinadores dos jornais televisionados não gostaram do assunto? Voltaremos à inércia dos assuntos boçais, conforme querem os patrocinadores, apesar da importância do momento?
Que pena, conduzidos como gado, de acordo com as vontades dos patrocinadores. A mesmice volta à prateleira, porque, afinal, pensar dá trabalho, mudar comportamentos estabelecidos dá trabalho, cobrar eficiência das escolas dá trabalho e perguntar aos pais dos algozes quando é que eles se comportam como pais, dá muito trabalho.
E, especialmente, porque pensar não dá ibope. E assim caminha o nosso Brasil, afinal um “povo pacífico” jamais questiona sua permanente exclusão do centro dos debate
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