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Amor e revolução: a novelaProcuradoria arquiva pedido de militares contra novela do SBT
O Ministério Público Federal no Distrito Federal arquivou nesta segunda-feira pedido de uma associação de militares para censurar a novela do SBT "Amor e Revolução", que retrata a repressão a militantes de esquerda durante a ditadura (1964-1985). A informação é da Folha de S. Paulo.
Segundo a Procuradoria, não foram apresentados elementos mínimos para justificar a investigação. Em um abaixo-assinado na internet, a Abmigaer (Associação Beneficente dos Militares Inativos e Graduados da Aeronáutica) evocava a Lei da Anistia, que não instituiu qualquer tipo de cerceamento a informações sobre o período, para pedir a censura. "É óbvio que o governo federal, através da Comissão da Verdade, recém-criada, está participando do acordo em exibir a novela", diz o manifesto.
O texto relaciona a novela ao caso do Banco Panamericano. Em janeiro, o apresentador Silvio Santos vendeu o banco ao BTG Pactual por R$ 450 milhões. A venda aconteceu após fraudes que causaram um rombo de R$ 4,3 bilhões. "Conjecturar que a teledramaturgia será exibida em troca de negociatas, objetivando desqualificar a imagem das Forças Armadas, pode ser tão nocivo quanto censurar o folhetim", afirma o procurador Peterson de Paula Pereira.
O grupo conseguiu 839 assinaturas desde o começo do mês. Para o autor da novela, Tiago Santiago, a tentativa era inconstitucional e interessava apenas a "torturadores e assassinos" do regime.
Gravadora inglesa é acusada de vender discos ilegais de João Gilberto
Segundo Claudio Leal, do Terra Magazine, bem longe do banquinho, do violão e do bolso de João Gilberto, seus discos suspensos pela ação judicial contra a EMI Music não deixaram de alimentar contas bancárias. Sem autorização oficial, a gravadora inglesa Cherry Red Records passou a reproduzir dois dos álbuns seminais da Bossa Nova, "Chega de Saudade" (1959) e "O Amor, o Sorriso e a Flor" (1960).
Disponíveis no site da gravadora e na loja virtual Amazon, os discos mimetizam o projeto gráfico original e preenchem uma parte da lacuna fonográfica do maior artista popular brasileiro. Apesar do intuito de homenageá-lo, João Gilberto não ganha nada com as reproduções - nem mesmo uma cópia.
O caso repete um dos dramas de nascença da Bossa Nova: a dificuldade de seus compositores receberem quantias condizentes com a grandeza de suas canções. A britânica Cherry Red argumenta que está amparada pelos fundamentos jurídicos europeus. "As leis de direitos autorais na Europa permitem que o repertório caia no domínio público depois de 50 anos", sustenta o gerente de negócios da gravadora, Paul Robinson, em resposta por e-mail a Terra Magazine.
"Esta é uma lei que a Cherry Red Records gostaria de ver o prazo alargado, assim como gostariam todos os selos de gravadoras na Europa. Qualquer título lançado pela Cherry Red, e que é de domínio público, tem seus "mechanical" royalties pagos para a `UK collection agency` (MCPS)", informa o executivo, mencionando o órgão similar ao brasileiro Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição). Ele se refere, especificamente, à regulação dos direitos autorais dos fonogramas no Reino Unido.
A defesa de João Gilberto não acolhe a justificativa inteira. "Não veria como discutir com os ingleses a reprodução fiel da obra de João Gilberto, livre das adulterações introduzidas pela EMI", pondera o advogado João Morais. "Mas podemos, sim, manifestar o nosso inconformismo com a perpetuação do dano decorrente da contrafação, da reprodução com vícios da obra do artista, produzida à inteira revelia do cantor, o que a meu ver contamina as vendas que estão sendo realizadas dessa forma".
Zumbi tinha escravos e a origem da feijoada é européia, afirma autor de best seller
O "Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil", do jornalista paranaense Leandro Narloch, 31, entrou na lista semanal dos dez livros mais vendidos na categoria "não ficção", publicada neste sábado na Folha.
Como definir grosseiramente este livro lançado pela editora portuguesa LeYa? É uma espécie de "Freakonomics" da história do Brasil, ou seja, derruba mitos populares sobre heróis e episódios marcantes do país, sem rodeios, contrariando opiniões que, ao longo do tempo, cristalizaram-se como verdades inquestionáveis. Sem apego patriótico, o autor se esforça para fornecer discursos alternativos para momentos-chaves. Ele tenta relativizar ideias marteladas em livros didáticos, minimizando as cores carregadas que costumam imprimir os relatos apaixonados de períodos como escravidão e a ditadura militar. Leandro Narloch foi repórter da revista "Veja" e editor das revistas "Aventuras na História" e "Superinteressante".
Ele colecionou algumas histórias intrigantes, mas também embasadas em muita pesquisa e diversas fontes, todas devidamente identificadas nas páginas do livro. O objetivo é "jogar tomates na historiografia politicamente correta", admite o autor na introdução da obra. Os capítulos, cujos nomes aparecem invertidos no alto das páginas, organizam os casos da seguinte maneira: "índios", "negros", "escritores", "samba", "guerra do Paraguai", "Aleijadinho", "Acre", "Santos Dumont" e "Comunistas".
Confira algumas passagens polêmicas do "Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil".
Zumbi tinha escravos
"Zumbi, o maior herói negro do Brasil, o homem em cuja data de morte se comemora em muitas cidades do país o Dia da Consciência Negra, mandava capturar escravos de fazendas vizinhas para que eles trabalhassem forçados no Quilombo dos Palmares. Também sequestrava mulheres, raras nas primeiras décadas do Brasil, e executava aqueles que quisessem fugir do quilombo."
A origem da feijoada é européia
"Um fenômeno muito parecido com o da folclorização do samba aconteceu com a feijoada. O prato ganhou a cara de comida dos negros, mesmo tendo pouquíssima influência africana. Muita gente repete que a feijoada nasceu nas senzalas, criada pelos escravos como feijão e carnes desprezadas na casa-grande. Eis um daqueles mitos que de tão repetidos se tornam difíceis de derrubar. A feijoada tem origem europeia. Quem diz é o próprio folclorista Câmara Cascudo
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