Bristol (EUA) - No dia imediato ao da divulgação de um relatório mostrando que um número enorme de espécies está ameaçado de extinção por causa do aquecimento global, a Casa Branca afirma que está preparada para vetar mais uma tentativa do Partido Republicano de amarrar as mãos da E.P.A, a agência federal defensora do meio-ambiente.
Açulados pelos loucos (e milionários espertos) do Tea Party, o Partido Republicano quer se aproveitar de sua eventual maioria na Câmara dos Deputados para passar uma lei dizendo que a agência não pode regular o lançamento de gases de efeito estufa na atmosfera.
Isto apesar da E.P.A. ter estabelecido, em termos científicos que o CO2 (gás carbônico) e outros gases como o metano estão paulatinamente elevando a temperatura na superfície terrestre.
Por trás de tudo encontra-se, como sempre, o interesse da indústria de combustíveis fósseis, representada com destaque pelos bilionários irmãos Koch, e apoiada pelo Tea Party. Uma das coisas mais curiosas da política americana no momento é que o Tea Party é um movimento populista financiado pelas grandes corporações.
Um integrante do Tea Party com alguma curiosidade intelectual deveria se perguntar: "por que será que meu movimento, de pessoas da classe remediada e pobre, vem sendo apoiado por Steve Forbes, o bilionário dono da revista Forbes, pelos irmãos Koch, pelo radialista Rush Limbaugh e outros representantes da classe endinheirada"?
Não seria difícil concluir que se trata de algo muito estranho.
Nos Estados Unidos vai se delineando a cada dia um verdadeiro assalto a direitos conquistados ao longo das décadas pelas classes trabalhadoras. A última ocorrência a respeito é a proposta de orçamento para o ano que vem, do deputado republicano Paul Ryun, de Wisconsin, que deseja cortar impostos para as corporações e para os milionários, ao mesmo tempo que pede a redução de programas sociais, como o Medicare (para os aposentados) e o Medicaid (para os pobres).
Isto é para o ano que vem. Para este ano, os republicanos ameaçam, nas próximas horas, simplesmente paralisar o governo federal, se Barack Obama não se dobrar a suas exigências (leia-se, do Tea Party e dos milionários) de drásticos cortes de despesas.
Diante de tanta arrogância é bom saber que, pelo menos no caso do meio-ambiente, a Casa Branca parece ter decidido, finalmente, que é tempo de fincar pé e dizer: daqui vocês não passam.
Mas não passarão mesmo?
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