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domingo, 15 de maio de 2011

Vergonha e expurgo no CRBE


Fui surpreendido neste sábado por um telefonema dos EUA me avisando terem fundamento minhas suspeitas sobre um possível expurgo no CRBE. O jornal Gazetanews publicava uma reportagem sobre o encontro de emigrantes em Brasília, onde o pastor Silair de Almeida confirmava ter sido desligado um suplente do CRBE.


Ou seja, em lugar do Conselho de Representantes dos emigrantes tentar corrigir as falhas e deficiências apontadas na revista Época, decidiu procurar um bode expiatório. É lamentável, porque essa decisão demonstra que, além de ineficiente, esse CRBE é constituído de pessoas incapazes de diálogo, e lembra uma época já passada, a da ditadura militar, onde os subversivos que discordavam eram cassados, sem direito de defesa.

Talvez esta seja minha última coluna tratando da questão emigrante. Não me sinto, realmente, diante dessa covardia cometida com a complacência do Itamaraty, em condições de continuar nessa luta, na qual sou extremamente minoritário, incapaz de impedir a transformação do CRBE numa feira de vaidades e de vampirização do mercado emigrante.

Vou me limitar a reproduzir alguns comentários recebidos, mostrando haver muitos emigrantes conscientes do desvio da tentativa de se criar uma verdadeira política de emigração.

Nelson Serathiuk, de Lausanne, na Suíça, publicou no Facebook, o seguinte texto:

Os "representantes do CRBE" não foram eleitos democráticamente como pretendem o Itamaraty e os próprios eleitos. Vê-se que trabalham com garra e "defendem os interesses das comunidades brasileiras emigrantes" tomando decisões como a de expurgar um membro eleito suplente !!! Este membro foi ouvido pelo CRBE e pelas entidades de tutela ? Parece que não !

Para mim é mais um motivo para anular eleições fraudulentas (sem colégio eleitoral recenseado) onde grupos de interesses, comerciais, profissionais, religiosos, politicos, proselitistas, acaparam a direção do CRBE. Isto tudo com a conivência das "autoridades tutelares" que "organizaram" eleições fraudulentas.

As comunidades brasileiras de emigrantes não foram sequer informadas sobre as eleições do CRBE e não tinham conhecimento do Decreto e da Portaria. Nada foi filtrado pelos Consulados e Embaixadas do Brasil junto às pessoas inscritas nestes orgãos. Nem sequer um cartaz ou flyer foi distribuido por estes orgãos conhecedores dos brasileiros residentes no estrangeiro, organizados em associações brasileiras e lusófonas, corais, clubes de capoeira, clubes de dança, grupos musicais, creches, pequenos comércios onde se compram produtos brasileiros, sem falar nas estruturas próprias dos países de residencia que trabalham em favor dos emigrantes....nunca souberam da existência desse processo de representatividade.

A participação nas eleições do CRBE é mais do que ridicula !! Se as "autoridades tutelares" e os "representantes eleitos" não anularem estas eleições e prepararem uma verdadeira eleição democrática e participativa com recenseamento (matricula consular) de constituição do Corpo Eleitoral, o acaparamento do CRBE por certos grupos será considerado a primeira e mais importante MARACUTAIA de uns poucos que deverão responder de seus atos.

Seguem-se outros comentários -

Claudia Santana Tamsky - Presidente Núcleo do PT, Boston.USA escreveu:

Venho acompanhando bem de perto tudo que vem acontecendo com este CRBE. Em alguns momentos, sendo inclusive entrevistada sobre esses escândalos e a pouca funcionalidade deste conselho. No entanto, o que me chama a atenção, mais especificamente ,é a forma vertical e autoritária com que os diplomatas tomam suas decisões. E é claro, adicionado a subserviência dos conselheiros que se submetem aos mandos da Sub Secretaria das Comunidades Brasileiras no Exterior. Agora, cabe a nós, brasileiros no exterior, reivindicarmos uma autonomia que nos dê a liberdade de administrarmos as mazelas que afligem nossa comunidade imigrante. E para isso, uma secretaria de Estado viria a ser a resposta para esses problemas de autruísmo no qual se encontra o CRBE.

J. Magalhães escreveu:

Caro Rui, apesar de nao ser um emigrante, tenho acompanhado pelas páginas do DR sua luta em prol de um conselho independente e que represente verdadeiramente a comunidade brasileira no exterior. Confesso que me emociono com seu espírito de luta, sua garra e determinação em busca do seu sonho. Espero que o Itamaraty um dia reconheça a importância da sua luta e desça do pedestal para ouvir a voz de quem conhece verdadeiramente as angustias do emigrante brasileiro. O problema, Rui, é que diplomatas são passageiros, não esquentam lugar. Estão ali para cumprir suas funções consulares e não estão nem aí para os problemas da comunidade brasileira. Estão apenas cumprindo tempo. O que esperar deles?

E, por último, um comentário de José Commessu, do blog Pequenas Cousas, sobre o Plano de Ação do CRBE -

“Grande parte do que foi discutido lá, não tem nenhum interesse prum simples dekassegui que trabalha no Japão. Dá a impressão de que esses conselheiros serão substitutos de diplomatas, que fingem que trabalham de graça apenas por prestígio no lugar de quem deveria trabalhar "

Rui Martins, conselheiro-suplente pela Europa, do CRBE, representante dos movimentos Brasileirinhos Apátridas e Estado do Emigrante.



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